domingo, 5 de maio de 2013

Psita

Quando eu tinha uns cinco, seis anos, morava em uma casa que tinha um belo espaço aberto (que eu não sei se pode ser definido como terraço, se a casa só tinha um andar, er) e, na área da lavanderia, tinha telhas relativamente baixas. Eu não lembro bem como, mas um passarinho foi parar lá. Aterrisou e se acomodou nas telhas. A gente deu comida e água (que ele virou todinho em cima da própria cabeça). Não parecia machucado, e uma olhada mais próxima mostraria que estava bem. Aparentemente, só gostou do lugar.

Era um passarinho bem bonitinho, cinza, com barriga branca, um topete amarelado e bochechas vermelhas – se é que passarinhos têm bochechas. Era incrível como saía fofo nas fotos. Você até podia olhar para ele e vê-lo sorrir. É, um pássaro sorrindo. Várias vezes andava olhando tudo, com a curiosidade de um gato e parecia sorrir para tudo - e, incrivelmente, isso não parecia nem um pouco... Creepy.


E, aparentemente, nos adotou e foi adotado. Ganhou uma gaiola e ficava solto pela casa com alguma frequência – fazendo companhia enquanto eu fazia a lição de casa. Até que ficou forte demais e as brincadeiras ficaram mais perigosas.

Quando minha mãe limpava a gaiola e trocava água e comida – ele continuou com o costume estranho de tomar banho no bebedouro -, a porta da gaiola ficava aberta, ele nem se interessava em sair. Foi puxado algumas vezes com alguma força, para andar um pouco e esticar as asas. Numa dessas conheceu a gata, chegou perto bem devagar e tropeçou no caminho. Gritou como gostava de gritar e a gata, total exemplo de coragem e valentia, saiu correndo desesperada e nunca mais quis chegar perto.

Ele fez companhia para alguns canários que passaram por aqui. Era um pássaro bem resistente, os canários iam e ele ficava. Adorava a água, era só abrir a torneira que ele começava a cantar. Gostava de gritar e interromper conversas de vez em quando. Às vezes descia até a grade da gaiola, assobiando baixinho, parecia estar conversando com você.

Por alguns anos, “ele” foi “ela”. A mania de chamar a calopsita de “a psita” confundiu todo mundo – é fêmea? -, e por vezes confundiu a gente também. Gostava de imitar o canto dos passarinhos que ouvia por aí – por anos, imitou os canários. Era até bonitinho como ele, com o dobro do tamanho, se dava bem com canários, mesmo quando colocamos um ninho dentro da gaiola.

Calopsitas podem viver até 25 anos, e a nossa, que simplesmente chegou, provavelmente já era adulta quando pousou por aqui. Depois de 18 anos fazendo companhia, chegou a hora de ela ir para o céu das calopsitas, onde ela pode voar, tomar sol e brincar na água quando quiser. :) (sim, isso é uma menção ao gibi do Cebolinha, com a história da Caramela)


Agora
- One man medley cover de Phantom of the Opera feito pelo Nick Pitera
- O video. E nem assistindo entra na minha cabeça que as três vozes são do mesmo cara.
- Youtube, Facebook
- Nada
- A Guerra dos Tronos
- Que eu deveria estar dormindo
- Dor, dor, dor. Dor nos ombros, nas costas, nos pés, nas panturrilhas, nas coxas, nos pulsos... Tô quebrada \o/

2 comentários:

  1. Caramela! *-*
    A chinchila manca! Eu quero uma chinchila .-.

    Ela viveu uma boa vida feliz :) :) Pets vem e vão... Deixando seus carinhos conosco :)

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    1. Eu queria uma chinchila... Até descobrir o trabalho que é cuidar de uma. xD Aí fiquei com medo de maltratar o bichinho sem querer. xD

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