Autora: Lhaisa Andria
Almakia foi, provavelmente, o primeiro livro de fantasia escrito por uma brasileira que eu realmente gostei. Não que eu tenha lido vários, mas a verdade é que não curti os que já tinha lido. Aparentemente posso confiar que gostarei de livros escritos por pessoas que costumavam escrever fanfics de HP e SdA, e nos “você vai gostar desse livro, Lily” do Thiago. :P
Logo no começo do livro, tem uma explicação da história de Almakia – terra onde mora a maioria dos almakins, pessoas com o poder de manejar os sete elementos – e uma descrição tão bem feita da geografia do lugar que é quase como se tivesse um mapa. Do prólogo em diante, acompanhamos a história de Garo-lin, uma menina que, ainda criança, descobre ser uma manejadora e, por isso, vai para o Instituto Dul’Maojin na Capital do Fogo. Sendo uma vilashi – uma imigrante –, ela não é exatamente querida entre os almakins do Instituto, para alunos e professores, ela é até meio invisível, pelo menos até a chegada da Kidari Chanboni, uma manejadora vinda do além-mar que praticamente gruda na Garo-lin depois de um incidente envolvendo os almakins mais respeitados/temidos do Instituto, herdeiros das Grandes Famílias – e chamados de Dragões.
Aliás, esse grupo é bem interessante de ler, porque você os conhece primeiro pelos olhos e o preconceito da Garo-lin, principalmente nas cenas em que aparecem no começo e quando ela fala de cada um para a Kidari. Mas, com o desenrolar da história e uma convivência meio forçada entre eles, dá para perceber que eles não são bem como ela fala. Na verdade, eles têm personalidades que parecem bastante com os respectivos elementos que manejam – por isso é engraçado ver a relação da Garo-lin, manejadora de fogo, com o Dragão de Fogo e com o Dragão da Água – que, aliás, está na minha lista de personagens preferidos principalmente porque me lembra o Hyoga, meu personagem preferido em Cavaleiros do Zodíaco, e eu consigo ler as falas dele exatamente na voz do dublador do Hyoga, que é linda.
Eu sinceramente adorei o livro, adorei a Garo-lin e me diverti bastante durante a leitura – que foi fácil, rápida.A maioria dos trechos com a Kidari são engraçados, dão toda uma leveza para a história porque, além de ter dificuldades com o idioma, ela é bem ingênua e é bonitinho de ler. xD Com a introdução explicando Almakia e o primeiro capítulo explicando o funcionamento do Instituto, não é difícil de mergulhar na história mesmo – truth be told, a única dificuldade que eu realmente tive foi a pronúncia dos nomes, mas ok, Cassandra Clare disse que uma das partes preferidas dela na leitura era poder criar as próprias palavras, então vou com ela e falo tudo do meu jeito.
Dois grandes pontos positivos para mim, que realmente merecem destaque, são descrições e evolução dos personagens. As descrições são ótimas, te ajudam a formar a imagem sem ficar muito longa, enrolada, ou mesmo repetitiva – tem várias descrições no começo, e elas não são repetidas cada vez que um personagem aparece ou vai num determinado lugar -, e dá para perceber a evolução da Garo-lin, principalmente, mas um pouco dos outros personagens também. Aquele preconceito todo que ela guardava para os almakins, principalmente para as Grandes Famílias, vai diminuindo conforme ela conhece melhor cada um deles, e até tem um momento de decisão para ela quando volta para a vila em que nasceu - ela não se encaixa entre os almakins do Instituto, mas também não faz mais parte da vila.
No geral, adorei o livro, super recomendo, foi um daqueles livros que eu cheguei na metade já com dó de terminar, e terminei querendo a continuação, mas querendo reler também. O final deixa um MEGA gancho para o próximo livro e eu estou absurdamente ansiosa para ler a continuação. /o/
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