quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Revisando agosto

Ai, ai, agosto. Ô, mês difícil, viu?! Esse, especialmente, foi BEM difícil, longo, complicado. Mas vamos por partes: primeiro, os posts.

Verdade seja dita, nem teve muita coisa – como eu disse, mês difícil. Então começo pelo que explica o que rolou: logo no começo do mês, a viagem para NYC que eu e Thiago estávamos planejando foi de vez por água abaixo, quando meu visto foi negado, e depois postei aqui falando sobre. O fato é que ter que cancelar essa viagem quase me jogou pra depressão mesmo, eu fiquei com aquela sensação de estar genuinamente sobrevivendo, perdida sem saber o que fazer, por onde começar, pra onde me mexer. Não foi fácil, mas passou, foi superado quase completamente. Fora isso, teve duas resenhas (O Corcunda de Notre Dame e Cidade dos Anjos Caídos), uma crítica (O Bom Gigante Amigo), uma resenha de série (primeira temporada de Shadowhunters) e um Lily por aí, sobre o lançamento de Harry Potter and the Cursed Child. E, claro, as metas. E depois disso o blog meio que entrou num hiatus porque eu estava num bloqueio geral.

Sobre as metas, como eu disse, meu visto foi negado, deu ruim, mas considerei a meta “completa” porque eu tentei, eu fui, não deu porque o cônsul negou. Completei as metas de arrumar cadernos e papéis pelo quarto, montar uma wishlist (isso vai ganhar post depois, mas ela mora num caderninho das Tartarugas Ninjas que vivia perdido na bolsa), terminei três livros (dois deles já com post aqui no blog), assisti três filmes, comecei meu super controle de gastos (pré-bienal, depois danou-se), e... Só. Comecei e parei meu diário alimentar umas quatro vezes, meus livros continuam no chão, não tive força de vontade o bastante para arrumar meu guarda-roupa, não marquei nutricionista ou dermatologista, nem comecei minha bolinha de crochê, nem comecei a última temporada de The Newsroom e nem lembrei de fazer exercícios uma vez no mês que fosse.

O bom é que agosto terminou com a Bienal do livro, e dia 31 eu consegui ir, primeira vez em anos que vou durante a semana e pego o evento mais vaziozinho. Foi ótimo pra animar e terminar o mês numa nota alta. Setembro começa muito bem, e agora estamos de volta! \o/

sábado, 13 de agosto de 2016

#71 Lendo: Cidade dos Anjos Caídos

Sinopse: "A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.”

Autora: Cassandra Clare

Quando li Cidade dos Anjos caídos pela primeira vez, eu estava na hype de Instrumentos Mortais, queria mais desse universo e fiquei feliz em continuar lendo a história da Clary e companhia. Nessa releitura, tho, eu tinha acabado de ler Peças Infernais, Princesa Mecânica quebrou meu coração e eu meio que estava no clima para uma leitura mais animada, mais fluída, e Cidade dos Anjos Caídos não se encaixa nessa descrição at all.

A história começa algum tempo depois dos acontecimentos de Cidade de Vidro: Clary tem sua mãe de volta, Jocelyn e Luke estão planejando o casamento, os Lightwoods ainda se recuperando da perda do Max, Magnus e Alec de férias viajando pelo mundo, Simon tentando a vida normal... A grande mudança é o Jace, que está... Estranho. Depois da morte do Sebastian, ele passou a ter pesadelos em que machucava (ou matava) a Clary, e resolveu que a melhor forma de lidar com isso era se afastando dela.

Como o livro anterior fechou a primeira trilogia da hexalogia, ele tem um clima meio esquisito de “não planejado”, meio artificial. Os problemas vão aparecendo – Simon foge de casa, Clary e Jace tentam desvendar o que acontece com ele, Maia reencontra o ex-namorado, Camille aparece para abalar a relação ainda meio frágil do Magnus e do Alec... -, mas pouco parece ser ponta solta do livro anterior. Aliás, vários personagens e detalhes mencionados aqui foram apresentados em Peças Infernais, então é interessante que eu entendi a aparição da Camille agora de uma forma diferente da que entendi na primeira vez em que li, antes eu sabia o que o Alec sabia: ela é ex-namorada do Magnus, imortal, poderosa e perigosa. Agora sei mais da história dela e como o relacionamento terminou.

O grande “tchãns” da história é o vilão, porque, em teoria, os possíveis vilões morreram em Cidade de Vidro – tanto Valentim quanto Sebastian estão mortos -, e Camille meio que passeia entre vilã e interesseira manipuladora desde Anjo Mecânico, então o livro não tem um vilão de fato por boa parte da história. Achei isso interessante, e como ficou tudo mais ou menos pronto pro próximo livro, ao mesmo tempo em que o livro terminou também sem um vilão de fato – tem mais enigma que qualquer outra coisa.

No geral, eu gostei de voltar para a história desses personagens, mas o livro é definitivamente o que eu menos gosto da série, é leeeento, paraaaado, enrolaaaado. O foco varia entre os personagens, e apesar de gostar disso, às vezes eu preferia ver menos Simon, às vezes eu queria menos Clary, e às vezes eu queria era acompanhar outro personagem mesmo. Mas ainda é um livro divertido, a escrita da Cassandra Clare é ótima, as descrições são sempre muito boas e detalhadas e o gancho final me deixou curiosa para ler o próximo – always a plus. xD To animada, tho, porque os dois últimos livros não são releituras, eu nunca li mesmo. xD

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O Bom Gigante Amigo (2016)

Sinopse: "A pequena órfã Sophie (Ruby Barnhill) encontra um gigante amigável que, apesar de sua aparência assustadora, se mostra uma alma bondosa, um ser renegado pelos seus semelhantes por se recusar a comer meninos e meninas. A garotinha, a Rainha da Inglaterra (Penelope Wilton) e o ser de sete metros de altura unem-se em uma aventura para eliminar os gigantes malvados que estão planejando tomar as cidades e aterrorizar os humanos.”

Direção: Steven Spielberg

Duração: 117min.

O Bom Gigante Amigo é baseado no livro The BFG, de Roald Dahl, autor de vááários livros infantis com um quê de sombrios – Matilda, A Fantástica Fábrica de Chocolate, James e o Pêssego Gigante, O Fantástico Mister Fox... -, e o filme foi dirigido e co-produzido por Steven Spielberg com trilha sonora de John Williams. Ou seja, mesmo que fosse um fail grandão, valeria a pena assistir. xD Sorte a minha que não é! \o/

O filme conta a história da Sophie, uma menininha órfã e insone que mora num orfanato inglês quando é encontrada/raptada por um gigante e levada para a Terra dos Gigantes. Aos poucos ela vai descobrindo que não só ele é um gigante “bom”, que trabalha recolhendo e soprando sonhos, como também é mal tratado pelos outros gigantes – esses sim, absurdamente enormes – que vivem por ali. Obviamente, os dois passam por várias aventuras (e planos mirabolantes) enquanto trabalham para vencer os gigantes e formam uma amizade bem bonita.

Gostei bastante do filme/animação, a história é bem bonitinha, bem infantil – apesar dos trechos mais sombrios e das mensagens “em camadas”, fofinha para crianças, perceptivelmente mais profunda para adultos -, gostei da Sophie sendo teimosa e espertinha, um pouco insistente como crianças geralmente são, e fiquei encantada com o gigante. É absurdo quão expressivos os olhos dele conseguem ser, a forma como passam todas as emoções melhor até que as falas e os gestos. Aliás, a animação é bem feita, os efeitos são lindos, a coisa só fica artificial mesmo quando alguém está segurando alguém pela cintura – aí parece BEM fake.

O filme num geral é bem leve, apesar dos pesares – tem duas cenas mais tensas entre os gigantes -, e a maior parte é divertida, bonitinha mesmo, mas o final é meio... Esquisito. O plano da Sophie e do BGA para combater os gigantes envolve a rainha da Inglaterra, e a sequência com ela é MUITO estranha, apesar de ter sido um trecho que me fez rir. Ela está meio desligada, meio sem sentido, e uma das piadas, confesso, achei meio méh, porque piada com um pum é sempre meio méh pra mim. A resolução dos problemas, tho, é rápida, prática e eficiente. Curti. O final é quaaase agridoce, mas é mais feliz que qualquer outra coisa. xD

E, numa última observação, a trilha sonora é um espetáculo à parte. Tem uma sequência do BGA mostrando para a a Sophie o trabalho dele que não só é visualmente LINDA como é acompanhada de uma instrumental incrível, com a música acompanhando lindamente os luzes dos sonhos e todos os movimentos. Mais bonito que isso, só vendo John Williams falando sobre a relação da música com o filme/animação.

No geral, uma gracinha, animação linda, recomendo o filme se você tiver a paciência. xD É uma história infantil e esse é um detalhe MUITO importante. :P

terça-feira, 9 de agosto de 2016

#70 Lendo: O Corcunda de Notre Dame

Sinopse: "Na Paris do século XV, a cigana Esmeralda dança em frente à catedral de Notre Dame. Ao redor da jovem e da igreja, dançam outros personagens inesquecíveis - como o cruel arquidiácono Claude Frollo, o capitão Phoebus, a velha reclusa Gudule e, claro, o disforme Quasímodo, o corcunda que cuida dos sinos da catedral. Com uma trama arrebatadora, que tem a cidade de Paris como bem mais do que um mero pano de fundo, Victor Hugo criou um dos grandes clássicos do romantismo francês, de leitura irresistível.”

Autor: Victor Hugo

O Corcunda de Notre Dame é um livro que eu sempre tive um pé atrás pra ler por conta das adaptações – que já são, de certa forma, sombrias, e mesmo assim são BEM mais leves que a história original –, mas resolvi arriscar depois da leitura de Os Miseráveis. E, cara, valeu a pena. Victor Hugo é um dos meus autores preferidos e é INCRÍVEL como ele consegue(ia) fazer você amar e odiar o mesmo personagem ao longo da história, rir, chorar e ainda aprender sobre o universo e tudo o mais.

O livro tem como protagonista a catedral de Notre Dame. É. Entre os personagens, alguns viram conhecidos do leitor – além do corcunda, Quasimodo, Esmeralda, Phoebus e Claude Frollo, temos também em destaque Jehan, irmão mais novo do Frollo e Pierre Gringoire, filósofo e escritor -, e se revezam no papel de protagonistas, apesar do narrador acompanhar mais o Pierre e os Frollo. O mais difícil, na verdade, foi me desprender das versões dos personagens no desenho da Disney e no musical (que também é da Disney, mas é bem mais próximo da história original), mas ADORO que Victor Hugo não coloca realmente ninguém como vilão ou herói – aliás, Quasimodo é provavelmente o único mais “neutro” nessa história toda, o que mais sofre e TE faz sofrer junto.

A história começa com um dia de festa na igreja, cujo centro era, inicialmente, uma peça escrita e coodernada por Pierre Gringoire – que começa escritor, vira poeta, filósofo e vagabundo ao longo da história -, quando, por uma série de acontecimentos bizarros, vira o tal dia de festa onde escolhem o “papa dos loucos”, sendo que o rei dos loucos é Clopin Trouillefou. Quasimodo está por ali, meio por acaso, e logo é eleito o papa por ter a melhor/maior/pior “careta”. Além de corcunda, o leitor logo descobre que Quasimodo é cego de um olho, tem as pernas tortas, mal fala e ficou surdo ainda criança por causa dos sinos da catedral. Mesmo assim, ele ama a catedral e tem uma lealdade incomparável ao arquidiácono Frollo – crescendo na torre dos sinos, os anjos, santos e gárgulas do topo da catedral são seus amigos e protetores.

Aliás, aproveitando aqui para falar sobre o Quasimodo, acho que o arco dele é o mais triste de todos - a Esmeralda que é a condenada à morte, Claude que tem o drama de amar alguém, Jehan que passa fome, mas Quasimodo é o mais triste -, porque, além das deficiências físicas, ele sofre com o preconceito de toda a sociedade, não faz mal pra ninguém e ainda é visto como vilão, é preso porque ele é surdo e o juiz também (e até contam isso para o juiz, mas, sendo surdo, ele simplesmente chuta que estavam aumentando as acusações e condena o Quasimodo a passar por uma hora a mais de tortura), salva as pessoas e é visto como o culpado mesmo assim... E a história da infância dele por si só é de partir o coração. O único sorrisinho que ele dá é justamente quando é eleito papa dos loucos, em toda a história.

Enquanto Quasimodo era carregado pela multidão feseira e Gregoire vagava pela cidade, Esmeralda dançava na rua com sua cabrinha Djali, e Frollo observava. Esmeralda é uma figurinha aqui, ela é descrita como uma menina de cerca de 16 anos, linda e carismática, sempre com sua cabrinha de “chifres de ouro”. Ao longo do livro, a história da Esmeralda é contada e algumas coisas vão fazendo mais sentido – ela tem momentos de misericórdia extrema, como quando se casa com Gringore para que ele não seja enforcado pelos outros ciganos, e momentos de egoísmo extremo, como quando grita com Quasimodo porque ele voltou sem o Phoebus para perto dela -, e acho que o mais interessante é que muito da Esmeralda do desenho e do musical fizeram mais sentido depois de ler o livro. xD Ao mesmo tempo, ela foi uma das personagens que eu amei e odiei no espaço de 50 páginas.

Os Frollo são personagens absolutamente interessantes. Claude, o arquidiácono, tem tudo para ser um vilão de fato, ele persegue a Esmeralda, é cruel com o Quasimodo, odeia os ciganos, usa dois pesos e duas medidas. Mas o livro traz a história dele, e a verdade é que ele sobreviveu a muita coisa e foi muito bondoso – os pais morreram quando ele tinha 19 anos (se não me engano, er), ele cuidou sozinho do irmão, que virou bem o contrário do que Claude esperava, e adotou Quasimodo quando ele apareceu na igreja, uma criança feia chorando e abandonada, que alguns falavam que devia ser sacrificada. Bem diferente de Claude, Jehan tem amigos por toda a Paris, abandonou tanto os estudos quanto a religião e vive mais entre os ciganos que entre os clérigos. Ele aproveita sempre que pode para pedir dinheiro para o irmão e fazer algum tipo de chantagem emocional que mostra de novo o lado sensível do Claude, que o ajuda.

E, por fim, temos o que, pra mim, seria o vilão real da história: Phœbus de Châteaupers. Se o fizeram herói no desenho e no musical, ele tá beeem longe disso no livro. Na verdade, metade das desgraças que acontecem na vida da Esmeralda e do Quasimodo são causadas pelo Phoebus. Ele salva a Esmeralda de ser raptada pelo Frollo e pelo Quasimodo, e ela quase automaticamente se apaixona por ele – e está aí algo que eu detesto na Esmeralda, esse amor platônico desesperado. Ele, que estava noivo, vai pra cima dela mesmo e causa a fúria do Frollo, que faz com que a Esmeralda seja acusada de assassinato (do Phoebus), fala que o soldado morreu, deixa ela desesperada... Se o Frollo vira o vilão, é por causa do Phoebus mesmo. O pior é que o infeliz sobrevive e vê de camarote o caos em Paris depois.

No geral, o livro é lindo e triste. Os personagens são incríveis, com qualidades e defeitos, histórias de origem e complexos como qualquer humano. Mas minha parte preferida é como a catedral é claramente a protagonista. Um dos livros inteiro é dedicado à arquitetura de Notre Dame, as modificações que ela sofreu ao longo dos anos e seus arredores – Paris vista do topo da catedral. Fora os contextos históricos que eu nem sei se são realmente históricos, mas são tão bem escritos e tão detalhadinhos que eu totalmente acredito que são reais.

O Corcunda de Notre Dame é, num geral, dolorido, não só não tem final feliz como os personagens são dolorosamente reais, humanos, falhos. Mas é absurdamente bem escrito, envolvente e LINDO como Victor Hugo sempre consegue(ia) fazer. Não é à toa que é clássico. ;)

domingo, 7 de agosto de 2016

A vida após o visto negado

Soooo, lá no começo do ano eu comentei num post que um dos meus objetivos esse ano era assistir Les Miserábles em NY, porque o musical sai de cartaz dia quatro de setembro. Chamei Thiago pra ir comigo, ele topou e a gente começou a juntar dinheiro e organizar as coisas. Foi uma daquelas coisas meio impulsivas, meio planejadas, que a gente vai levando pra ver até onde vai.

E as coisas foram dando certo até: a gente conseguiu passagens por preço relativamente baixo, hospedagem num lugar legal por um preço realmente baixo, ingressos para lugares muito bons, tudo em tempo. Aí que os problemas começaram, actually. Um visto negado. Um passaporte sem data de entrega. Outro visto negado. E a gente resolveu abortar missão.

Sinceramente, achei BIZARRA minha segunda experiência no consulado americano. Quatro anos atrás, passei horas fazendo nada por lá enquanto esperava minha vez de ser atendida, vi uma mulher ter o visto negado e várias pessoas serem aprovados, a mulher que me atendeu fez várias perguntas sobre mim e eu saí de lá com o visto aprovado. Tem até post aqui contando minha experiência.

Em 2016, o atendimento foi bem mais rápido – fui pra um serviço de atendimento no dia anterior tirar as digitais e a foto, e depois fui pro consulado só pra entrevista -, mas foi bem mais frio. O homem que me entrevistou já tinha negado quatro pessoas em sequência quando chegou a minha vez, e eu vi pelo menos oito pessoas saindo com a famosa folha rosa. Meu pai, do lado de fora do consulado, viu mais de 50. O cônsul me fez várias perguntas sobre a minha primeira (e única) viagem pra NY: quando eu fui, onde fiquei, porquê fui, quando voltei. Aí perguntou o que meus pais fazem e negou meu visto por, segundo a folha rosa, falta de vínculos com o Brasil. Simples assim – não me perguntou nada sobre a minha vida aqui no Brasil agora, em 2016, só sobre a vida que eu tinha em 2011.

Resolvemos, então, abortar missão e analisar os estragos financeiros – que, verdade seja dita, não foram tão tenebrosos quanto achei que seriam.

Olhando agora, quase uma semana depois, o lado negativo é que a viagem foi por água abaixo e a gente ficou sem visto mesmo, então precisa desembolsar 160 dólares se quiser tentar de novo, sem qualquer garantia de que dessa vez vai, e não sabemos porque os vistos foram negados. O lado positivo é que a gente tentou e foi até onde deu – dá pra dizer até que a gente foi além de onde deu, porque foram alguns obstáculos vencidos até chegar na beira do penhasco de fato.

É triste que não tenha dado certo e ter que abandonar essa meta – eu chorei quando cheguei em casa depois do trabalho no dia em que o visto foi negado, eu fui um zumbi naquele dia e no dia seguinte, eu chorei de novo quando chegou o e-mail de cancelamento da hospedagem -, mas ok, valeu. Chorei bastante, respirei fundo, sequei o rosto e to pronta pra planejar a próxima. ;) Só que a próxima deve demorar agora porque, néam... $_$

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

[Lily por aí] Encontro de fãs e lançamento de Harry Potter and the Cursed Child

De sábado pra domingo (30 pra 31) rolou o lançamento mundial de Harry Potter and the Cursed Child, e aqui em SP teve evento em quatro livrarias, se não me engano. Eu escolhi ir na Saraiva do Center Norte, porque o evento apareceu na timeline da Rocco. xD

Uma das coisas mais legais, além do evento, o público potterhead e os livros com desconto, foi que a Starbucks da Saraiva entrou na brincadeira e colocou cinco receitas diferentes à venda, uma pra cada casa e a de cerveja amanteigada que eles vendem nos EUA. Peguei a cerveja amanteigada, que era um frapuccino de amêndoas com caramelo, chantilly e calda de caramelo, e estava muito boa. /o/ Outra coisa legal é que, quando você pedia uma das bebidas, o atendente perguntava sua casa, então, mesmo não pegando a bebida da Grifinória, meu copo veio com “Luísa - Grifinória”. Um detalhe até bobinho, mas que eu curti. xD

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Ainda na fila, pegamos as pulseiras pro evento e pra comprar o livro (eu peguei a pulseira 03 pra comprar o livro, mas acabei mudando de ideia e saí de lá sem o Harry Potter and the Cursed Child xD), e ganhamos marcadores grandões.

Assim que liberaram a entrada, ganhamos um saquinho de brindes ABSOLUTAMENTE FOFOS! ♥ Foram três marcadores de HP1 ilustrado, um de Cursed Child, três bottoms e três postais de HP ilustrado. Amei, amei, amei, e só isso já fez ir ao evento valer a pena. :D

Agoooora, sobre o evento em si. A mediação foi feita por um cara de um fansite, e eu não lembro o nome dele, ou do site, pra ser sincera, mas tava legalzinha atééé ele começar a dar spoilers DEMAIS sobre o livro. Euzinha nem tinha lido a sinopse pra não perder as surpresas, vi pouquíssimas fotos da peça, não li críticas nem nada, mas não me importaria se ouvisse a sinopse, se rolasse uma discussão sobre algum ponto x, mas DETESTEI o que o cara fez.

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Ele perguntou se podia dar “pseudo-spoilers”, e coisas pequenas não me incomodam, a maioria falou que podia, então estava até ok, mas ele contou TODO. O. LIVRO. Todos os twists, todos os dramas, todos os furos, ATÉ O FINAL. Sério, detestei isso, e perdi parte da vontade de ler o livro SIM, porque me dá a impressão de que já sei qualquer surpresa que rolaria, já sei o final e tudo vai parecer SIM previsível porque já sei quem é vilão, quem é herói, quem é vira-casaca. Isso é um saco, sério, no evento de lançamento contar e discutir ponto por ponto do livro, com uma menina que viu a peça corrigindo e confirmando foi, e não tem outra palavra pra isso, foda de uma maneira bem negativa.

Eu sinceramente cogitei abandonar o evento no meio mesmo, quando pareceu que ele não ia parar e ia contar o final também. Parte de mim se arrepende de ter ficado, porque ele não parou mesmo, eu desanimei pra comprar o livro, e nem fui sorteada pras atividades. Nisso só valeu pelos brindes mesmo, e pelas pessoas que conheci – três meninas que me deixaram com uma vontade imensa de reler HP e me lembraram do amor pela série.

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Meia-noite rolou a abertura da caixa, meia-noite e dois a caixa foi fechada porque os livros estariam disponíveis só no caixa. xD Foi divertido, mas fiquei meio assim pelos spoilers, really. Dias depois, ainda não comprei o livro, and that’s it.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Shadowhunters (primeira temporada)

SO, falemos sobre a primeira temporada num geral! \o/ Eu confesso que acho difícil separar série de livros, mas vou tentar ao máximo ver a série como algo mais separado, depoooois a gente passa pra parte de “adaptação” de livro para as telas.


Eu... Não curti a primeira temporada de Shadowhunters, como deve ter dado para perceber pelas postagens sobre cada episódio separado. Meu maior problema foi que a história tem furos DEMAIS, conveniências demais e lógicas de menos. O tempo, principalmente, parece funcionar da maneira que é mais conveniente para as cenas que os roteiristas queriam incluir, então o dia passa num piscar de olhos e conversas que, em teoria, deveriam acontecer naquele exato momento parecem deixadas para o período da noite por algum motivo x. De fato, por alguns episódios a luz do dia nem “parece aparecer”. E, fora o problema de dia e noite, eu tive um problema com a passagem de tempo mais longa também, não é perceptível que passou uma semana, um mês depois do acontecimento x, então os relacionamentos ficam todos estranhos e forçados – parece que a Clary e o Jace se conhecessem há quatro dias quando já são a coisa mais importante no mundo do outro, parece que Alec e Magnus se encontraram há dois dias quando Magnus está loucamente apaixonado pelo Alec. Ficou esquisito demais.

O segundo maior problema que eu tive com a série foi a atuação, quase em geral. Não curti em praticamente nada a Kat como Clary e o Dom como Jace, não vi química entre eles, que deveriam ser o casal protagonista, e não consegui nem me importar com os dois. Quando os episódios focavam em alguém a coisa toda parecia TÃO mais interessante, é até triste. Mas adorei Isaiah como Luke (e, lendo o quarto livro de Instrumentos Mortais agora, eu não consigo pensar em outro Luke que não o Isaiah xD), Matt como Alec, Harry como Magnus, AMEI Emeraude como Izzy e Alberto como Simon... Mas os protagonistas foram decepcionantes mesmo. Ok, o roteiro não ajudou, as falas eram bregas e tal, mas... Foi decepcionante.


Nos pontos positivos, os listados ali em cima foram ótimas surpresas, eu realmente nunca tinha visto o trabalho de nenhum deles e curti bastante, e alguns episódios que saíram totalmente da história, que adicionaram pouco à trama principal, foram muito bons – inclusive, acho que meu episódio preferido ainda é o que a Clary foge do Instituto e o Alec vai atrás, que é bem aleatório, mas com ótimas atuações. E tem algum fan service que eu curti, e que foi só isso mesmo – fan service -, mas não curti todo o foreshadowing que rolou. É legal que resolveram colocar o colar da Izzy, a caixa JC, o arco e o chicote, a música do Simon, mas foi meio méh a maneira como a maioria dos fan services foi BEM anunciado antes, er, como Simon ter cantado Forever Young, sendo que depois ele vira um vampiro.

Agoooora, quando você considera o material de origem para a série, a coisa... Desce ladeira abaixo, pra mim. Porque uma das coisas que eu gosto muito nos livros da Cassandra Clare é como ela evita furos e diálogos “duh”, e isso é algo que a série tem de sobra. Se você parar e analisar as pontas soltas de Instrumentos Mortais, a maioria é resolvida em algum momento, não dá a impressão de conveniência extrema, os personagens não parecem estar num lugar x porque é legal que estejam lá e as relações parecem reais – Jace e Clary têm várias conversas ao longo da história, dá a impressão de que eles se conhecem bem apesar do tempo ainda ser meio curto, e as circunstâncias influenciam bastante -, e na série eu tive essa impressão SEMPRE.


A impressão que a série me deixou é que quiseram TANTO agradar aos fãs que fizeram um Frankenstein com as cenas mais queridas e aguardadas dos livros. Sim, tem beijo Clace, Simon vampiro, beijo Malec, a cena dos 10%, mas tudo parece meio desencontrado na série – no livro, isso acontece num tempo x que É importante quando você olha “the big picture”, Alec e Magnus começam a sair no final do primeiro livro, mas Alec só “sai do armário” no meio/final do terceiro livro porque o personagem dele precisa lidar com isso, com a ideia de contar pra todo mundo que ele é gay, com sair da paixonite pelo Jace, com ter um relacionamento pela primeira vez na vida. E na série quase não tem isso – ele tem o quê? ‘Duas semanas conhecendo o Magnus e eles se beijam na frente de todo mundo?

Apesar dos pesares, eu vou assistir a segunda temporada porque, sei lá, eu gosto de alguns personagens adaptados, da atuação de alguns atores e de alguns atores fora das telas, so that’s it. xD Me pergunto o que esperar da segunda temporada, tho...

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Metas de agosto


Eu sinceramente acho que essas metas ficam mais difíceis de definir a cada mês, but here we go. E mês que vem tem Bienal! \o/

  • Tirar meu visto
  • Fazer pelo menos uma bolinha de crochê
  • Fazer um diário alimentar
  • Arrumar cadernos e papéis (algo MUITO necessário, er)
  • Arrumar minha estante
  • Limpar meu guarda-roupa
  • Terminar The Newsroom
  • Montar uma wishlist atualizada
  • Terminar três livros (3/3)
  • Assistir três filmes (3/3)
  • Fazer um controle de gastos
  • Voltar a fazer exercícios (uma vez por semana, maybe?)
  • Marcar nutricionista e dermatologista