quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Shadowhunters (primeira temporada)

SO, falemos sobre a primeira temporada num geral! \o/ Eu confesso que acho difícil separar série de livros, mas vou tentar ao máximo ver a série como algo mais separado, depoooois a gente passa pra parte de “adaptação” de livro para as telas.


Eu... Não curti a primeira temporada de Shadowhunters, como deve ter dado para perceber pelas postagens sobre cada episódio separado. Meu maior problema foi que a história tem furos DEMAIS, conveniências demais e lógicas de menos. O tempo, principalmente, parece funcionar da maneira que é mais conveniente para as cenas que os roteiristas queriam incluir, então o dia passa num piscar de olhos e conversas que, em teoria, deveriam acontecer naquele exato momento parecem deixadas para o período da noite por algum motivo x. De fato, por alguns episódios a luz do dia nem “parece aparecer”. E, fora o problema de dia e noite, eu tive um problema com a passagem de tempo mais longa também, não é perceptível que passou uma semana, um mês depois do acontecimento x, então os relacionamentos ficam todos estranhos e forçados – parece que a Clary e o Jace se conhecessem há quatro dias quando já são a coisa mais importante no mundo do outro, parece que Alec e Magnus se encontraram há dois dias quando Magnus está loucamente apaixonado pelo Alec. Ficou esquisito demais.

O segundo maior problema que eu tive com a série foi a atuação, quase em geral. Não curti em praticamente nada a Kat como Clary e o Dom como Jace, não vi química entre eles, que deveriam ser o casal protagonista, e não consegui nem me importar com os dois. Quando os episódios focavam em alguém a coisa toda parecia TÃO mais interessante, é até triste. Mas adorei Isaiah como Luke (e, lendo o quarto livro de Instrumentos Mortais agora, eu não consigo pensar em outro Luke que não o Isaiah xD), Matt como Alec, Harry como Magnus, AMEI Emeraude como Izzy e Alberto como Simon... Mas os protagonistas foram decepcionantes mesmo. Ok, o roteiro não ajudou, as falas eram bregas e tal, mas... Foi decepcionante.


Nos pontos positivos, os listados ali em cima foram ótimas surpresas, eu realmente nunca tinha visto o trabalho de nenhum deles e curti bastante, e alguns episódios que saíram totalmente da história, que adicionaram pouco à trama principal, foram muito bons – inclusive, acho que meu episódio preferido ainda é o que a Clary foge do Instituto e o Alec vai atrás, que é bem aleatório, mas com ótimas atuações. E tem algum fan service que eu curti, e que foi só isso mesmo – fan service -, mas não curti todo o foreshadowing que rolou. É legal que resolveram colocar o colar da Izzy, a caixa JC, o arco e o chicote, a música do Simon, mas foi meio méh a maneira como a maioria dos fan services foi BEM anunciado antes, er, como Simon ter cantado Forever Young, sendo que depois ele vira um vampiro.

Agoooora, quando você considera o material de origem para a série, a coisa... Desce ladeira abaixo, pra mim. Porque uma das coisas que eu gosto muito nos livros da Cassandra Clare é como ela evita furos e diálogos “duh”, e isso é algo que a série tem de sobra. Se você parar e analisar as pontas soltas de Instrumentos Mortais, a maioria é resolvida em algum momento, não dá a impressão de conveniência extrema, os personagens não parecem estar num lugar x porque é legal que estejam lá e as relações parecem reais – Jace e Clary têm várias conversas ao longo da história, dá a impressão de que eles se conhecem bem apesar do tempo ainda ser meio curto, e as circunstâncias influenciam bastante -, e na série eu tive essa impressão SEMPRE.


A impressão que a série me deixou é que quiseram TANTO agradar aos fãs que fizeram um Frankenstein com as cenas mais queridas e aguardadas dos livros. Sim, tem beijo Clace, Simon vampiro, beijo Malec, a cena dos 10%, mas tudo parece meio desencontrado na série – no livro, isso acontece num tempo x que É importante quando você olha “the big picture”, Alec e Magnus começam a sair no final do primeiro livro, mas Alec só “sai do armário” no meio/final do terceiro livro porque o personagem dele precisa lidar com isso, com a ideia de contar pra todo mundo que ele é gay, com sair da paixonite pelo Jace, com ter um relacionamento pela primeira vez na vida. E na série quase não tem isso – ele tem o quê? ‘Duas semanas conhecendo o Magnus e eles se beijam na frente de todo mundo?

Apesar dos pesares, eu vou assistir a segunda temporada porque, sei lá, eu gosto de alguns personagens adaptados, da atuação de alguns atores e de alguns atores fora das telas, so that’s it. xD Me pergunto o que esperar da segunda temporada, tho...

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