sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pride

“Brush my teeth and comp my hair
had to drive me everywhere
you were always there when I looked back ”

Butterfly Fly Away, Miley Cyrus


Sabe, eu tenho cuidado das minhas resoluções de ano novo. Eu provavelmente tomei mais água em janeiro de 2012 do que tomei em janeiro-fevereiro-março de 2011. Eu trabalhei mais o meu inglês, prestei mais atenção no curso de francês, revisei um pouco o espanhol. Eu até acrescentei mais três resoluções – dirigir mais, lembrar que eu sou mais importante e me dar mais liberdade (ninguém precisa ser altruísta quando isso vai fazer mal, right?).

Mas uma das coisas que eu percebi é que, para poder cumprir a primeira resoluçao – a de cuidar melhor de mim fisicamente, eu preciso começar com a parte psicológica.

Por muito tempo, tirei de mim mesma o direito de reclamar quando alguma coisa estava errada, quando algo realmente me incomodava. Engolia o sapo, as palavras e a raiva por motivos que nem eu sei explicar bem até hoje. Tinha medo de algumas reações e, principalmente, que essas reações prejudicassem outras pessoas, muito mais importantes na minha vida do que meu próprio bem-estar.

Um dos melhores exemplos é o colégio. Por mais que não quisesse, eu sempre fiquei quieta, isolada num canto. Não que eu fosse muito tímida para reclamar de tudo que estava errado. Pelo contrário. Meu prolema era o que essa reclamação poderia gerar. Será que expulsariam meu pai? Reclamariam dele? Demitiriam?

Demorou um tempo para perceber que, sim, como qualquer pessoa, eu podia ficar incomodada, podia falar, podia errar antes de acertar.

E aí passamos para outro ponto.

Eu tenho uma dificuldade considerável em conversar “sobre qualquer assunto” com a minha mãe, vivo em conflito com o meu pai. Mas eu sempre, sempre, sempre quis dizer o quanto eles são importantes na formação dessa pessoa que aqui escreve. O quanto eu sou orgulhosa por ter os dois como pais. Como eu nunca poderia imaginar viver com outra família.

Eu lembro do pequeno apartamento que meus pais dividiam com a minha avó quando eu era pequena. Eu sei, embora às vezes os dois parecem achar que não, o quanto eles trabalharam para chegar onde estão hoje. Eu me orgulho de como eles superaram cada maldito obstáculo que apareceu pela frente. Mas nunca disse isso.

Porque, por mais estranho que pareça, é assim que eu fui criada. Ouvindo pouquíssimos “eu te amo” vindos da minha família. Se estava subentendido o tempo todo, não sei, mas é estranho, sabe? Queria poder dizer isso a eles como falo todos os dias para dona Ninha Maria, melhor amiga que alguém poderia imaginar existir no mundo todo.

Só queria que eles soubessem, porque, às vezes, eu mesma sou injusta, e tudo sai completamente invertido.





Agora

- Sister, The Nixons
- TV desligada
- Youtube, Blogger, Hotmail, Facebook, TTT, duas galerias de fotos random
- Água
- Posts, posts, posts /o/
- Que eu queria ir pra praia. xD
img src="http://www.skygirl.blogger.com.br/sentir.gif" title="Sentindo" border="0"> - Calor, calor, calor. Que eu adoro =P

Um comentário:

  1. Sua família é muito bonita e gosta muito de você, Lu. Espero ter reclamado algumas de suas frustrações durante o colégio. O mundo é problemático. Pode até parecer que reclamamos e desgostamos demais das coisas, mas o mundo realmente tem problemas. A diferença é algumas pessoas preferem não se preocupar com isso.

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