quarta-feira, 6 de março de 2019

A.R.M.Y


Soooo... No meu aniversário, eu comecei um post que há tempos eu quero escrever, mas ele foi provavelmente um dos triggers do maior ataque de pânico que eu já tive, e ficou encostado - junto com o blog inteiro - enquanto eu me recuperava.

Fast foward para agora, quase dois meses depois, e ainda é um post que eu quero escrever e quero online, então let's give it another try. O post é sobre algo que, por aqui, não apareceu ainda: BTS e minha história como A.R.M.Y. Semana que vem os ingressos para o show em são Paulo da tour Speak Yourself estarão à venda, então, sei lá, parece um bom momento para esse post. xD

First things first, se você esteve sob uma pedra em 2017~2018, BTS é considerada, hoje, a maior boyband em atividade. Num resumo bem básico, são sete caras sul-coreanos - Jin, Suga, J-Hope, RM, Jimin, V, Jungkook - cantores, rappers, compositores, liricistas, dançarinos - idols. Eles debutaram em junho/2013 e hoje em dia tem uma pilha de CDs lançados e outra de prêmios ganhos, além de um histórico legal de trabalhos de caridade - entre doações em dinheiro, material e parcerias com a UNICEF. :D

BTS originalmente era uma sigla para Bangtan Sonyeondan (방탄소년단), que seria algo como "escoteiros à prova de bala", mas recentemente (incluindo no material dentro do Summer Package de 2018) eles têm usado Beyond The Scene. Vendo eles falando nas lives, geralmente usam mais "Bangtan", e às vezes "BTS".

A.R.M.Y é o nome dado ao fandom do BTS, e tem um singificado duplo que eu acho legalzinho quando combinado com todo o resto - um é a sigla para Adorable Representative MC of Youth, outro é a palavra literal, "exército", que é o termo que eu mais considero porque os fan meetings são chamados Musters, que tem entre as opções de tradução o ato de reunir exércitos.

Faz uns três anos que, muito aleatoriamente, assisti um MV - music video - do BTS no Youtube. Eu já tinha alguma noção de que eles existiam - tem moletons e camisetas há anos na Liberdade -, mas nunca tinha reparado nas músicas ou nos clipes, meu conhecimento prévio de kpop não me animava - as referências tinham letras tão, tão fracas que eu não conseguia levar nada a sério, por mais que gostasse da batida e da coreografia.

Eu tinha visto um vídeo aleatório sobre uma viagem ao Japão, For You estava na lista de recomendações, e eu tenho quase certeza que cliquei por engano, mas a curiosidade de ver quem era, afinal, BTS, e o fato de ser um vídeo da coreografia me convenceram a assistir. Passei de For You para Danger, e de Danger para o canal oficial do grupo. Tenho quase certeza de que passei horas assistindo dance pratices - vídeos gravados dos membros ensaiando a coreografia inteira, com uma câmera parada no centro - e, ao final daquele dia, era oficialmente uma fã, encantada com as coreografias e, mais ainda, com as letras das músicas.


Um ponto necessário de comentar aqui, também, é o momento em que conheci BTS e que ouvi uma das minhas músicas preferidas até hoje, Tomorrow. Entre 2016 e 2017, eu não estava num bom lugar - física e mentalmente. Eu trabalhei num lugar que me drenou de uma maneira que eu nunca tinha experimentado antes, se eu tinha a impressão de ter depressão antes, eu tive a certeza nesse período - eu não tinha vontade de levantar da cama, eu não tinha vontade de acordar, contato humano parecia um esforço além do que eu estava disposta a fazer, e mais vezes do que eu gostaria de admitir, eu me perguntei porquê estava viva, pensei em quão conveniente seria se algum acidente acontecesse durante o caminho para o trabalho.

Eu tinha o costume de cantarolar músicas enquanto não tinha o que fazer no trabalho, e ouvir Spotify no caminho de ida e volta para casa. Música sempre foi um porto-seguro e algo que fez com que eu me sentisse menos sozinha - as letras às vezes mostram que existe alguém lá fora que se sente como eu, afinal. Tomorrow foi a primeira música que eu ouvi do BTS que falou comigo, a letra fala exatamente do que eu sentia na época, a rotina repetitiva, a a impressão de estar presa no mesmo lugar - mesmo quando eu estava cansada de correr -, mas com o refrão lembrando que a noite é sempre mais escura antes do amanhecer. E, por mais que soe clichê, isso é algo que eu precisava ser lembrada, que eu precisava ouvir.

Várias letras do BTS passam algum recado, contam uma história, e esse foi um dos motivos de eu começar a ouvir o grupo. O fato de ser em coreano ajudou mais do que seria esperado - para entender as letras, as lives, as entrevistas, eu comecei a estudar coreano, e foi mais um "algo para fazer" que me distraiu dos pensamentos negativos e da rotina infernal. Me deu inspiração para tentar novos sonhos.

Em 2017, entrei na pós-graduação, procurei uma psiquiatra e, finalmente, saí do trabalho que me fazia tão mal. Passei por momentos difíceis - meu avô faleceu em outubro, minha tia-avó em novembro -, mas nunca voltei àquele ponto tão baixo, nunca me senti tão inútil e desvalorizada de novo.

Eu sou, até hoje, muito grata ao BTS, feliz e orgulhosa de ser parte desse fandom. Mais do que músicas inspiradoras que foram, sim, um dos meus refúgios durante a minha depressão, eles têm atitudes inspiradoras. Como eu falei lá em cima, além de prêmios e CDs, eles acumulam ações de caridade, é comum fazerem doações no dia do aniversário - teve doação de carne para orfanatos, ração para ONGs que cuidam de cachorros abandonados, dinheiro para ONGs variadas, doações para escolas -, eles fizeram uma parceria com a UNICEF para criar a campanha contra a violência intitulada Love Myself, e incentivam os fãs a seguirem esse exemplo - ano passado presentes para os membros foram proibidos, e eles explicaram que não queriam pessoas gastando dinheiro com eles.

Só para citar algumas ações realizadas pelos fãs, no aniversário do Jimin fãs fizeram um mutirão para doar sangue sob o nome dele (e a Cruz Vermelha sul-coreana emitiu um agradecimento, foram mais de 400 doações), no aniversário do J-Hope foram "adotados" 37 esquilos vermelhos (que estão em risco de extinção) no Scottish Wildlife Trust, para comemorar o lançamento da música solo do Jimin (e o que ele falou sobre a letra), rolou um projeto para juntar dinheiro para uma ONG sul-coreana que trabalha com crianças pobres e as ajuda a seguir os sonhos - com aulas de canto, dança e o apoio psicológico. Para o aniversário do Suga, no próximo dia 9, alguns projetos estão rolando há algum tempo: para fazer uma doação para o programa de terapia musical do BC Children's Hospital, no Canadá, outro para comprar livros para um orfanato em Daegu, e outro para doar instrumentos musicais para crianças. Geralmente são mais de 35 projetos, alguns para doações em dinheiro, outros diretamente em parceria com ONGs, e aqueles que não envolvem dinheiro - apenas doar o tempo para alguma ONG, asilo ou orfanato.

São constante inspirações para melhorar, em vários sentidos. Os exemplos de filantropia são uma inspiração. A mensagem do CD mais recente (Love Yourself: Answer), "love myself", é outra, justamente porque, embora todos tenham defeitos, todos têm seu valor, suas qualidades, e você precisa aprender a amar a si mesmo antes de qualquer outra coisa. Também teve o discurso na ONU, voltado para a idéia de "speak yourself". E a história deles por si só é inspiradora, já que são sete pessoas de sete lugares diferentes de Seoul, uma companhia então pequena - correndo risco de falir, aparentemente -, e letras diferentes do comum, que falam de assuntos delicados na Coreia do Sul - o sistema de educação, a diferença de gerações, saúde mental...

E é isso. xD Esse post é realmente só um agrado para mim mesma, um registro que eu queria deixar aqui. 2019 está aqui, eu estou num lugar bem melhor que em 2016, esse ano completo três anos no fandom e, sinceramente, não poderia estar mais feliz e orgulhosa de ver como esses meninos cresceram, evoluíram e o quanto conquistaram. :) Eles com certeza são meu grupo preferido, logo ao lado do Green Day. Sabe aquelas pessoas que você só queria encontrar pessoalmente um dia, apertar a mão e agradecer? É exatamente esse o caso, esses sete guris me ajudaram tanto e não fazem idéia, e os projetos de caridade e doação são uma maneira de colocar em prática o que aprendi com eles, e, de certa forma, colocar em prática a minha gratidão.

Dia 11 começam as vendas dos ingressos para o show em São Paulo, espero conseguir. xD

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

#84 Lendo: Que Viagem!

Sinopse: Maria Alice não sabia o que é ser uma fã até perder o pai e se ver agarrada às músicas que ele ouvia. Agora, quando o aniversário do acidente se aproxima e Zack Cole anuncia que fará parte de uma turnê na América do Sul, a garota não quer ficar sozinha em casa. De mochila nas costas, ela embarca em uma viagem pelos países vizinhos enquanto os shows não chegam ao Brasil. Seu sonho é poder abraçar o homem que a ajudou de longe em cada um dos últimos doze meses. Não sem antes trombar com uma extensa barreira de outros admiradores – que estão dispostos aos mais variados puxões de tapete para chegar perto do ídolo – e enfrentar a possibilidade de destruir seu namoro – que fica abalado quando ela cai na estrada atrás de um cara. Um cara que parece saber quem ela é, mesmo morando no outro extremo do continente.

Autora: Cínthia Zagatto

SO, comecemos 2019 com um post que devia ter saído ano passado, shall we? :P

Que Vuagem! conta a história da Maria Alice enquanto acompanha todo o trecho sul-americano da turnê do Sebastian - sim, aquele de Sake - mesmo não sendo fã dele, só porque Zack Cole - um músico country - de quem ela realmente é fã está tocando na banda durante essa tour. A época dos shows bate com a época do aniversário de morte do pai dela, e a aventura foi patrocinada pela herança que ela recebeu.

Durante as viagens, Alice acompanha shows parecidos com setlists parecidos de alguém que ela nem curte tanto - Sebastian - só para ver o Zack, e acaba indo para os hotéis na tentativa de conseguir autógrafos nos CDs que levou na bolsa. Depois da morte do pai, ela se afastou da família, então, além de fazer os outros países sozinha, Alice só tem contato por telefone (mais mensagens) com duas outras pessoas, Dani, uma amizade feita pela internet por causa do Zack, e Rafa, um namoro passando por um período instável também por causa das viagens.

Logo no começo da história, dá para perceber o quanto Alice ainda sente a morte do pai e entender a ligação que ela sente com o Zack (e as músicas dele). Ela sente que as músicas conversam com ela, e é interessante ver a evolução das emoções dela, além do resultado das decisões impulsivas. E de Dani e Rafa, que passam uma impressão pelas mensagens quando Alice estava longe, e outra bem diferente pessoalmente1 - Dani vai acompanhar os shows no Brasil, enquanto Rafa vai encontrar Alice em São Paulo. Aliás, Rafa e Sebastian são minhas personagens preferidas. xD Sebastian pela visão da Alice também é muito legal, porque ela começa não gostando das músicas dele, até saindo antes do show terminar algumas vezes, mas vai conhecendo melhor o músico e mudando de opinião.

No geral, eu amei o livro. A Alice é ótima, e a escrita da Cínthia te leva para dentro da cabeça da Alice, e é fácil entender a linha de pensamento que leva às decisões que ela toma mesmo que você não consiga se identificar at all com a situação.

Também me identifiquei com a vontade de ir em todos os shows sul-americanos de uma tour. xD Tenho muita vontade de fazer isso, só faltam os recursos. xD No último show do Green Day no Brasil, a dupla que chegou pouco depois de irmã, se não engano, veio do Chile e ia em todos os shows sul-americanos - inclusive, deram a melhor dica possível, desenhando o palco e a passarela e mostrando pra onde a gente devia correr.

Que Viagem! passa bem os perrengues que deve ser acompanhar uma bandas por todos esses shows, tho, desde a disputa pelos melhores lugares até a correria entre shows, aeroportos, hotéis - aqui com o extra de que Alice quer autógrafos nos CDs -, além do peso emocional. Mesmo sem ter a morte do pai na consciência, imagina o cansaço que deve ser todas essas viagens, correria, gastos, tudo em tão pouco tempo.

Como os outros livros da Cínthia, Que Viagem! tem uma trilha sonora muito legal (que você pode ouvir aqui) e bem variada, ajuda a entrar no clima da história. :) E o livro tem a capa mais bonita entre os três, na minha opinião. xD

Se não ficou claro até aqui, eu totalmente recomendo Que Viagem!, principalmente por ser a história de uma brasileira acompanhando uma tour na América do Sul, então vemos lugares conhecidos, perrengues conhecidos, e o twist aqui é um dos mais legais. xD

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

2019

O que você espera para 2019? O que quer fazer?

Pra ser sincera, eu não faço idéia do que espero para 2019 e tenho uma vaga idéia das coisas que quero fazer.


Pela primeira vez, a organization freak em mim travou e não soube se planejar. ou não soube o que planejar. Eu sei que eu quero emagrecer, porque pela primeira vez em anos me olhei no espelho e me achei MUITO gorda, mas não ligo para peso, só quero me olhar no espelho e não me sentir gorda, e acordar e não me sentir fraca.

Da mesma forma, eu quero um emprego - porque parada assim não dá -, mas, por mais que eu adorasse conseguir algo na área de eventos, não é como se eu pudesse escolher, nesse momento, eu só preciso de um emprego.

Também não coloquei nenhum meta de leitura, não montei TBR, não tenho planos extraordinários para 2019. Tem, claro, coisas que quero fazer - reler A Mediadora, terminar Dark Artifices, tentar de novo ler Game of Thornes (agora que tenho todos os livros xD), continuar a saga de assistir todos os filmes já premiados a melhor filme, visitar alguns museus, ir em algumas feiras específicas, finalmeeeeente tentar bullet journaling... Again, metas abertas.

E, no geral, acho isso bom. Por mais que eu adore a idéia de planejar tudo, isso não estava funcionando 100% pra mim - porque imprevistos existem e a adaptação era cansativa quando tudo estava muito planejadinho. Sem estar presa ao passo-a-passo imposto por mim mesma, 2018 fluiu bem por eu conseguir me adaptar melhor tendo só os objetivos em mente e um plano beeeem vago.

SO, yeah... Feliz ano novo, feliz 2019. ;)

Bom dia, 2019! :D #newyear #happynewyear #2019

Uma publicação compartilhada por Luisa Cardoso Monroe (@lilyfaylinn) em