Dead Man’s Party
Sinopse: Com Simon sendo mantido refém no Hotel DuMort, Clary implora para Jace, Alec e Isabelle ajudarem a resgatar seu melhor amigo. Como um time pronto para a missão, Jace ajuda Clary a conhecer mais sobre os poderes de Shadowhunter, Isabelle procura sua fada preferida para informações, e Alec começa a questionar os motivos de Jace ajudar e qual sua própria participação nessa parceria.
Enquanto isso, um Simon muito assustado se aproxima muito de Camille, a líder do clã dos vampiros.
O terceiro episódio começa pouco depois do final do segundo – OU SEJA, passagens de tempo ainda são ???? aqui, porque eu verdadeiramente não sei se faz um ou dez dias que a Clary está com os shadowhunters -, e começa com um show de falas ruins vindas da Clary que incluem “o planeta Bongo”. Oh God. Sério, essas falas conseguem quebrar qualquer clima tenso porque é difícil não rir nessas horas. E, numa fase que não é exatamente ruim, eu tenho um sério problema que volta para a coisa da passagem de tempo. A Clary diz que, quando o Jace salvou a vida dela, ela “depositou sua confiança” nele. Ignorando a parte em que eu prefiro a Clary badass do livro que mata o demônio sozinha, eu não consigo imaginá-la “menininha” desse jeito, principalmente aos 18 anos. Ela é teimosa pra caramba e FORTE, e eu realmente estou esperando para ver mais disso na série.
Na sequência, vemos Simon, preso no Hotel DuMort, e apesar de eu AMAR o Alberto como Simon – ele é incrível desde a primeira aparição -, eu tenho algum problema com o cenário, que não parece velho e mal-cuidado, parece... Pobre mesmo. Anyway, as melhores piadas do episódio ficaram pro conta do Simon e eu adorei as interações dele com o Rafael. O único problema foi o lançamento da faca, I mean, wtf? A não ser que ele seja um Aaron Bur da vida e acertou o lado esquerdo do peito quando estava mirando na perna direita, aquilo é bem surreal.
ALIÁS, Simon está com os vampiros porque eles querem o Cálice Mortal. Citando a Emma, do canal emmabooks, why does everybody and their mother wants the Mortal Cup? - ou, no bom e velho português, por que todo mundo e suas mães querem o Cálice Mortal? O Valentine quer para criar um exército, ok, mas por que raios os vampiros querem também? O que eles podem fazer com ele, se precisa de sangue de shadowhunter – ou de anjo – para a coisa funcionar? E por que raios ele está drenando sangue de mundanos? Sério, invade um hospital e rouba o estoque de sangue deles, vai ser malvado e eficiente.
Voltando para Clary e companhia, que estão num cemitério pegando armas, rola uma mini discussão entre a Clary e o Alec sobre ela usar uma lâmina serafim, ele fala que ela não sabe usar, ela fala que matou um demônio. Eu não considero que segurar a espada em choque e ter um demônio jogado contra ela te dá algum mérito na morte dele, mas ok, né? O problema real vem é depois, tem uma ceninha fofinha entre Alec e Jace (com Alec chamando Jace de parabatai, sim, achei bonitinho ♥) e aí... Aí tem o clichê dos clichês, colocado da maneira mais BIZARRA possível. Jace ensinando a Clary a usar a lâmina serafim se colocando atrás dela e passando os braços em volta dela. Tipo aquele clássico de cara ensinando garota a jogar golfe ou baseball, sabe? Pooois é, essa parece ser a maneira mais prática para ensinar a usar uma espada também.
O conjunto todo é... Tosco. O Jace está sussurrando no ouvido dela – e é até interessante, ele dá definições e explicações de como funciona lâmina serafim -, a Clary não parece estar prestando um pingo de atenção, os movimentos são soltos, não parecem o que você faria lutando... E termina com uma sequência de falas BREGAS. \o/ Ai, céus, essas falas.
Na sequência temos... PORN! \o/ Ou quase isso. Isabelle vai atrás do Meliorn para descobrir como entrar no Hotel DuMort, e resolve trocar a informação por sexo, porque motivos. Enquanto isso, temos Clary bizarramente dando em cima de um vampiro e uma sequência longuinha do Simon e da Camille se pegando no sofá, com ele lambendo o pescoço dela e whatever. See, eu tenho 26 anos. Apesar dos pesares, não, eu não fico desconfortável com cenas de sexo nas séries que acompanho – ou em filmes, for that matter. Mas isso foi constrangedor, cenas longas que aparentemente deveriam ser sexy, mas sem a sustentação para serem realmente sexy, foi só... Desnecessário.
Anyway, quando (finalmente) vão salvar o Simon, meu problema com o cenário DuMort voltou – ok, a flecha do Alec tem runas e ele é um ótimo arqueiro, mas sério que UMA flecha abriu um buraco enorme na parede? ô.o -, assim como meu problema com a passagem de tempo somada aos avanços da Clary. Uma aulinha de 15min com o Jace e ela já está matando vampiros? Wow! E por que diabos a Camille pega um telefone e começa falando direto? Tem alguém lá, pronto para ouvi-la, adivinhando quando ela vai ligar ou coisa assim? Alguém foi tão mal que está sendo punido pela eternidade? ô.o
Minha parte preferida dessa sequência toda foram as interações entre a Izzy e o Alec. Eles convencem como irmãos, as conversas são divertidinhas, apesar de encher o saco dele, ela parece se importar bastante com a felicidade do Alec e a relação deles convence, funciona. Tem uma micro interação da Izzy com a Clary que eu também gostei bastante, a relação das duas sempre foi ótima nos livros, e é legal que a série esteja traduzindo isso direito.
E, por fim, o final ficou meio brega, com diálogos bregas, e teve OUTRA discussão entre Alec e Jace. Ok, er.
Livros x série
Acho que esse vai ser o post em que esse trecho é maior. Comecemos com o Hotel DuMort. Eu comentei ali, o cenário parece meio pobre na primeira aparição do Simon, mas nas cenas seguintes eles estão num quarto que parece um misto de loja de artigos vintage com um museu mesmo, com mostruários, e tudo só parece pobre mesmo, não parece que ali foi um hotel, e não parece que é velho e mal-cuidado. Parece só ter sido decorado por alguém bem brega.
Ainda falando de cenários, o Instituto me incomoda desde o começo, mas a cena da Clary perguntando se essas telas não podem ajudar a encontrar o Simon parece a oportunidade perfeita pra falar o quanto eu detestei esse cenário. Eu adoro a descrição do Instituto dos livros, de ser um lugar enorme, antigo e até intimidador, e esse da série parece bizarramente pequeno – a sala de treinamentos fica logo subindo um degrau depois que você entra, e é basicamente um tatame com armas escondidas na parede – e moderno de maneira que parece... Desnecessária. Todas aquelas telas e eles não parecem fazer muito uso delas, além de ter muita gente andando para cima e para baixo. Sim, é o Instituto de New York, mas, se tem tanto shadowhunter ali fazendo quase nada, eles estão mesmo desaparecendo? Valentine precisa mesmo criar um exército porque “somos tão poucos”?
E por que diabos as armas estão escondidas numa sepultura aleatória? Sério, qual a praticidade de mudar dos altares das igrejas – o que fazia sentido, com o sangue de anjo e tudo o mais – para uma sepultura aleatória? Aliás, tem mais de uma ou se você chegar primeiro, lucky you? Ou tem mais de uma, no mesmo cemitério, e você pode sair procurando pra ver qual vai ter a arma que você quer?
E, já que estou nessa de perguntar, por quê, desde quando, SEI LÁ, a Camille pode parar o tempo? Like, really? E afeta só mundanos ou qualquer um que ela queira? Esse não deveria ser um poder só de feiticeiros? Like... Wtf?
Avançando um pouco mais no terceiro episódio, duas coisas me incomodaram bastante com relação à Izzy e à Clary. Izzy trocando informação por sexo, sorry, mas não. Como bem disse a Emma, Isabelle Lightwood consegue a informação que ela quiser de um cara só olhando do jeito certo pra ele. Não ligo pras roupas e whatever, mas sim, pra mim ela está MUITO sexualizada com tudo isso, mas sexo por informação foi o cúmulo, Izzy é badass, e está faltando isso à personagem. E, enquanto isso, Clary tem uma cena bem patética de marionetezinha, com Jace falando – FALANDO, não desafiando ou whatever – para ela dar em cima de um vampiro x, ele fica olhando e ela vai, toda bobinha. Numa última citação do vídeo da Emma, porque ela deu não só a melhor definição dessa cena, mas também a melhor solução, a Clary que o livro mostra não só negaria como falaria para o Jace ir, E ELE IRIA, porque isso sim seria um desafio. E seria uma cena bem menos patética.
Apesar disso tudo, meu maior problema com a série num geral até agora é que a Clary e o Simon parecem melhores amigos, a Izzy e o Alec parece irmãos que cuidam um do outro, a Clary e o Jace parecem meio forçados e amor-à-primeira-vista demais, mas o Alec e o Jace mal a mal parecem amigos, imagine parabatai. Eu sinto falta de alguma cumplicidade de verdade entre eles, eles praticamente só discutem, o Jace parece sempre mandar o Alec passear, o Alec parece mais discordar de tudo que o Jace fala que qualquer outra coisa... Sim, o Alec tem ciúmes da Clary, e eu gostei de como isso foi passado – eu gostei do trabalho do Matthew Daddario aqui -, o problema está mesmo nas interações entre os dois, que são praticamente só brigas e não passam toda a ligação que é serem parabatai.
A explicação do que é parabatai é ótima, mas ainda tá faltando ver na prática, porque lutas coreografas não servem para mostrar isso, e eles terem uma discussão sobre confiança (como também bem lembrou a Emma) é ridículo, really. Esse é o cara em quem, mais do que confiar sua vida, você SABE que vai se sacrificar no seu lugar, então sério que precisa falar “você precisa confiar em mim”? Quando vocês têm um elo que literalmente te permite sentir que ele está vivo?
No geral, o roteiro ainda está cheio de falas wtf, e acho que esse foi mesmo o pior episódio com relação a isso. De piadas que não funcionaram a falas que os personagens NUNCA diriam, ou que talvez devessem ser ditas com sarcasmo e não foram, teve de tudo aqui. É trágico porque algumas sequências realmente tinham potencial, mas vinha uma frase aleatória que quebrava o clima.
Mas, sei lá, né, continuarei vendo com a sincera esperança de que melhore. Próximo episódio tem primeiro encontro Malec e, vamos e convenhamos, Malec é um dos meus otps, Alec é meu personagem preferido, Magnus é provavelmente meu segundo personagem preferido... O episódio pode até ser ruim, mas Malec salva. xD
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