segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Do you have the time to listen to me whine about nothing and everything, all at once?

Dessa vez, o aviso vem antes: post LONGO, com vários vídeos pelo meio.

“We need change, we need it fast
Before rock's just part of the past
'Cause lately it all sounds the same to me”

Do You Remember Rock’n’Roll Radio?, The Ramones


1º de novembro e eu ainda sinto meus pés doloridos, meus joelhos me xingam o tempo todo e meus ombros parecem permanentemente afetados, pois a dor vai e volta. E foram doze dias que, reparo agora, não vi, sequer senti, passarem. A vista do céu azul, o sol forte, tão bem-vindo e, ao mesmo tempo, impiedoso, traz de volta a vontade de fugir, de torcer para que o dia termine mais rápido, sonhando que amanhã acordarei cedo, com uma bolsa pequena cheia de tranqueiras potencialmente inúteis.

Mas, se esses doze dias passaram tão rápido que sequer reparei, os quatro dias anteriores passaram devagar demais. E eu ainda não consigo escrever frases que façam sentido. Ok, eu sei, é a vontade de falar tudo e achar que nenhum é bom o suficiente para explicar nada.

Oh, é útil avisar, a essa altura, que o post será longo e cheio de adoração ao trio californiano? Well, boa leitura.



Eu honestamente não lembro se fui num show antes de um cover de Sandy&Junior, tanto tempo atrás que eu só lembro disso - um palco e duas pessoas dublando as músicas da dupla. O primeiro que eu consigo lembrar aconteceu no aniversário da ADPM, acho, e foi Zé Ramalho e Oswaldo Montenegro. Uma experiência diferente por ser um lugar pequeno o bastante para não ter empurra-empurra, todos enxergarem e eu, meus pais e minha irmã ficarmos bem perto do palco. Pequeno o suficiente para a flautista, Madalena, descer do palco e passar entre as fileiras de pessoas enquanto tocava.

Depois desse, pulando um da Pitty numa balada por aí, porque eu sinceramente não vi nada, fui ao show do Pearl Jam, depois de uma série de acontecimentos bizarros, com meu pai. Foi o primeiro grande show que eu consigo lembrar de ter ido, completamente diferente do show fechado - foi no estádio do Pacaembu - e de "Zé Ramalho e Oswaldo Montenegro" - chegar no estádio meio-dia, pegar uma fila gigante, ficar o dia todo com o frio na barriga impedindo a fome de vir, sem poder ir ao banheiro, enfrentando chuva, vento, sol e tudo que viesse ao longo do dia. A recompensa da espera foi ver Eddie Vedder cantando Last Kiss e se esforçando para falar português –foi até fofo ouvi-lo repetir “Ramones” dando ênfase ao “e”, como brasileiros falam.

No ano seguinte, depois de ter chorado, esperneado, reclamado e xingado por querer ir ao show do U2 - infantil, claro, mas uma das poucas coisas que me arrependo é não ter ido ao show -, fui com duas amigas, sendo a Mayra uma das melhores amigas que eu já tive, ao show do Jack Johnson. Uma loucura, na verdade, porque resolvemos no dia, conseguimos pulseiras para entrar pela área de imprensa, ficamos na pista Premium e, ao final do show, voltamos pela área de imprensa, sem enfrentar a bagunça da saída. Um risco que valeu a pena.

Meu primeiro show sozinha foi, ironicamente, um show dos Jonas Brothers, ano passado. Ironicamente porque, bem, eu tenho 20 anos, tinha 19 na época, e a faixa de idade das fãs é meio abaixo da minha. Claro, têm algumas, muitas na verdade, da minha idade, mas no geral... São poucas. :P Talvez tenha sido uma loucura ainda maior – ir num show do outro lado do mundo, sozinha -, mas que valeu tanto quanto.



Já esse ano... Ah, esse ano. Eu não sei, não lembro mesmo, como fiquei sabendo do show. Se foi pelo Twitter, pela Mah, pelas notícias, enfim. O fato é que, dia 25 de maio, estavam comprados os ingressos para o show em SP, dia 20 de outubro. Um longo tempo de espera que valeu cada segundo, só para estar naquele que foi o melhor show da minha vida.



Se o tempo parece não passar para Jon Bon Jovi, ele definitivamente não passa para Green Day. É incrível como eles têm a energia de três adolescentes, mesmo estando quase nos 40. E como parecem ter seus 20 anos – talvez só estejam mais bonitos agora.



O show de mais de três horas pareceu durar meio segundo. Foram 36 músicas, mas pareceram faltar várias outras. Músicas de todos os CDs, do primeiro ao último – de 2000 Light Years Away a 21 Guns, passando pelos clássicos Basket Case, She, When I Come Around -, e tocando exatamente da maneira que tocavam anos atrás. Soando ainda melhor que nos CDs. E fazendo questão de interagir com a platéia – o melhor: lembrando que a pista comum existe! Unbelievable!



Honestamente, não trocaria o show por nada nesse mundo, mas trocaria o mundo por esse show. E, mesmo assim, não sei se o seria uma troca justa – o show parece valer muito mais. Agora só espero que eles não esperem mais doze anos para voltarem.



I hope you had the time of your life


E agora… Bem, agora eu quero ver Billie Joe como St. Jimmy no musical American Idiot. :P



A parte mais random do post: eu, como boa jornalista, estava com um bloquinho e uma caneta na bolsa, e fui escrevendo ao longo do dia na fila. Mas deu uma preguiça imensa de digitar tudo - irônico, se comparar ao tamanho desse post -, quem sabe no próximo post eu não digite? =P


Agora
- Do You Remember Rock’n’Roll Radio? – The Ramones
- Clipezin’ :P
- Youtube e Twitter
- Coca-Cola
- Livro de economia
- Em viagens :P
- Que comi demais, er


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