Sinopse: "O Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados. Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, logo se tornando uma grande ameaça para a existência humana.”
Direção: Colin Trevorrow
Duração: 125min.
Antes de começar de fato esse post, t’xô contar uma coisa muito útil pra ler o texto abaixo: eu nunca assisti Jurassic Park inteiro – ou as continuações. Eu conheço a história, claro, adoro a trilha-sonora e conheço, óbvio, as cenas mais clássicas. Mas assisti Jurassic World sem esperar muita coisa, tendo assistido só um dos trailers e sabendo que o parque estava aberto, coisa que nunca tinha acontecido antes. Então não teve, pra mim, qualquer sentimento de nostalgia e, sim, teve referência que eu não peguei at all. Ok, vamos à crítica.
O filme acompanha dois irmãos, Zach e Gray, num final de semana na Isla Nubla, lar do parque dos dinossauros. O background dos dois é bem pouco – você percebe que eles não se dão tão bem, a mãe é bem apegada a eles, mais pro meio do filme você descobre que os pais estão se separando, e eles foram ficar com a tia Claire, que trabalha no parque e tem um quê de workaholic. E é isso, o foco é no presente mesmo. O filme alterna entre mostrar os dois meninos e a Claire que, depois de dez minutos de filme, aparece sempre com o Owen, personagem de Chris Pratt que é praticamente O protagonista do filme junto com os dinossauros.
É, aliás, numa cena com os dois que o inferno começa na ilha – para manter o público interessado, eles resolveram criar novos dinossauros, e é numa dessas que criam um predador quase perfeito, que é rápido, inteligente, se camufla bem... E é por aí que o filme começa de fato, com os protagonistas meio espalhados pela ilha, um super predador solto pelo parque e mais de 20 mil turistas desinformados.
Uma coisa que eu adorei no filme foi que deram motivos pra tudo, e são motivos bem aceitáveis. A coisa de novos dinossauros é para manter o público interessado, e você vê, principalmente pela (falta de) reação do Zach e pela quantidade de informações que o Gray sabe, que eles realmente veem dinossauros como nós vemos girafas, é normal até. O Owen consegue “controlar” os velociraptors, e isso também tem uma ótima explicação, e velociraptors são os únicos que dão atenção a ele anyway, todos os outros são selvagens. Até a maneira como o Indominus Rex age tem uma explicação mais ou menos lógica.
As explicações não são absolutamente brilhantes, mas eu gostei que elas foram dadas, não tentam simplesmente te fazer aceitar algo, e a maneira que as explicações são dadas não te dão muita brecha pra pensar, procurar falhas ali. Outro ponto legal é que o filme não sustenta um clima muito tenso por muito tempo, é bem aventura, bem ação, e mesmo com pessoas sendo engolidas vivas – aliás, não tem "poupar vidas", é um parque com turistas desavisados e, por isso, pessoas morrem -, as cenas de humor estavam bem encaixadas, não ficaram insensíveis também – não tem uma morte seguida de uma piada, por exemplo.
Também gostei do “vilão” criado. Não só não me apeguei ao Indominus Rex como totalmente torci pra trupe todaconseguir derrotá-lo. Aliás, eu chorei (sério!) com a morte de um dos dinossaurinhos, mas acho que senti muito mais pelas mortes dos dinossauros que dos humanos. Er.
Num último ponto muito brilhante, Chris Pratt faz pelo menos metade do filme valer a pena, ô moço bom. Dá pra simpatizar com ele desde o começo e super apoiar as idéias mais mirabolantes.
Agora, falemos daquela parte chata, dos pontos que eu não gostei. Eu sei que tem mil homenagens e referências aos filmes antigos,especialmente ao primeiro, e que isso pega muita gente na nostalgia, mas eu achei os dois irmãos absurdamente irritantes por todo o começo do filme, e a mãe deles tão irritante quanto nas poucas cenas em que ela apareceu. O mau-humor do mais velho e a vontade de simplesmente falar tudo que sabe do mais novo são irritantes por si só, quando combinados, ficam ainda mais chatos, e demora pra isso ser superado.
Não me irritou tanto a coisa da cientista que vai perdendo a roupa ao longo do filme e no final parece esquecer o trabalho e decide que quer uma família – na verdade, eu achei convincente porque as mudanças parecem acontecer desde o começo, quando ela conversa com a mãe dos meninos por telefone. Gostei também que ela te várias cenas dando conta dos problemas sozinha. Mas a coisa de correr de salto é mais absurda do que a lógica permite aceitar. Sério, é bizarro porque é um detalhe besta, mas chama a atenção principalmente quando você já tentou fazer essa proeza.
No geral, eu gostei bastante do filme, e deu, pra mim, vontade de ver os anteriores. Dá pra pegar a maioria das referências? Dá. Faz alguma falta? Verdadeiramente não, você no máximo não vê toda a graça em algumas piadas mais “internas” e não sente a nostalgia que todo mundo fala. Mas é um filme divertido, valeu a pena.
Ah sim, não vi em 3D e não acho que fez falta alguma – é aquele caso de ou o 3D é muito bom, ou é dinheiro jogado fora mesmo.
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