Logo na entrada tem uma exposição – que não sei se é temporária – com nomes do Direito e da história das cadeias – yeah, isso soa estranho -, fotos de prisões brasileiras antigas e atuais, com explicações sobre o dia-a-dia dos presos por lá e programas de recuperação. No final da exposição, ainda do lado de fora do museu, tem uma foto da Casa de Detenção com escombros da demolição.
Dentro do museu, antes de entrar para a área de exposição, tem uma “chuva de palavras”, com os termos mais ouvidos/falados quando se trata de presos, que vão de gírias a motivos de prisão, como “assassinato”, “roubo”, e termos usados em julgamentos. Também tem uma tela touch com o site do museu aberto, com coisas que não tem por lá, como um hino (que dá para ouvir).
A exposição em si é curta, e uma das coisas que eu mais gostei é que, além de ter muitas fotos, tem muita “memorabília”, você vê a foto, mas você também vê o objeto pessoalmente. Começa numa sala com tatuagens usadas por presos, um video mostrando um mini documentário com algumas das técnicas que eles usam/usavam, e um aquário com algumas das “máquinas” improvisadas – que incluíam caneta Bic, agulhas, faquinhas... -, feitas pelos presos mesmo.
As outras salas são cheias de itens feitos pelos presos – e vão desde facas, armas de brinquedo e cachimbos até cadeiras incrivelmente detalhadas, microondas, motos de brinquedo e quadros inacreditavelmente bonitos – e fotos de como eram as prisões, como são hoje, fotos de rebeliões e explicações de métodos e dia-a-dia. O grande destaque, porém, foi a segurança absolutamente simpática que estava por lá e acompanhou eu e mãe, sendo uma guia pelo museu também, contando histórias, explicando objetos, mostrando detalhes – a visita foi muito mais interessante assim.
O caminho das salas leva para uma exposição do outro lado do prédio, um corredor externo cheio de fotos e linha-do-tempo, mostrando a evolução da Casa de Detenção, do Parque da Juventude, das grandes rebeliões. Passamos por uma exposição mostrando as diferenças nas arquiteturas do sistema penitenciário, além de uma explicação das diferenças no funcionamento de cada sistema, porquê falharam e quais foram/são usados no Brasil, e terminamos na área das solitárias, que, segundo a segurança-guia, já foi menor e mais desconfortável.
Enfim, foi um passeio bem interessante, e vale a visita. o/ A entrada é gratuita, e o museu funciona se segunda à sexta, nas 9h às 16h, e para ter visita monitorada precisa agendar pelo site ou pelo telefone 2221-0275.
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