Quando eu perguntei pro Luke algum tema pra post, eu também perguntei pra Alana, e ela falou “escreva um conto”. If you know me, provavelmente sabe que, por mais que eu goste de escrever, eu costumo apagar ou guardar tudo que eu escrevo – com exceção dos posts, eu não costumo publicar nada, raramente deixo as pessoas lerem, de fato. Eu escrevo para tudo e sobre tudo, é a minha maneira de descarregar a raiva, anotar sonhos e desenvolver idéias “no papel”.
Mas eu resolvi postar esse aqui. Foi uma dificuldade absurda pra desenvolver, eu sonhei com ele duas ou três vezes, mas não conseguia escrever. /o/ Então, there it is. :P Provavelmente não é dos meus preferidos ou mais movimentados, mas eu gostei mesmo assim.
“Encarando o piso de madeira, Elle se perguntava se ele algum dia pararia de falar. Ou pelo menos perceberia que ela não estava prestando a menor atenção. Não seria capaz de lembrar quantas vezes já haviam passado por aquilo – dez vezes nos últimos três anos, talvez?
Suspirou, achando que aquele sermão já estava longo demais. Avistou algumas pessoas se aproximando por trás do homem que agora lhe aconselhava a “não fazer isso novamente”. Sorriu para o grupo, fazendo uma pequena reverência e, finalmente, mostrando para o marujo que não ouvira nada do que fora falado nos últimos dez minutos, recebendo um olhar irritado antes que ele fosse embora resmungando sobre a maldição de ter mulheres a bordo.
Provavelmente amaldiçoaria seu pai – seu pobre pai, que de pobre não tinha nada – por deixar-lhe o navio e sua mãe, por simplesmente colocá-la no mundo. E depois reclamaria pela falta de atenção que receberia do resto da tripulação. Como se alguém fosse tentar um motim em terra firme.
Observou o pequeno grupo de pessoas com um sorriso. Com exceção de seu primeiro imediato, pareciam intrusos no navio, com suas roupas claras e bem arrunadas – a maioria ali usava roupas escuras, e ela própria admitia que seu sapato precisaria ser aposentado em pouco tempo -, era engraçado como parecia estar perdidos e no lugar errado.
Um pouco atrás dos quatro, correndo e quase derrubando a senhora com o enorme chapéu lilás, estava o motivo de toda a bronca que ouvira há pouco. Razz, seu companheiro canino preferido, era um dos únicos animais que entravam no navio por vontade própria, e acompanhava nas viagens há quatro anos. Um adorável presente da menina que estava segurando a mão da senhora de chapéu enquanto olhava o navio como se nunca tivesse pisado ali antes.
Riu ao sentir o peso de Razz jogado contra ela. Se não estivesseapoiada, provavelmente teria caído para trás. Antes que realmente pudesse fazer alguma coisa, ele estava correndo pelo convés, latindo e atrapalhando alguns marinheiros que organizavam ajustes de última hora.
Voltando sua atenção para os recém-chegados, fez uma pequena reverência para a senhora – cuja expressão fechada intimidaria alguns dos homens mais corajosos naquele navio. -
Obrigada por cuidar dele, senhor Jones. Como sempre. - A mulher resmungou uma resposta tão baixa que ninguém conseguiu ouvir. Elle não estranhou, sabia que a mulher gostava de ajudar... Da própria maneira. Cuidava de Razz e de Hannah, a menininha que ajudara a resgatar de um naufrágio uma vez, cuidou de Scarllet, de John e da própria Elle quando os pais não puderam ficar por perto. Nunca sorria, falava pouco, parecia ter muito mais anos do que provavelmente tinha, mas não conhecia nada de sua história, como poderia julgar?
John – seu primeiro imediato – deu algumas ordens aos homens e Scarllet desapareceu nas escadas, provavelmente indo para a cozinha. Elle suspirou, despedindo-se de Hannah e da senhora Jones e observou-as descerem a rampa que levava ao navio. Assim que estavam em terra, começou a gritar as próprias ordens enquanto ia para a proa, onde Razz já estava apoiado olhando o mar. Estava na hora de partir novamente.”
Agora
- You Look So Beautiful in White, Shane Filan
- Nada
- Facebook, Youtube, E-mail, Trampos.co (eu e a aparentemente inacabável busca por um emprego :\)
- Nada
- As Duas Torres
- Em layouts e novos posts.
- Fome. É, eu nunca estou completamente bem, é a vida. ô.o |