Direção: Bryan Singer
Duração: 134min.
A linha do tempo doa série X-Men no cinema é uma bagunça, todo mundo sabe e, quando você assiste aos filmes, encontra uma quantidade terrível de furos no roteiro. Se você assistir sem pensar muito, porém, são ótimos filmes (exceto o terceiro, esse eu achei bem chatinho xD). X-Men: Dias de um Futuro Esquecido não escapa disso, ainda rolam furos bizarros, mas continua o bom momento de X-Men: Primeira Classe. E serve como aquela borracha que a série precisava pra apagar a bagunça dos três filmes anteriores.
O filme começa num mundo meio pós-apocalipse, numa cidade destruída e quase fantasma graças aos sentinelas, robôs criados para exterminar os mutantes e, mais tarde, alterados para encontrarem também humanos que teriam filhos ou netos mutantes. Um grupo de mutantes sobrevivente vai de lugar para lugar, escapando dos sentinelas graças ao poder da Kitty, que manda para o passado a consciência do Bishop, que avisa o grupo todo para que se escondam em outro lugar.
É assim que eles chegam ao professor Xavier, que usa essa mesma estratégia para mandar o Wolverine décadas no passado – especificamente ele porque é único cujo cérebro aguentaria a viagem no tempo -, enquanto o grupo, agora maior, protege o lugar. Os sentinelas conseguem se adaptar aos poderes dos mutantes graças ao DNA da Mística, conseguido quando ela foi capturada, e a decisão de usar os robôs veio depois de um assassinato cometido por ela. O objetivo da viagem do Wolverine é impedir esse atentado.
Todo o tempo de filme é dividido entre o presente pós-apocalipse e o passado, que é uma continuação da Primeira Classe (e onde se passa a maior parte de Dias de um Futuro Esquecido). O foco fica entre Wolverine, Mística, Magneto e Professor Xavier, todos do passado, com uma participação bem grande do Fera, que é quem está fazendo companhia ao Xavier, e isso sinceramente não me incomodou, são ótimos atores e tem sequências bem divertidas.
O filme é longo, pareceu bem mais longo do que realmente é, mas não é repetitivo e não é enrolado, o que é sempre positivo. Tem ótimas cenas de ação, principalmente com a Mística, e mortes bem trágicas, aliás, alguns personagens morrem algumas vezes, mas minha sequência preferida é a do Mercúrio, todas as cenas com ele são engraçadas, mas a sequência na cozinha é a mais divertida, uma das melhores do filme. Pena que ele é um dos personagens que some sem explicações depois. Resgatam o Magneto e whatever Mercúrio, ele não aparece mais, er.
O final tem uma coisa de “final feliz” que cumpre o papel de borracha. A única pessoa que lembra do passado “antigo” é o Wolverine, por ser quem voltou no tempo, e tudo o que aconteceu entre o momento em que ele se afogou no passado e acordou no presente foi alterado. Curiosamente, a Vampira continua com os fios brancos conseguidos no primeiro filme. :P É como se eles tivessem décadas para contar de novo nos filmes.
A cena extra é meio wtf se você não souber um pouquinho da história... Do próximo filme, er. Não tem absolutamente nada a ver com essa e ficou meio perdida, maaaas ok. Ela mostra, basicamente, o surgimento do Apocalypse, vilão do próximo filme, e pelo jeito não tem nada a ver com nada, só mostra o surgimento mesmo. Já foi noticiado que o próximo filme não será no Egito, esse filme nem chegou perto do Egito, mas a cena extra é no Egito. Oh well.
Enfim, filme muito legal, vale a pena assistir, mas fica ainda melhor se você pensar pouco. xD E é sempre mais fácil se você assistiu os outros, principalmente o Primeira Classe, porque tem muitas referências ao longo do filme, além de o “passado” ser algum tempo depois de Primeira Classe.
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Assisti hoje e minha mente deu um blow quando cheguei à conclusão de que tem "dois Mercurios" ao "mesmo tempo" em duas franquias da Marvel :P
ResponderExcluirMas adorei o filme <3 <3 A cena do Mercurio: "Então, você mexe com metais? Minha mãe disse que conheceu um cara assim antes de eu nascer..." foi hilária e deixou o ponto "eu sou seu pai" bem óbvio xD