sábado, 26 de março de 2011

O que ninguém entende

Bem, como eu comentei num post por aí, tenho insônia há anos e nenhuma vontade de procurar tratamento (aka remédios ou psicólogo) porque, bem, ex-insônes que eu conheço ou parecem zumbis durante o dia por causa dos remédios ou tinham – na verdade, ainda têm – um sério problema pra se desligarem dos problemas ou focarem numa coisa só.

E o fato é que eu não tenho problemas em me desligar do mundo para aproveitar um tempinho de descanso ou separar o stress que é a faculdade do gosto que tenho em dar catequese, por exemplo. E a idéia dos remédios nunca me agradou. Além disso, psicólogo seria sinônimo de outros problemas, como a fobia de raios, o problema com o escuros e o stress, entre outros problemas que vez em quando.

Mas esse post não é pra isso. Esse post é para desabafo puro e simples. Porque eu cansei de ouvir pessoas tentando me “ler” sem realmente conhecer. Sim, eu tenho insônia, não, não ajuda em NADA desligar tudo e “ir dormir” porque a p*rr* do sono não vem, sim, isso piora porque eu fico irritada e entediada. E, principalmente, não, vocês não entendem.

Agora, caro leitor, olhe a hora do post. Viu? Se assustou? Ok. Imagine a cena ridícula: euzinha aqui, enfiada embaixo do edredom com o calor que está fazendo, porque simplesmente me mandaram dormir, e, novamente, EU NÃO TENHO SONO, CARAMBA!

Meus pais podem pôr a casa abaixo gritando e discutindo às 7h da manhã – e me acordar -, mas eu não posso ficar com meu lindo, silencioso, salve, salve notebook ligado quando não tenho sono? O ventilador faz mais barulho que meu notebook, anyway! Actually, faz umas 20x mais barulho, então acordar alguém assim soa patético.

Desabafo feito, vou pegar meu bloquinho e fazer algumas anotações para... Sei lá, pro próximo post, maybe.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Do you care if I don’t know what to say?

“Words get trapped in my mind”

When It’s Time, Green Day/American Idiot Musical


Começo o post avisando que é longo. É aquele post sobre American Idiot, sabe? Sobre o musical, os autógrafos, o elenco...

Bem, nada melhor que começar pela parte que eu sempre pulei. American Idiot Musical é, obviamente, o musical baseado no CD American Idiot, do Green Day. O diretor, Michael Mayer, comentou em algumas entrevistas que a idéia veio quando ele estava ouvindo o CD, que ele conseguiu ver as cenas, imaginou amigos e situações. O Billie Joe, vocalista do Green Day, também comentou em várias entrevistas que o diretor teve as mesmas idéias que eles quando formaram o disco.


Basicamente, American Idiot se passa num momento pós-atentados, contando a história de 3 amigos principais e todas as suas... Hmmm... “Aventuras” quando eles decidem sair do subúrbio e dar “sentido e valor” `à própria vida. Johnny, aka Jesus of Suburbia, Tunny e Will. E, através deles, chega em outros personagens, como Whatsername, Extraordinary Girl e St Jimmy.

Com alguns lados B e músicas do último CD, 21st Century Breakdown, a história quase dispensa as falas. A ligação entre uma música e outra faz todo sentido e as cenas representadas são bem próximas das possivelmente imaginadas – na verdade, várias delas superam a imaginação.


American Idiot foi indicada ao Tony Award e ganhou, merecidamente. A iluminação é algo inacreditável – É uma cidade durante Boulevard of Broken Dreams, é toda avermelhada durante Letterbomb, tem a imagem do St Jimmy durante St Jimmy e Last Night on Earth...
É realmente incrível. E tão incrível quanto é o elenco. Pessoas extremamente talentosas, com vozes lindas, realmente agradáveis de serem ouvidas. E bem ensaiadas. Depois de ver duas vezes, além de ver praticamente todos os videos disponíveis na internet, dá pra perceber onde estão as “distrações” pra mexer em alguma coisa ou preparar a próxima cena, e mesmo assim a vontade de assistir de novo e de novo continua.

Bem, eu realmente posso dizer que existem críticas que falçam mais sentido, ou babem menos, espalhadas pela internet. Todas positivas, de fato. Minha preferida é a do New York Times, que vem acompanhada de uma longa entrevista com o Billie Joe, também ótima de ler – não são perguntas comuns, são mesmo interessantes. Vale a pena ler.


E, concluíndo a minha humilde opinião, digo o lógico: quem não viu e pode ver, veja. Foi anunciado alguns dias atrás que a última apresentação é dia 24/04. CORRA porque vale a pena. A partir do dia 4, Billie Joe está de volta ao papel de St Jimmy, mas tenho que dizer que todos os atores são ótimos, mesmo. Incluindo os outros St Jimmys, cada um tem um jeito diferente de interpretar o personagem, é interessante ver as versões.

Agoooora meu lado... Hmmm.. Tiete? Isso soa melhor que groupie, I have to say. xD


Bem, nas fotos espalhadas pelo post estão o Billie Joe (actually, três fotos dele), com quem eu não consegui tirar uma foto, mas de quem eu orgulhosamente tenho um autógrafo, o Michael Esper, que interpreta o Will, cujo cabelo eu adorei, e é engraçado ver as caras e bocas
que ele faz, o Stark Sands, que interpreta o Tunny, que tem olhos lindos e é muito, muito mais alto que eu – também é interessante ver as expressões dele porque o personagem tem a perna amputada no meio do musical -, e o John Gallagher Jr, que interpreta o Johnny/Jesus of Suburbia, personagem “principal” da peça (eu diria que os três são os principais, mas...), que realmente tem uma fonte de energia inesgotável, passa praticamente a peça inteira no palco, pulando, cantando, correndo (e quando eu assisti ele estava resfriado).

Como eu fui na última apresentação do Billie Joe, Michael Esper e John Gallagher, pode-se dizer que dei alguma sorte. Vi a apresentação da tarde normalmente e, na apresentação da noite, vi algumas mudanças
bem pequenas na peça, como Billie Joe puxando coro de “hey-oh” depois de St Jimmy, Michael Esper falando “I fucking love you, guys” em Jesus of Suburbia, aplausos intermináveis entre cada música e na apresentação do trio protagonista, John Gallagher Jr parando no segundo verso de Whatsername e aplaudido de pé, Walking Out of Love depois de Time of Your Life, John Gallagher e Michael Esper fazendo stage dive... E, depois da apresentação, Billie Joe se apoiando no carro pra mandar um oi pro pessoal do outro lado da rua, Michael Esper pulando a barreira e tirando abraçando e tirando fotos todo mundo, assinando
tudo bem pacientemente, muito simpático. *-* E, finalmente, John Gallagher fazendo stage door! Ele praticamente não faz, mas como era o último dia, todo mundo ficou esperando, torcendo pra que ele aparecesse. Pena que ele estava atrasado pra uma festa ou coisa assim e não podia tirar fotos. Mas assinou simplesmente tudo que pediram, se desculpou um milhão de vezes por não poder ficar mais... Também muito simpático. ^^’


Na terça-feira, com os novos atores – quer dizer, teoricamente novos -, levei meu playbill e consegui o autógrafo de quase todo o elenco. =D E acho que meu cérebro estava congelado ou eu estava com muito sono, mas perdi a chance de conversar com alguns e só percebi depois. Eles me cumprimentavam e perguntavam “how are you?”, esperavam a resposta e provavelmente uma continuação de conversa, mas a lerda aqui só soube dizer que estava bem, com frio e que eles são ótimos, “congratulations”. Ô.o Que raios se passava pela minha cabeça? Ô.o

Resumindo mais ou menos o post que eu queria fazer, porque eu realmente não consigo escrevê-lo ainda, aqui está. Ainda quero fazer o post música-por-música, mas esse vai esperar um pouco.

Bye. o/


Agora
- Know Your Enemy, American Idiot Musical
- Boa pergunta, tem algo passando na tv, mas nem sei o que é. o.o
- Twitter, Youtube, MSN, Wikipedia, Orkut, Facebook...
- Tomando água pra ver se acalmo a garganta que me irrita
- Nada
- Que quero uma extensão de férias, rola?
- Tédio... õ.o

sábado, 12 de março de 2011

Mind-blowing, electrifying, unbelieveble

“I hope you had the time of your life”

Good Riddance (Time of Your Life), Green Day/American Idiot Musical


Então, eu sou a pessoa que simplesmente fez a mala e enfrentou um dia de viagem – 14h de voo, 6h de chá-de-cadeira no Peru, uma hora de chá-de-cadeira em São Paulo, duas horas na imigração em Nova Iorque. Que nem esperou o dia amanhecer para conhecer o St James, que realizou aquele sonho louco e só se arrepende de não ter ido antes, para ver o musical mais vezes.


Sim, eu fui ver o musical. Eu fui ver o musical. Sozinha. E sabe o melhor? Foi a coisa mais certa que eu poderia fazer. Valeu cada centavo, cada segundo agoniante, cada medo superado – foram QUATRO voos, oi? – e eu com certeza iria de novo, se meu cartão permitisse.

No total, são 90 minutos sem intervalo, mas as portas abrem meia hora antes da apresentação. Como o teatro é um tanto antigo, dá pra ouvir qualquer som que venha do outro lado das cortinas, incluindo o “grito de guerra” do elenco. E quando as cortinas subiram – é, subiram, não abriram – na primeira apresentação do dia 27/02, eu não sabia se ria, se chorava, se olhava pra esquerda, pra direita, pro alto, pras televisões, enfim... Como tudo em New York City, era de esperar que tivesse informação em todos os lugares que você olhasse. E o medo de perder algum detalhezinho era absurdo.

Os 90 minutos parecem voar enquanto a história se desenrola no palco e é triste perceber que já estão em Wake Me Up When September Ends. Aliás, os arranjos estão lindos, as vozes são lindas, os atores são extremamente talentosos. E todos aqueles elogios fazem sentido logo no começo de American Idiot – música e musical -, é incrível a energia que eles passam.


Se as músicas faziam sentido antes, com as que foram adicionadas, montaram a história completa. Escolher uma favorita é impossível. E a história do musical fica pra outro post. Porque, sim, preciso comentar parte por parte, num post que só alguns poucos vão querer ler – fato.

Com 6 ou 7 stage doors, posso dizer que a variedade de público realmente impressiona – e cá está o tema do meu TCC. Nos dias em que só esperei do lado de fora do teatro, pude ver crianças, jovens, adultos, cabelos pintados e roupas sociais passando pela porta do St James. E, o mais interessante, nem sempre os mais velhos, ou com menos cara de “opera rock fan”, estavam acompanhando seus filhos, sobrinhos, netos, amigos fãs de Green Day ou de algum dos atores. Muitos não fazem o estilo da música, das letras, mas iam – e aplaudiam de pé antes do encore.

Na apresentação noturna, a última de Billie Joe, John Gallagher e Michael Esper, eu sentei no meio do mezanino. Na fileira da frente estavam uma garota e sua mãe, com os cabelos arrepiados e coloridos, roupa preta e lápis de olho. Algumas fileiras abaixo estava um casal, ele de terno creme e ela com vestido de tule rosa-claro. Ao meu lado, um casal de senhores um pouco deslocados, assistiram ao musical, aplaudiram e, quando a bagunça foi formada depois de Time of Your Life, saíram discretamente, sorrindo e aplaudindo. É um dos melhores exemplos do público que se pode encontrar por lá.


Concluindo o post enorme, os videos passam a leve idéia do que é visto no musical. Qualquer lugar é bom, mas as primeiras fileiras têm a vantagem óbvia, são as primeiras fileiras – assisti na 3ª fileira e REALMENTE podia sentir as batidas das músicas. Vale a pena ir ver, é realmente incrível. I’m out for words.


Agora
- Before the Lobotomy - Green Day
- Mah tá assistindo High School Musical
- Twitter, Youtube, MSN
- Nada, mas com sede x.x
- Nada
- Que minhas férias foram curtas demais
- Sede. E uma coceira chata no nariz ._.