Y’know, pulando a parte de sempre, sobre estrutura e o escambal, e focando no que eu vi, li e ouvi durante os jogos e as cerimônias, o povo brasileiro gosta de se jogar pra baixo, não? Idolatrar o que vem de fora? E de ser sem-noção.
Sério, choveu de gente falando da música. Londres teve Paul McCartney, Beatles, The Who, Mr. Bean. Certo. Não vou mentir, minhas bandas preferidas são inglesas e americanas. Truth. Mas não dá pra ignorar o valor da cultura brasileira.
Altas bobagens faladas sobre o gari, Renato Sorriso, no encerramento. Você ao menos sabe quem é ele, caro? Tem idéia do porquê da presença dele por lá?
Altas bobagens sobre quem vai cantar e o que vai tocar no Brasil. Se você espera funk, happy rock e whatever, meus pêsames, você é sem cultura. Ou você gosta de ignorar o “bom do Brasil”. E nem digo samba – eu não gosto de samba, sabe? -, mas de Cazuza, de Legião Urbana, de Skank, de Paralamas do Sucesso, de Marisa Monte e de mais uma lista consideravelmente grande de talentos musicais. E, bom lembrar, que estão aí há um bom tempo.
Se você realmente espera que a lista de nomes que você cita, sempre com tom de sarcasmo, resista bravamente na busca pela fama – pura e simples fama -, desculpe, você dá a entender que eles são bons. Porque modinha não dura. Tá esperando que toque Eguinha Pocotó na abertura de 2016?
E, de todos os pontos que eles poderiam ressaltar no encerramento, quer um melhor do que a tão conhecida alegria brasileira? E quer melhor exemplo de alegria e humildade que Renato Sorriso?
Não, eu não sou a favor do Brasil receber Copa e Olimpíada quando nem consegue se livrar dos grandes desvios de dinheiro. Mas já que é pra receber mesmo, não custa ser otimista, não custa torcer pra dar certo, não custa acreditar. Deixar de receber é algo que não vai acontecer, principalmente a essa altura do campeonato. Então para de reclamar aí do seu lugar acomodado e abre os olhos, pode ser?
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