Well, vamos começar essa história do começo: ano passado, quando estavam abertas as inscrições para o voluntariado da JMJ, eu li todo o FAQ, achei ok e me inscrevi. Meses depois, quando saiu a lista geral de voluntários nacionais, meu nome estava lá... E o e-mail não.
Esperei quase um mês e nada, acompanhando pela fanpage no Facebook, vi que não era o único caso de e-mail não recebido, então não me preocupei tanto. Logo saiu a lista de documentos que precisavam ser enviados para o setor de voluntários – tudo escaneado, RG frente e verso, CPF frente e verso, foto 3x4, carta de recomendação assinada pelo bispo e currículo, que era opcional – e eu precisava do modelo da carta de recomendação, que era padronizado.
Mandei um e-mail para o setor de voluntários pedindo o tal modelo e falando que, embora não lembrasse se tinha feito a inscrição em abril ou em julho (e já estávamos em outubro), não tinha recebido nenhum e-mail, mas meu nome estava na lista. Como resposta, recebi um “Estimado candidato, temos a alegria de comunicar que você foi selecionado como voluntário da JMJ Rio2013”. Weird, ok, ao menos veio com o modelo. E então começou a saga para conseguir a bendita assinatura do bispo.
Descobri que, para ter a assinatura do bispo, precisava de uma carta de recomendação do padre da paróquia que eu frequento primeiro. Como participo há mais de dez anos, não parecia nada difícil, certo? Errado. Depois de explicar três vezes o que eu precisava, o padre deu a entender que precisava de uma carta do bispo pedindo a carta de recomendação para ele fazer a carta de recomendação (!), enfim, problemas. Consegui a carta no penúltimo dia do prazo da JMJ, levei um puxão de orelha da mulher que ficou com a documentação (!!) e, no dia seguinte, tive a impressão de que ela tentou me fazer desistir, repetindo que eu não estaria aqui em SP para a pré-jornada.
Passados esses problemas, enviei todos os documentos escaneados e recebi um e-mail avisando que tinham recebido e estava tudo ok. Em janeiro, ligaram aqui falando que eu não tinha enviado a documentação e perguntando se eu tinha desistido de participar. Reenviei para o e-mail que me passaram e recebi um e-mail confirmando que tinham recebido. Horas depois, recebi um e-mail falando que ainda não tinham recebido minha documentação. Respondi o e-mail falando que já tinha enviado duas vezes e se preicsava enviar
outra. Recebi um e-mail pedindo desculpas pela confusão e falando que estava tudo ok. Destaquemos a parte em que eu ficaria dependente dessas pessoas enquanto estivesse no RJ.
Aí e-mail vai, e-mail vem, chegou o e-mail que fez a coisa desandar de vez. Eu já sabia que teria que pagar minha passagem de ida e de volta e que teria um “kit voluntário” que eu teria que pagar também – estava contando que fosse, no máximo, uns 50 reais, porque, né, estava indo para trabalhar
de graça para eles. Pois é, além do kit voluntário, todos os voluntários precisariam pagar, além das passagens, uma taxa de
300 reais. É, eu gastaria uns 700 reais, brincando, para ir trabalhar de graça na Jornada Mundial da Juventude, que, se você não sabe, está cobrando mais de 600 reais para os brasileiros que quiserem ir como peregrinos, e ainda está pedindo uma contribuição extra para “ajudar a bancar a JMJ dos países mais pobres”.
Enrolação vai, enrolação vem, problemas pra gerar o boleto e... Eu fiquei desempregada. Ou seja, no way pagar os 300 reais (que, segundo eles, cobrira alimentação, hospedagem e o kit voluntário, e ignoremos aqui a parte em que a hospedagem seria em casa de família). No último dia do prazo para pagar essa taxa, mandei um e-mail falando que não teria como pagar, explicando toda a situação, e falando que eu teria onde ficar porque tenho uma prima que mora no RJ, poderia falar com ela. A resposta foi que a taxa era aquela, não poderia ser abatida e precisavam do meu CPF para liberar a vaga de voluntária.
Aparentemente, fui desligada do setor de voluntariado duas vezes, don’t ask me why, recebi o e-mail duas vezes, com duas mensagens diferentes. O segundo dizia “Esperamos você como peregrino na JMJ Rio 2013”. Porque, claro, quem não pode pagar 300 vai ter 600 sobrando no bolso.
As you can tell, minha experiência com a JMJ Rio 2013 terminou antes de começar, e não foi um término agradável.
Agora
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