sábado, 6 de fevereiro de 2016

Shadowhunters ep. 01 [review]

So, dia 12 de janeiro estreou Shadowhunters, e aqui no Brasil os eps chegam pela Netflix, às 6am das quartas-feiras. Já foram quatro episódios e, conversando com Ninha, resolvi fazer posts de cada ep separados e um no fim da temporada, padrãozinho. Como essa é uma série que eu esperava há bastante tempo, vi desde os anúncios de elenco até o lançamento do snapchat com um trailerzinho, e é baseada numa série de livros que eu adoro (e estou relendo), pareceu certo fazer nesse esquema, assim como parece mais fácil dividir entre opinião geral sobre o ep e um “livro x série”, não necessariamente para comparar, mas porque já no primeiro ep teve algo me incomodando na adaptação mesmo.

Resolvi esperar até agora simplesmente porque queria a ceninha Malec, tudo pode ser horrível, eu vou adorar se tiver Malec.

Ah sim, e as sinopses serão sempre tiradas direto do site da Freeform, traduzidos e adaptados por mim. ;)

The Mortal Cup
Sinopse: Baseado na série YA de fantasia Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare, Shadowhunters acompanha Clary Fray, que descobre em seu aniversário de 18 anos que ela vem de uma longa linhagem de Caçadores de Sombras (Shadowhunters) – híbridos de humanos e anjos que caçam demônios. Jogada neste mundo após sua mãe ser sequestrada, Clary precisa confiar no misterioso Jace e seus companheiros Shadowhunters, Isabelle e Alec, para se orientar neste mundo sombrio. Com seu melhor amigo, Simon, Clary precisa agora conviver com fadas, feiticeiros, vampiros e lobisomens para achar as respostas que podem ajudá-la a encontrar sua mãe.
Nada é o que parece, incluindo o amigo da família, Luke, que sabe mais do que deixa transparecer, assim como o enigmático feiticeiro Magnus Bane, que talvez tenha a chave para o passado de Clary.

(let’s be real, essa sinopse diz tudo e nada ao mesmo tempo)

O primeiro episódio de Shadowhunters, em teoria, te apresenta os personagens. Em teoria porque é tudo meio corrido e a maioria fica sem apresentação: você aprende quem é a Clary e, superficialmente, quem são Jace, Alec, Isabelle e Simon, mas é bem superficialmente, e alguns outros têm o nome falado algumas vezes ou simplesmente aparecem pouco mesmo – tipo o Luke. Da mesma forma, tudo é explicado sem muita profundidade: runas, Shadowhunters, demônios, tudo meio que é explicado, de forma rápida e pouco didática.


Embora muita coisa aconteça num episódio só e pareça mesmo corrido, não fica realmente a impressão de que partes importantes foram cortadas – pelo menos tudo flui e vai deixando perguntas para os próximos 12 episódios responderem. Esse ep também cria vários conflitos e meio que apresenta alguns dos romances, embora alguns pareçam meio... Er... Forçados. Literalmente um dia se passou e o Jace já está bizarramente apegado à Clary.

Não tive o grande problema que eu esperava ter com as atuações, mas ainda tive algum problema. A Clary está meio sem reação em alguns momentos – tipo a cena que já tinha sido exibida antes, em que ela está segurando a lâmina serafim (que mei’ que emulou um sabre de luz sabe Deus porquê) e o Jace joga o demônio pra cima dela, ela nem parece se assustar de verdade, OI, você acha que matou uma pessoa, miga! -, o Jace tem a fala bizarramente lenta ou pausas estranhas no meio de frases, e falta alguma emoção `a Jocelyn, mas ok, eu sinceramente estava esperando algo pior mesmo.


Outra coisa que não necessariamente me incomodou foram os efeitos. Tem coisa muito fake, que dói até, mas não está tão ruim, eu estava verdadeiramente preparada para algo pior. Não chega a surpreender, mas pelo menos não decepciona. xD

O maior problema que eu tive, porém, foi o roteiro. E isso eu vou explicar melhor no trechinho ali embaixo, porque é O problema que eu tive com o fato de a série ser baseada nos livros.

Livros x série
(Não, esse não é um trecho onde vou dar piti porque mudaram algo dos livros – aliás, tem mudanças que me agradaram, ou que eu sou bem indiferente.)

Uma das coisas que eu mais gostei em toda a série Instrumentos Mortais – em tudo o que li da série até agora – é que Cassandra Clare não muda a personalidade dos personagens sem motivo e não deixa pontas soltas, at all. Não lembro de um momento sequer em que as coisas foram contraditórias. E a série está não só criando pontas extras que talvez não precisasse e podem ficar soltas depois como mudando, sim, a personalidade dos personagens. Além disso, tem diálogos dolorosamente bregas, que não ajudam em nada o trabalho dos atores. Eu sinto MUITA falta do Jace sarcástico, que apareceu pouquíssimas vezes nesse episódio, e da Clary mais espertinha e arisca, que praticamente não apareceu ainda.


Num exemplo do meu problema de sequências contraditórias, depois de uma discussão sobre a peruca loira platinada da Izzy, e da frase bizarra do Jace, “boa escolha, Izzy, demônios preferem as loiras”, Izzy e sua peruca passam por todo o Pandemonium e, quando ela precisa de fato atrair os demônios... Ela tira a peruca e começa a dançar. /o/

E tem saídas fracas e frustrantes pra alguns problemas. O melhor exemplo é o Simon na frente do Instituto falando “Find My Friends diz que seu celular está dentro dessa igreja abandonada”. Isso não só tem ares de stalker como é a saída mais fácil para “como colocar o Simon aqui sem parecer mágica demais”.

Por fim, meu principal problema como alguém que já leu os livros foi o foreshadowing disfarçado de fan-service. Foreshadow pode ser definido como “mostrar ou indicar algo que vai acontecer no futuro”, e The Mortal Cup está CHEIO disso. É Maureen falando “sua mãe pode estar escondendo um segredo sombrio”, Simon cantando Forever Young, Clary falando sobre como ela está só fazendo aniversário e não embarcando numa épica jornada... É bizarramente exagerado e eu sinceramente acho um saco, porque não é fan-service, é mostrar “OLHA, a gente sabe o que vai acontecer, tá? Lemos esse livro também!”. A melhor maneira de mostrar que leram o livro, let’s be honest, é evitando furos bizarros no roteiro. Tá bom demais assim.


No geral, o primeiro episódio não chegou a me impressionar, mas não foi de todo ruim. Ainda gosto da maior parte do elenco e gostei do visual de muitas coisas, embora o roteiro tenha me decepcionado. Como fã de Instrumentos Mortais, tenho fé de que a série pode melhorar, principalmente por esse ter sido só o piloto. Pelo menos meus dois personagens preferidos parecem bem, grazadeus entendidos por seus respectivos atores. ;)

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