quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Lily lê: Os Miseráveis I

So, eu resolvi fazer algo diferente do que faço normalmente, e postar durante minha leitura de Os Miseráveis. Isso porque, se for guardar todas as opiniões para um post só no final da leitura, terei um post quilométrico, possivelmente cansativo e all over the place. Então resolvi fazer uma série de posts conforme vou lendo, sobre pontos aleatórios que eu quero postar, mas não quero desviar taaaanto o foco de um post-resenha. A série de posts vêm com Os Miseráveis porque, diferente de todos os livros que eu já li, esse é dividido em cinco volumes, cada um com oito livros, o que resulta na soma intimidadora de quase duas mil páginas.

Dois pontos que precisam ser destacados nessa leitura específica é que (1) eu já conhecia a história, já vi filme, musical e sei várias diferenças entre os dois e o livro, e (2) eu tenho uma tendência a me apaixonar por alguns livros e filmes muito antes de vê-los, e eis aqui um bom caso. No momento estou no meio do segundo livro, A Queda, e esse post surgiu de uma pergunta de um amigo meu: “você canta enquanto lê?”

Não, eu não canto enquanto leio, porque, querendo ou não, a ordem é diferente e a história é bem maior do que as músicas dão a entender. Mas eu estou adorando reconhecer, no livro, de onde vêm algumas das letras. O segundo livro é a entrada de Jean Valjean na história, e boa parte da explicação sobre os anos que ele passou preso lembra os versos do começo de Valjean’s Soliloquy (Soliloquy = monólogo), música encenada logo após ele ser pego fugindo da casa do Bispo.


“Assim, propondo estas questões e resolvendo-as, ele julgou a sociedade e a condenou.
Condenou-a a seu ódio.
Tornou-a responsável pela sua desgraça e jurou com ela acertar as contas um dia.”
(p. 151)
“Quando chegou às gales, ainda se conservava bom. Mas agora condenava a sociedade e sentia que se tornara mau; condenava a Providência e percebia que se tornara ímpio.”
(p. 152)

“Have I fallen so far, while is the hour so late
That nothing remains but the cry of my hate?
That cries in the dark, that nobody hears
Here where I stand at the turning of the years
If there is another way to go
I risked it twenty long years ago
My life was a war that could never be won
They gave me a number and murdered Valjean
Where they chained me and let me for dead
Just for stealing a mouth full of bread”

E pode parecer algo bem aleatório, mas é tão difícil reconhecer o musical The Phantom of the Opera no livro The Phantom of the Opera que eu fico imensamente feliz por não só reconhecer o musical no livro Os Miseráveis como por achar os dois brilhantes. Até agora, parece apenas uma boa adaptação de um livro, e múusica que realmente tem a ver com o livro.

2 comentários:

  1. Tenho muita vontade de ler Os Miseráveis, mas tem que ser numa hora que eu estiver mais inspirada pq parece ser uma leitura mais complexa...

    http://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/
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    1. Apesar de ser mais complexa, ela é tão flúida, com uma escrita tão gostosa de ler que nem parece ser o tijolo todo que ele é. ^^

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