sexta-feira, 19 de junho de 2015

#40 Lendo: A Escolha

Sinopse: "America era a candidata mais improvável da Seleção: se inscreveu por insistência da mãe e aceitou participar da competição só para se afastar de Aspen, um garoto que partira seu coração. Ao conhecer melhor o príncipe, porém, surgiu uma amizade que logo se transformou em algo mais... No entanto, toda vez que Maxon parecia estar certo de que escolheria America, algum obstáculo fazia os dois se afastarem. Agora, para conseguir o que deseja, America precisa cortar os laços com Aspen, conquistar o povo de Illéa e conseguir novos aliados políticos. Mas tudo pode sair do controle quando ela começa a questionar o sistema de castas e a estratégia usada para lidar com os ataques rebeldes.”

Autora: Kiera Cass

Ooookay, vamos lá. Como dá para perceber nas minhas resenhas dos dois primeiros livros da série, A Seleção e A Elite, eu tenho alguns problemas com a história e eu duvidava que A Escolha pudesse mudar qualquer um desses problemas. É, não mudou.

A Escolha começa onde A Elite terminou. Depois de uma sequência de eventos que resultam com a América sendo expulsa da Seleção e sendo incluída de novo em pouquíssimo tempo – ela nem chegou a sair do castelo -, América não só perdeu a confiança do Maxon como ganhou a inimizade do rei Clarkson, que a avisa para ficar longe do príncipe, e meio que já dá uma idéia do inferno que será a vida dela nos próximos eventos relacionados à Seleção. E temos o nosso vilão da história.

Se por um lado o livro continua bem fácil de ler, a leitura flui and all that jazz, por outro, o triângulo amoroso fica AINDA PIOR, a América fica AINDA MAIS IRRITANTE, a vontade de bater a cabeça dela, do Maxon e do Aspen fica AINDA MAIOR. É incrível como uma protagonista consegue ser um pé no saco quando ela é chata e ainda narra a história.

Uma grande diferença desse livro para os outros é que as outras candidatas (que sobraram, er) ganham uma personalidade, uma história de verdade. Pela primeira vez, elas realmente falam, abrem o jogo, você consegue ter uma opinião sobre cada uma sem ter a influência dos ciúmes e má vontade da América. E aqui ela não é a única na real disputa pelo príncipe. Se pra duas candidatas tanto faz quanto tanto fez, para América e para Kriss, sentimentos estão envolvidos. E dá para torcer pela Kriss em alguns momentos, er.

Outro lado que eu achei positivo, mas sei que teve fã achando um terror, é que a autora não teve dó de matar personagens. Sim, a tal batalha acontece e pessoas – várias pessoas – morrem, o que eu achei bem interessante, principalmente pelas escolhas. Personagens que você se apega ainda no primeiro livro ou que você passa a simpatizar no último, não tem muita diferenciação. Mas a batalha é narrada tipo a dos Cinco Exércitos – se lá o Bilbo levou uma pedrada na cabeça a perdeu a batalha toda, aqui a América é trancada num armário e só sai quando a bagunça toda já aconteceu.

Agora, do lado negativo, continua minha antipatia pela América (como deu pra ver), pelo triângulo amoroso (que faz aparições nesse livro, sempre na hora errada, e já cansou mesmo), pela enrolação na história e pelas soluções encontradas pela autora pra resolver alguns impasses e para colocar a América em destaque – Mary Sue feelings, again. Já vi muita gente que gosta da série definindo esse como o pior, e meio que concordo, ele é enrolado onde não precisava ser, tem coisa que ficou sem explicação mesmo, se esse fosse o fim da série – que já tem um quarto livro, que eu não comprarei e, por consequência, não pretendo ler – toda a história dos rebeldes ficaria meio perdida, já que eles ficaram totalmente sem um fim, a família da América meio que some no meio do caminho e só aparece no final, e você não faz idéia do que mudou na vida deles, se é que algo mudou, enfim, ficam pontas soltas em lugares bizarros, e o que parecia bem amarrado meio que caiu por terra com o lançamento do quarto livro.

Então, se você gosta de YA, de romance, de triângulo amoroso ou de I Wanna Marry “Harry”, você provavelmente vai gostar desse livro, e eu indico mesmo, porque a leitura é válida – quando eu não estava querendo socar a América, o Aspen ou o Maxon, eu me diverti lendo. Agora, se você está procurando uma distopia, o significado da vida ou um livro com pano de fundo convincente, esse não é o livro para você.

Pessoalmente, achei a leitura válida, até que divertida, e talvez eu até releia os livros, sei lá, a idéia da autora foi muito boa, o desenvolvimento que eu achei bem falho.

2 comentários:

  1. Ai cara acho que eu sou super romantiquinha então eu amo a série!!!
    Espere para ler A herdeira, a antipatia com a Eadlyn vai fazer a América ser um anjo!!! (mesmo que não queira kkkk)
    é claro que tem suas falhas mais amo mesmo assim :p
    Beijokas
    Jeh
    www.jeitodler.com

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    1. É, eu vi muita gente falando que a Eadlyn é a antipatia em pessoa. xD Pior que eu gostei da idéia toda, meu problema foi não gostar da América... E nem do Aspen, verdade seja dita. :x

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