sábado, 31 de dezembro de 2016

2016

Pra ser sincera, eu não sei se 2016 é um ano que quero revisar at all. You see, há algumas eras, na descrição de um sorvete inspirado em Star Wars, eu li sobre como a escuridão sempre tem ponto de luz (aka o sorvete de chocolate meio amargo com avelã tinha gotas de chocolate branco no meio), mas acho que só fui entender realmente essa descrição esse ano. 2016 foi um ano puxado pro lado negro da Força, mas, como toda escuridão, teve seus pontos de luz.

Y’know, 2016 começou o pé esquerdo pra mim, e acho que isso ditou bem o resto do ano. Eu tive um péssimo ano novo, a primeira semana eu fui meio zumbi e, no dia do meu aniversário (10/01), David Bowie morreu. Quatro dias depois, foi a vez do Alan Rickman. Um ano que começa com todas essas rasteiras não pode ser assim tão promissor, mas acho que todo mundo está bem consciente das perdas, desastres, tragédias que aconteceram pelo mundo. Sério, foi aquele teste extreme que ninguém tava esperando – lendas vivas nos deixando, terremotos destruindo cidades históricas, atentados que te fazem duvidar do futuro da humanidade, cenas tão surreais virando um cotidiano frio que tira a sensibilidade.

Eu nem sei dizer se o balanço do ano foi positivo. Tipo, eu consegui um emprego, yay, mas minha tia-avó morreu pouco depois que eu comecei a trabalhar. Eu tive uma ótima Bienal do Livro, valeu e muito ter ido, mas eu tive que cancelar uma viagem para New York (e os ingressos já comprados para ver Les Mis na última semana de apresentação) porque meu visto foi cancelado. Eu tive, também, que desistir temporariamente da ideia de um intercâmbio pra lá, porque quero ver como a banda vai tocar agora que o Trump foi eleito. Eu pude ir no último dia de CCXP, e foi épico, incrível, mas a Carrie Fisher morreu no mesmo mês e é difícil olhar pra uma das minhas personagens preferidas de Star Wars sem ter vontade de chorar. Eu não corro mais risco de morrer afogada, porque comecei aulas de natação e descobri que amo esse esporte, mas tive que abandonar porque os horários batiam com os do trabalho. Completei dez anos de catequese, mas tive que passar minha turma para outro catequista porque os horários também batiam com o do trabalho. Pude ver, beijar e abraçar a o Link, o Thiago, a Ninha e o Luke (literalmente nessa ordem, ao longo dos meses), mas meu celular foi roubado ainda em abril e fiquei meses alternando entre “sem celular” e “com um celular fraquinho”.

See? Não dá nem pra dizer se foi equilibrado de verdade.

Mas vamos aqui tentar focar nos tais pontos de luz. Repetindo algumas coisas ali de cima, eu fui na Bienal do Livro de São Paulo duas vezes, uma delas no meio da semana, o que me deu a chance de aproveitar tudo com mais calma, dar aquela nova chance pro evento depois da experiência-terror que foi em 2014. Assisti Wicked três vezes ao longo do ano, com elencos diferentes, e a terceira foi a última apresentação do musical no Brasil, foi incrível. Fui na CCXP, coisa linda e épica da minha vida, e, como estou trabalhando, pude comprar praticamente tudo que eu queria (ou seja, o que eu não resisti e o que o preço pareceu bom), além de conhecer a arte de vários quadrinistas e ilustradores incríveis. Meio que graças ao trabalho, conheci pessoas incríveis que espero levar pelo resto da vida, e aprendi muuuita coisa. Pude ver meus melhores amigos, que passaram por SP esse ano e tiraram um dia pra passar comigo. ♥

So, 2016 foi o ano mais difícil pra mim, yet. Tive episódios de depressão, minha ansiedade deu mais crises esse ano, cheguei a ouvir que o médico suspeitava que eu tinha uma gastrite graças a isso, mas rendeu bons momentos e boas lembranças e aprendizados. Eu sinceramente espero que 2017 seja um ano melhor, mais fácil, mas, quer saber? Sobrevivi 2016. Tô pronta pra conquistar o mundo.

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