Sinopse: "Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.”
Autora: Cassandra Clare
Sooooo... Eu meio que tenho um problema com “segundos livros de séries”. Nem é de propósito, eu geralmente acho o primeiro livro bem introdutório, mas interessante, e o segundo mais parado ou confuso, onde você não tem as respostas que o primeiro deixou, só mais perguntas abertas para o próximo livro.
E Cidade das Cinzas não é uma exceção. Ele começa com uma cena aleatória que só vai fazer sentido alguns capítulos depois, e quando volta para a Clary, a história segue após os acontecimentos do primeiro livro, dá para perceber que teve uma passagem de tempo, embora curta, onde algumas coisas se ajeitaram – Clary está morando com o Luke, Jocelyn está num hospital mundano, Jace, Izzy e Alec continuam lutando contra demônios, Jace e Clary não se falaram desde o final do livro anterior...
Mas a impressão é que pouca coisa aconteceu no livro – eu realmente sinto que metade do livro foi só o desenrolar da luta dentro do barco, aumentando o número de shadowhunters e de demônios, com algumas mudanças no meio do caminho, e muuuitas páginas falando quase a mesma coisa. Eu sei que tem evolução de trama, com o Simon se acertando com a vida como vampiro, um pouco mais de Jace e Alec, a aparição dos pais e do irmão mais novo de Izzy e Alec, o roubo da espada mortal... To be honest, acontece muita coisa além da batalha no navio, mas é justamente pela batalha ser tão longa e a história ficar entrando e saindo dela – muda para Alec e Izzy, volta para o Jace e o Luke foreveralone no navio, vai para o Magnus, volta para Jace e Luke dentro do navio, vai para Clary e Maya, volta para a luta... Ficou meio enrolado.
No geral, ficam algumas perguntas para o próximo livro, algumas suspeitas que, sabendo mais da história, ficam bem mais óbvias, e um belo twist no final que ainda me faz correr e pegar o livro seguinte assim que fecho Cidade das Cinzas. Apesar da história me parecer mais lenta, a escrita da Cassandra Clare continua sendo muito boa de ler, e mesmo a enrolação toda é fácil de ler, eu sento para ler dez páginas e, quando percebo, já li 30 e quero ler mais um pouquinho.
Aqui também dá para conhecer melhor alguns dos outros personagens, e até dos próprios shadowhunters, é minha parte preferida do livro. Aliás, eu adoro como os personagens secundários são tão interessantes quanto os protagonistas – se em Eragon os trechos com ponto de vista do Roran me entediavam, em Instrumentos Mortais eu gostaria de ter mais de todos os personagens, porque são divertidos, têm suas qualidades e fraquezas bem equilibradas.
Enfim, ótima releitura, ainda acho que o livro vale muito a pena, mesmo sendo o meu menos preferido entre os quatro que já li.
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