Sinopse: "1947. O famoso detetive Sherlock Holmes (Ian McKellen) está com 93 anos, aposentado, vivendo em uma casa remota no litoral com sua governanta Mrs. Munro (Laura Linney) e o filho dela, o pequeno Roger (Milo Parker). Lidando com a deterioração da sua mente por causa da idade, ele continua obcecado com um caso que nunca conseguiu decifrar. Sem a companhia do seu fiel escudeiro Dr. Watson, Sherlock tentar desvendar este último mistério.”
Direção: Bill Condon
Duração: 104min.
Mr. Holmes é um filme que eu esperei muito tempo para assistir (ia sair no Brasil, não ia mais, ia direto em DVD, a data foi adiada...), então é legal levar isso em conta antes de ler esse post. xD Eu costumo ter uma expectativa mais para esses filmes, e ignorar alguns defeitos.
O filme é estrelado pelo queridíssimo Ian McKellen, que interpreta um Sherlock Holmes de mais de 90 anos, refazendo os passos de seu último caso, já praticamente aposentado em sua casa de campo, sendo cuidado por uma governanta e seu filho – que parece ter uns 12 anos. Uma das primeiras coisas que a história te mostra é que Holmes está com problemas de memória, principalmente em relação a esse caso, embora continue extremamente afiado em suas deduções e leituras de pessoas.
Com o passar do tempo, Roger é praticamente o único a se importar com o detetive, e, quase por consequência, começa a descobrir mais e mais sobre o passado e, principalmente, sobre esse último caso. É interessante de ver essa ligação surgindo, principalmente porque a mãe do menino não vê a hora de ir embora, negociando outro trabalho e tudo, e Sherlock está BEM ciente disso. E é triste vê-lo piorando, você passa boa parte do filme esperando pelo momento em que ele vai morrer, simplesmente porque a saúde vai piorando e a aparência também.
A parte do Watson foi a única que me deixou meio perdida, às vezes parecia que ele e Sherlock tinham perdido contato mesmo, mas ele aparece num trecho do filme e, pouco depois, é falado que ele está morto. Talvez eu não tenha acompanhado direito a passagem de tempo, talvez eu tenha perdido algum detalhe, talvez não faça sentido mesmo, mas achei bem bizarro, é a única parte que ficou sem explicação pra mim.
Partes do filme são flashbacks, embora ele seja mais linear do que isso o faça parecer, e eles acompanham duas histórias – o último caso e uma ligação perdida que mostra mais sobre a perda de memória e quando começou. Aliás, é interessante que parte do filme trate o mistério como algo inacabado, que ele precisa solucionar para ficar em paz, mas logo você aprende que, na verdade, ele está tentando se lembrar do que aconteceu e, por consequência, porquê se impôs esse exílio na casa de campo.
Apesar de ter gostado bastante do filme - ele tem pouco foco nessa parte investigativa, preferindo destacar o lado humano e mortal de Sherlock Holmes, o que é bem fascinante -, ele é parado e meio lento demais em alguns momentos, e todo o arco da ligação perdida é meio méh. Adorei as interações do Holmes com o Roger, tho, ele é tão animado que deixa o detetive mais disposto e dá uma energia na trama mesmo.
No geral, eu gostei do filme, gostei muito da idéia de retratar, como diz o poster, o homem além do mito, embora ele seja meio agridoce e verdadeiramente triste em vários momentos. Como alguém que nunca leu Sherlock Holmes e assistiu o filme simplesmente por ser fã do trabalho do Ian McKellen, eu recomendo, vale a pena ver, a história é interessante e alguns dos traços que eu adorei ver no detetive estão lá: as deduções que ele faz só de olhar as pessoas, o pensamento afiado e estar sempre um passo a frente da outra pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário