Bad Blood
Sinopse: Com as "atividades extracurriculares" de Alec, Jace e Isabelle com Clary chegando aos ouvidos da Clave, um emissário é enviado para observar os Lightwoods e controlar o Instituto de New York. Quando a representante da Clave chega, fica bem claro qual o tamanho do problema em que os Lightwoods estão.
Enquanto isso, Clary enfrenta uma decisão devastadora.
Eu… Não gostei desse episódio. É a segunda vez que isso acontece em oito episódios, mas esse me incomoda mais – pra começar, eu tive uma preguiça EXTREMA de rever para escrever esse post, e, assistindo pela primeira vez, quase dormi nos primeiros 15 minutos.
O episódio começa mais ou menos de onde parou o anterior com quem estava no Instituto... Ou quase isso, já que a Clary magicamente mudou de roupa, mas ok, todos no Instituto – Jace e Clary bem próximos, tendo uma conversa sussurrada, Izzy no meio da escada, ouvindo, Alec (que tinha saído pra outro cômodo no fim do ep anterior) encarando uma das telas que ninguém ainda explicou a real utilidade.
Depois de uma discussão rápida, resolvem guardar o Cálice... No mesmo lugar que o Alec guardou o colar da Clary, acho, e Raphael surge com um Simon praticamente morto nos braços. Raphael meio que dá duas opções pra Clary: ou completam a transformação, ou ele ficará num estado “nem-morto-nem-vivo-nem-morto-vivo” para sempre. E isso meio que dura o episódio inteiro – ela procura opiniões, o foco vai e volta deles, ela continua indecisa até o grande final.
Enquanto ESSE drama se desenrola, outro drama acontece no Instituto: Robert Lightwood solicitou uma reunião com a Clave para avisar que as fadas estarão do lado do Valentine e a Clave negou, e mandou um representante que vai observar a família e o Instituto, e juntar informações sobre o Valentine para mandar de volta para Idris. A representante é Lydia Branwell, que não está exatamente feliz com o trabalho... Ou com a vida num geral.
E como drama nunca é demais, Valentine resolveu mandar Renegados para o Instituto, Alec descobriu que os pais fizeram parte do Ciclo do Valentine, e resolveu pedir a Lydia em casamento depois de uma conversa com o Magnus. Yeap, eu estou tentando diminuir a enrolação nesse post porque o final promete.
Nos pontos positivos, eu sem dúvida incluo Simon e Raphael. Adoro, adoro, adoro os dois na série, e Alberto foi incrível no final do ep. Aliás, entre as adaptações bem feitas de partes do livro, a transformação do Simon, o próprio Simon e o Raphael estão incluídas com certeza. Além disso, a minúscula – literalmente – participação do Max foi A COISA MAIS FOFA, de novo. ♥ E... É isso. Er.
Agora... Vamos para aquela parte não tão divertida – a que eu listo os problemas que tive com o episódio. Bom reforçar isso, aliás: problemas que EU tive com o episódio.
No geral, achei o episódio chato. Boring mesmo. Toda a história da transformação do Simon ficou parecida com os livros, só que foi esticada ao extremo – o episódio começa com o Raphael carregando o Simon pro Instituto, à noite, e termina com o Raphael indo atrás do Simon, agora vampiro, na noite seguinte. Ao mesmo tempo, teve pouca ação acontecendo no Instituto, e em Chernobyl, e isso me deu alguma preguiça.
Enquanto a atuação da Kat parece ter pontos altos contracenando com bons atores e em momentos dramáticos – esse ep sendo um dos mais dramáticos -, o oposto parece rolar com o Dom, que faz mais caretas que qualquer cara de raiva ou tristeza, e o roteiro já ajudou mais, embora esse seja um dos episódios com menos falas wtf até agora. E, numa observação extra, eu espero que alguém resolva aleatoriamente falar sobre a runa do Ciclo, porque, oi, isso não tá fazendo sentido ainda.
Agora... Vamos para os problemas colossais que eu tive com esse episódio, que se estendem para a trama.
Primeiro, a história do falcão do Jace, Clace num geral e o que a série tem feito com a trama dos livros. See, nos livros, Jace conta a história do falcão para explicar porquê ele é fechado e não acredita realmente em amor. É um daqueles momentos em que a Clary e o leitor conhecem um pouco mais do personagem, que o super-herói ganha um pouco mais de humanidade e uma das sequências que suportam o relacionamento da Clary e do Jace num geral – eles parecem de fato um casal, parecem atraídos um pelo outro e compartilham segredos e histórias de infância.
Na série, a história do falcão foi jogada num momento qualquer, contada às pressas e com alguma tentativa de risadas quando a Clary fala “você realmente está me contando uma história AGORA?”. E é meio que isso que o relacionamento deles parece pra mim: apressado, forçado, não convence. Os poucos diálogos fora do tema “shadowhunters” segue a linha “awkward” e eles não parecem nem atraídos um pelo outro – parecem é empurrados um na direção do outro mesmo.
E, eu já comentei antes, a série parece ter quebrado o plot de seis livros em vários pedacinhos e agora está encaixando de qualquer jeito num quadro final que não tá ficando bonito. Não tem muita coisa nova de verdade, é mais remontagem de cenas dos livros num ordem diferente, e isso é mais trágico que legal, porque trocar algumas cenas troca o significado que elas tiveram e a trama num geral.
O segundo problema... Vem desde antes da série começar, pra ser bem sincera, e é o tal casamento do Alec. Comecemos do começo aqui. Robert e Maryse querem casar o Alec com alguém “digno” para conseguir de volta a confiança da Clave, que caiu drasticamente por conta da associaçõa dos Lightwood com seres do submundo. Ou esse pareceu ser o motivo, mas ele mudou algumas vezes já. Primeiro foram as missões não autorizadas que Jace, Izzy e Alec fizeram para ajudar a Clary. Depois, a associação (da Izzy) com seres do submundo. Depois, as fadas decidindo apoiar o Valentine depois de ter membros mortos. Por algum motivo, isso tudo resulta em Lightwoods sem... Honra (?). E a maneira de restaurar essa honra é casando seu filho mais velho.
Só que, assim... Robert e Maryse foram membros do Ciclo. Não têm a marca por algum motivo x, mas foram, e por isso estão no Instituto. Que confiança eles inspiram, por natureza? Que honra eles têm pra perder ajudando uma shadowhunter que precisa ser restaurada com um casamento (arranjado, diga-se de passagem)? E quando, e como, a Clave ficou sabendo que a Clary é filha do Valentine, se eles pensam que a Jocelyn morreu?
Além disso, casamento arranjado – ou forçado, for that matter - é uma das coisas que não faz muito sentido para Shadowhunters e, especificamente, para Maryse e Robert. Shadowhunters são guerreiros, arriscam a vida diariamente, morrem relativamente jovens, eles VALORIZAM a coisa de casar por amor, e casar cedo, porque a vida é curta. Maryse casou por amor, puro e simples, e, mesmo tendo a personalidade trocada com o Robert, não obrigaria um dos filhos a fazer isso. É uma coisa que, no geral, não. Faz. Sentido. Algum.
Para fechar, o episódio termina (para o núcleo que está no Instituto) com Alec conversando com Magnus, que foi recrutado pela Izzy para ajudar a examinar o Renegado que invadiu o Instituto, falando sobre como ele sente que estava vivendo uma mentira depois de descobrir que os pais foram do Ciclo, e Magnus fala que talvez seja a hora de ele viver por ele mesmo e seguir seu coração. Alec concorda e... Pede a Lydia em casamento.\o/ Claro, por que isso não é NADA contrário ao personagem, certo?
Anyway, esse post foi bem um rant.Ficou gigante e era o desabafo que eu precisava fazer há algumas semanas já. xD Sinceramente, eu não tenho muito mais esperanças de que a série vá melhorar, e tenho tido alguma preguiça de assistir. Eu não estou exatamente empolgada ou ansiosa para o próximo episódio... Ou para o resto da série num geral.
domingo, 20 de março de 2016
sexta-feira, 18 de março de 2016
O Bom Dinossauro (2015)
Sinopse: “E se o asteroide que mudou para sempre a vida na Terra não tivesse atingido o planeta e os dinossauros nunca tivessem sido extintos, como seria a relação entre dinossauros e humanos?”
Direção: Peter Sohn
Duração: 100min.
O Bom Dinossauro conta o que teria acontecido se o meteoro que causou a extinção dos dinossauros tivesse passado direto, tranquilamente, e eles tivessem evoluído – sim, temos dinossauros que pensam e falam. Ele mostra a história, especificamente, do Arlo, o caçula de uma família de dinossauros, que desde que saiu do ovo é beeem medroso. Conforme os anos passam, o medo dele não diminuí, mas pelo menos ele tenta – ainda pequeno, ele viu o pai deixar uma amrca na construção que eles fizeram para guardar comida para o inverno, e quer deixar a dele também, assim como os irmãos mais velhos.
A aventura do Arlo me lembrou muito a aventura do Simba, que se perde da família depois de um desastre, encontra novos amigos e novas dificuldades até chegar naquele ponto em que ele deve enfrentar seus medos – ou aprender a conviver com eles -, aprender uma lição de vida e finalmente voltar para casa. Esse é mais ou menos o percurso que o Arlo faz – pego numa tempestade que causa uma enchente, ele se perde de casa e vai parar BEM longe -, a diferença é que ele não encontra um Timão e Pumba, ele encontra um Spot, um menino humano que também não tem família, e que aparentemente simpatiza com ele quase automaticamente.
Num mundo onde dinossauros evoluíram e raciocinam, humanos praticamente não falam, tampouco parecem pensar tanto assim. Spot é uma coisa fofa e apertável que lembra mais um cachorro – ele, inclusive, é ótimo farejador -, e é engraçado ver os dois tentando se entender e se acertando, de certa forma. Aliás, a cena em que ele de fato ganha esse nome – Spot – é uma das mais engraçadas da animação.
A animação em si é absurdamente linda, e é engraçado que as paisagens são extremamente detalhadas – teve pelo menos um profissional responsável pelo volume das nuvens -, mas os personagens são relativamente simples. Arlo tem cores e texturas, mas parece bem menos trabalhado que os cenários em que ele está, e o mesmo vale para o Spot e todos os outros dinossauros. Algumas cenas gerais, inclusive, parecem fotografia, de tão bem feitas que são.
Os personagens foram minha parte preferida do filme. Spot é uma graça, Arlo é uma graça, mas adorei os T-Rex que eles encontraram pelo caminho, as família do Arlo e o Tempestade maluquinho e meio vilão. Aliás, uma das coisas que eu adorei é que, apesar de ter alguém “mau” no caminho do Arlo, o vilão mesmo é o medo que ele precisa superar, e vai aprendendo a contonar aos poucos – ele aprende, inclusive, que todo mundo tem medo, só é uma questão de como você lida com isso. É uma boa lição de moral. :)
No geral, adorei, único probleminha foi a impressão de “já vi isso antes”, mas os personagens são uma graça, a animação é linda e é uma história que eu adoro! Mais do que recomendo. ;) Parte de mim gostou mais de O Bom Dinossauro que de Divertida Mente. xD
Ah sim, o final também foi down, foi beeeeem agridoce pra mim, chorei e ainda não superei.
Direção: Peter Sohn
Duração: 100min.
O Bom Dinossauro conta o que teria acontecido se o meteoro que causou a extinção dos dinossauros tivesse passado direto, tranquilamente, e eles tivessem evoluído – sim, temos dinossauros que pensam e falam. Ele mostra a história, especificamente, do Arlo, o caçula de uma família de dinossauros, que desde que saiu do ovo é beeem medroso. Conforme os anos passam, o medo dele não diminuí, mas pelo menos ele tenta – ainda pequeno, ele viu o pai deixar uma amrca na construção que eles fizeram para guardar comida para o inverno, e quer deixar a dele também, assim como os irmãos mais velhos.
A aventura do Arlo me lembrou muito a aventura do Simba, que se perde da família depois de um desastre, encontra novos amigos e novas dificuldades até chegar naquele ponto em que ele deve enfrentar seus medos – ou aprender a conviver com eles -, aprender uma lição de vida e finalmente voltar para casa. Esse é mais ou menos o percurso que o Arlo faz – pego numa tempestade que causa uma enchente, ele se perde de casa e vai parar BEM longe -, a diferença é que ele não encontra um Timão e Pumba, ele encontra um Spot, um menino humano que também não tem família, e que aparentemente simpatiza com ele quase automaticamente.
Num mundo onde dinossauros evoluíram e raciocinam, humanos praticamente não falam, tampouco parecem pensar tanto assim. Spot é uma coisa fofa e apertável que lembra mais um cachorro – ele, inclusive, é ótimo farejador -, e é engraçado ver os dois tentando se entender e se acertando, de certa forma. Aliás, a cena em que ele de fato ganha esse nome – Spot – é uma das mais engraçadas da animação.
A animação em si é absurdamente linda, e é engraçado que as paisagens são extremamente detalhadas – teve pelo menos um profissional responsável pelo volume das nuvens -, mas os personagens são relativamente simples. Arlo tem cores e texturas, mas parece bem menos trabalhado que os cenários em que ele está, e o mesmo vale para o Spot e todos os outros dinossauros. Algumas cenas gerais, inclusive, parecem fotografia, de tão bem feitas que são.
Os personagens foram minha parte preferida do filme. Spot é uma graça, Arlo é uma graça, mas adorei os T-Rex que eles encontraram pelo caminho, as família do Arlo e o Tempestade maluquinho e meio vilão. Aliás, uma das coisas que eu adorei é que, apesar de ter alguém “mau” no caminho do Arlo, o vilão mesmo é o medo que ele precisa superar, e vai aprendendo a contonar aos poucos – ele aprende, inclusive, que todo mundo tem medo, só é uma questão de como você lida com isso. É uma boa lição de moral. :)
No geral, adorei, único probleminha foi a impressão de “já vi isso antes”, mas os personagens são uma graça, a animação é linda e é uma história que eu adoro! Mais do que recomendo. ;) Parte de mim gostou mais de O Bom Dinossauro que de Divertida Mente. xD
Ah sim, o final também foi down, foi beeeeem agridoce pra mim, chorei e ainda não superei.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Metas de março
Tags:
metas
Sejamos sinceros aqui: é 17/03, o que significa pouquíssimo tempo de “mês” sobrando em março. A lista está bem mais pé-no-chão com relação a isso. xD
- Arrumar minha mesa
- Organizar sapatos
- Limpar estante
- Preencher agenda de fitness
- Terminar um livro
- Assistir três filmes (0/3)
- Project 52 (4/52) - preciso fazer o post sobre isso, er xD²
- Fotografar chaveiros num fundo branco
Revisando fevereiro
Tags:
revisando mês
Sooo, eu percebi agora que faltou esse post e o de metas do mês de março. Ops. Então vai agora mesmo. xD Fevereiro foi um mês tenso porque eu tinha prova dia 28/02, então foquei minhas energias nos estudos... E fui mal pra caramba, er. Então foi um fail grandão.
Nas metas, eu imprimi minha agenda de fevereiro, mas não preenchi a agenda fitness (ainda). Terminei três livros, vi três filmes e esqueci completamente do Project 52 – inclusive, vou ter que rever o que já fiz e organizar a casa. Não marquei nutricionista, e ainda to tentando reescrever a lista de 101 Coisas em 1001 Dias, que tá chegando no prazo final, er. Além disso, cumpri minha meta de exercícios, não exatamente da forma que eu queria, mas, é, me mexi o bastante pra dizer que fiz exercícios. :P
Nos posts, teve quatro Lendo – Magnus Chase e a Espada do Verão, Will&Will, Anna e o Beijo Francês e Cidade de Vidro -, reviews dos sete primeiros episódios de Shadowhunters – The Mortal Cup, The Descent Into Hell Isn't Easy, Dead Man’s Party, Raising Hell, Moo Sho to Go, Of Men and Angels, Major Arcana -, e crítica de Ratatouille e de O Regresso. Foram 14 posts no total e eu gostei que, finalmente, consegui fazer uma programação pra quando estava ocupada – dois posts por semana, pelo menos, sendo uma resenha e uma crítica os principais. A ideia e continuar com isso, que, além de manter o post sempre atualizado, me anima a ver filmes e completar livros. :)
Agora vamos às metas... /o/
segunda-feira, 14 de março de 2016
#63 Lendo: Então Você Quer Ser um Jedi?
Sinopse: " Com a ajuda de Luke Skywalker, a Aliança Rebelde conseguiu uma grande vitória contra o Império. Mas a guerra está longe de acabar. Agora, instalados em Hoth, um planeta gelado, os rebeldes temem que seu esconderijo seja descoberto pelas forças imperiais. Infelizmente, não demora muito para que o temível Darth Vader os encontre e organize o ataque…”
Autor: Adam Gidwitz
Então Você Quer Ser um Jedi? é uma recontagem do segundo filme da trilogia clássica de Star Wars – O Império Contra-Ataca -, e é absolutamente brilhante. Depois de tantos anos, recontagens parecem algo complicado para uma história tão conhecida, e o trabalho feito aqui consegue ser interessante e original, mesmo quando parece mais complicado deixar a coisa interessante.
Se você por qualquer motivo não sabe, o segundo filme conta a continuação da guerra contra o Império, que descobre onde estão escondidos os rebeldes e parte para o ataque, destruindo as bases e provocando a fuga da Aliança Rebelde, enquanto Luke Skywalker vai com R2D2 para outro lugar, procurando o Yoda para começar seu treinamento jedi.
O livro se divide, então, para acompanhar três núcleos: Luke, R2D2 e Yoda, Luke, Léia, Han Solo, Shewie e C3PO, e Darth Vader. Mas o mais interessante do livro é a narração e os capítulos-entre-capítulos-que-não-são-subcapítulos. Para cada capítulo de história (em número romano), tem um capítulo de “aulas de como ser um jedi” (em alfabeto grego), exemplos que explicam como ser um jedi e te dão exercícios para fazer.
Eu ADOREI que essas lições são “reais”, não chega a pedir para fazer nada levitar, são boas lições pra manter a calma, na verdade. xD É um treinamento interessante e vai acompanhando a história – quando o Luke tem um momento de revolta, a lição tem a ver com isso, quando tem a história do Yoda, a lição é relacionada, e assim vai até o fim do livro.
Além disso, adorei a narração, que nunca é realmente explicada – você sabe que é alguém que participou dos acontecimentos, ou que conhece muito bem a história, mas o narrador não ganha nome de fato -, e te coloca na história, literalmente, você é o Luke Skywalker.O narrador avisa, logo no começo do livro, que você fará parte da história e quer que você pense como o Luke, então, quando apresenta alguns personagens, ele comenta “mas você já sabia disso, certo? Afinal, você é Luke Skywalker, eu só estou te lembrando um detalhe”. Isso, somado às lições de jedi, deixam o livro MUITO divertido de ler.
No geral, adorei o livro, tem algumas ilustrações muito bonitas (e úteis!), ótima narração, uma proposta bem interessante de releitura de Star Wars e uma história muito boa num geral. Favoritado, e o único motivo de eu não ter dado cinco estrelas foi alguns trechos mais parados da história, que achei meio monótono pra ideia de livro, a descrição somada à falta de ação fez a história perder um pouco o fôlego, mas nada que me fizesse largar o livro de lado ou coisa assim.
Super recomendo, principalmente se você gostar de Star Wars ou se não conhecer a franquia at all. O episódio V é o meu preferido da trilogia clássica, é considerado por muitos o melhor e é o que tem os melhores plot twists – sabe a frase “Luke, I am your father”? E o diálogo “I love you” “I know”? Pooois é. :P
Autor: Adam Gidwitz
Então Você Quer Ser um Jedi? é uma recontagem do segundo filme da trilogia clássica de Star Wars – O Império Contra-Ataca -, e é absolutamente brilhante. Depois de tantos anos, recontagens parecem algo complicado para uma história tão conhecida, e o trabalho feito aqui consegue ser interessante e original, mesmo quando parece mais complicado deixar a coisa interessante.
Se você por qualquer motivo não sabe, o segundo filme conta a continuação da guerra contra o Império, que descobre onde estão escondidos os rebeldes e parte para o ataque, destruindo as bases e provocando a fuga da Aliança Rebelde, enquanto Luke Skywalker vai com R2D2 para outro lugar, procurando o Yoda para começar seu treinamento jedi.
O livro se divide, então, para acompanhar três núcleos: Luke, R2D2 e Yoda, Luke, Léia, Han Solo, Shewie e C3PO, e Darth Vader. Mas o mais interessante do livro é a narração e os capítulos-entre-capítulos-que-não-são-subcapítulos. Para cada capítulo de história (em número romano), tem um capítulo de “aulas de como ser um jedi” (em alfabeto grego), exemplos que explicam como ser um jedi e te dão exercícios para fazer.
Eu ADOREI que essas lições são “reais”, não chega a pedir para fazer nada levitar, são boas lições pra manter a calma, na verdade. xD É um treinamento interessante e vai acompanhando a história – quando o Luke tem um momento de revolta, a lição tem a ver com isso, quando tem a história do Yoda, a lição é relacionada, e assim vai até o fim do livro.
Além disso, adorei a narração, que nunca é realmente explicada – você sabe que é alguém que participou dos acontecimentos, ou que conhece muito bem a história, mas o narrador não ganha nome de fato -, e te coloca na história, literalmente, você é o Luke Skywalker.O narrador avisa, logo no começo do livro, que você fará parte da história e quer que você pense como o Luke, então, quando apresenta alguns personagens, ele comenta “mas você já sabia disso, certo? Afinal, você é Luke Skywalker, eu só estou te lembrando um detalhe”. Isso, somado às lições de jedi, deixam o livro MUITO divertido de ler.
No geral, adorei o livro, tem algumas ilustrações muito bonitas (e úteis!), ótima narração, uma proposta bem interessante de releitura de Star Wars e uma história muito boa num geral. Favoritado, e o único motivo de eu não ter dado cinco estrelas foi alguns trechos mais parados da história, que achei meio monótono pra ideia de livro, a descrição somada à falta de ação fez a história perder um pouco o fôlego, mas nada que me fizesse largar o livro de lado ou coisa assim.
Super recomendo, principalmente se você gostar de Star Wars ou se não conhecer a franquia at all. O episódio V é o meu preferido da trilogia clássica, é considerado por muitos o melhor e é o que tem os melhores plot twists – sabe a frase “Luke, I am your father”? E o diálogo “I love you” “I know”? Pooois é. :P
sexta-feira, 11 de março de 2016
Deadpool (2016)
Tags:
cinema,
crítica,
filme,
super-herói
Sinopse: "Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.”
Direção: Tim Miller
Duração: 107min.
Antes de realmente começar esse post, é útil falar que Deadpool é um anti-herói total, pervertido, inconveniente, com um senso de humor BEM negro, que zoa absolutamente tudo e todos. A censura dele não é um exagero ou uma brincadeira, aliás, pra mim deveria ser 18 anos aqui também. E é preciso ter isso em mente quando for assistir ao filme, ou ler esse post anyway.
Dito isso, eu adorei Deadpool, era o “filme de super-heróis” que eu e muita gente precisávamos depois de tantos filmes de heróis que seguem uma linha em comum – o cara que descobre seus poderes, aprende a lidar com eles geralmente com/por alguma tragédia (tragédia em algum nível, I mean, alguns perdem parente, outros perdem namorada, Thor perde os poderes e por aí vai) e tem um super-vilão para derrotar. Não que a fórmula seja ruim, é divertida, funciona e forma ótimas histórias, mas é lindo ver algo diferente, mesmo vindo desse mesmo universo de heróis e vilões.
O filme não é linear, ele começa bem aleatoriamente e vai intercalando a caçada do Deadpool atrás do Francis – o cara que transformou Wade Wilson em Deadpool – e a história de origem mesmo, mostrando ele antes da descoberta do câncer, durante e motivações que o levaram ao laboratório BEM sinistro do meio-que vilão do filme. Então você nunca fica muito tempo numa sequência só, e esse é provavelmente um dos motivos do filme funcionar, nunca fica monótono ou “ok, já vi isso antes” demais.
O que eu mais gostei foram as referências e o humor do filme. Sim, é humor negro, sim, é humor doentio, mas funciona. Ele zoa com a Fox, com o Ryan Reynolds (que, caso você não saiba, fez o Lanterna Verde, que foi um fracasso, e uma versão BIZARRA do Deadpool num filme do Wolverine), com o Wolverine, com o diretor, com outros filmes de super-herói, até com o público. A sequência dos créditos de abertura é provavelmente uma das minhas preferidas ever, porque vai zoando tudo ao mesmo tempo sem parecer forçado ou exagerado. Na verdade, meio que te dá o tom que o filme vai ter.
Além disso, o filme foi feito com um orçamento relativamente baixo e um cara que, apesar dos pesares, é absolutamente perfeito para fazer o Deadpool – Ryan Reynolds é um dos motivos desse filme existir, e um dos motivos dele ser um sucesso, really. Ele incorpora brilhantemente o personagem, o uniforme é incrivelmente fiel ao dos quadrinhos, e as cenas com quebra da quarta parede são simplesmente INCRÍVEIS, e com um ótimo timing.
E os personagens secundários são ÓTIMOS, participam das piadas – aliás, poucos momentos não são engraçados aqui, e, sim, é bizarro o cara estar com duas espadas atravessar no peito, ou corpos ensanguentados formarem uma frase, e mesmo assim você rir sem parar -, e é quase impossível não acabar torcendo para o Deadpool, mesmo que as motivações dele sejam estranhas, os métodos usados sejam BEM controversos e as piadas sejam pesadas. No geral, as coisas funcionam muito bem. Só o vilão que é mei’ fraco, mas até isso é superável.
Fica a vontade de ver mais filmes do Deadpool, torcendo para não mudarem o tom.
Ah! E a aparição do Stan Lee... Oh God, só melhora. xD
Filme mais do que recomendado, vá com a idéia de que o filme é ofensivo SIM, e tudo bem rir disso, e você vai se divertir na certa. :P
Direção: Tim Miller
Duração: 107min.
Antes de realmente começar esse post, é útil falar que Deadpool é um anti-herói total, pervertido, inconveniente, com um senso de humor BEM negro, que zoa absolutamente tudo e todos. A censura dele não é um exagero ou uma brincadeira, aliás, pra mim deveria ser 18 anos aqui também. E é preciso ter isso em mente quando for assistir ao filme, ou ler esse post anyway.
Dito isso, eu adorei Deadpool, era o “filme de super-heróis” que eu e muita gente precisávamos depois de tantos filmes de heróis que seguem uma linha em comum – o cara que descobre seus poderes, aprende a lidar com eles geralmente com/por alguma tragédia (tragédia em algum nível, I mean, alguns perdem parente, outros perdem namorada, Thor perde os poderes e por aí vai) e tem um super-vilão para derrotar. Não que a fórmula seja ruim, é divertida, funciona e forma ótimas histórias, mas é lindo ver algo diferente, mesmo vindo desse mesmo universo de heróis e vilões.
O filme não é linear, ele começa bem aleatoriamente e vai intercalando a caçada do Deadpool atrás do Francis – o cara que transformou Wade Wilson em Deadpool – e a história de origem mesmo, mostrando ele antes da descoberta do câncer, durante e motivações que o levaram ao laboratório BEM sinistro do meio-que vilão do filme. Então você nunca fica muito tempo numa sequência só, e esse é provavelmente um dos motivos do filme funcionar, nunca fica monótono ou “ok, já vi isso antes” demais.
O que eu mais gostei foram as referências e o humor do filme. Sim, é humor negro, sim, é humor doentio, mas funciona. Ele zoa com a Fox, com o Ryan Reynolds (que, caso você não saiba, fez o Lanterna Verde, que foi um fracasso, e uma versão BIZARRA do Deadpool num filme do Wolverine), com o Wolverine, com o diretor, com outros filmes de super-herói, até com o público. A sequência dos créditos de abertura é provavelmente uma das minhas preferidas ever, porque vai zoando tudo ao mesmo tempo sem parecer forçado ou exagerado. Na verdade, meio que te dá o tom que o filme vai ter.
Além disso, o filme foi feito com um orçamento relativamente baixo e um cara que, apesar dos pesares, é absolutamente perfeito para fazer o Deadpool – Ryan Reynolds é um dos motivos desse filme existir, e um dos motivos dele ser um sucesso, really. Ele incorpora brilhantemente o personagem, o uniforme é incrivelmente fiel ao dos quadrinhos, e as cenas com quebra da quarta parede são simplesmente INCRÍVEIS, e com um ótimo timing.
E os personagens secundários são ÓTIMOS, participam das piadas – aliás, poucos momentos não são engraçados aqui, e, sim, é bizarro o cara estar com duas espadas atravessar no peito, ou corpos ensanguentados formarem uma frase, e mesmo assim você rir sem parar -, e é quase impossível não acabar torcendo para o Deadpool, mesmo que as motivações dele sejam estranhas, os métodos usados sejam BEM controversos e as piadas sejam pesadas. No geral, as coisas funcionam muito bem. Só o vilão que é mei’ fraco, mas até isso é superável.
Fica a vontade de ver mais filmes do Deadpool, torcendo para não mudarem o tom.
Ah! E a aparição do Stan Lee... Oh God, só melhora. xD
Filme mais do que recomendado, vá com a idéia de que o filme é ofensivo SIM, e tudo bem rir disso, e você vai se divertir na certa. :P
segunda-feira, 7 de março de 2016
#62 Lendo: Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo
Sinopse: "A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática.”
Autores: David Levithan e Rachel Cohn
Naomi & Ely é um livro que eu conheci lá no Mochilão da Record, e pareceu legalzinho – daqueles que interessa, mas não é prioridade, sabe? -, até que comprei o box de David Levithan e botei fé que esse seria tão incrível quanto. E, claro, ajudou que, alguns meses depois, saiu o filme com Matthew Daddario como Gabriel.
Não por acaso, ele foi minha primeira escolha do ano, quando finalmente peguei um livro para ler e, não vou mentir, não foi o que eu esperava, mas foi bem divertido e valeu a leitura. O problema, tal qual Will&Will, tem nome e, provavelmente, um sobrenome, mas eu estaria mentindo se dissesse que lembro qual é. O nome, tho, está na capa dessa vez: Naomi.
Basicamente, o livro, que é narrado por mil e uma pessoas, conta a história da Naomi e do Ely, melhores amigos desde a infância que, em dado momento dos anos de amizade, resolveram criar a lista do não-beijo, uma lista com todos os nomes de pessoas que nenhum dos dois poderiam ficar para não colocar a amizade em risco – geralmente, nomes pelos quais ambos têm uma queda. Ainda no começo da história, porém, Ely conta para Naomi que beijou alguém que não estava exatamente na lista, mas que é tão problemático quanto – Bruce, o Segundo, namorado dela.
E aqui dá para explicar um dos vários problemas que tive com a Naomi: ela é apaixonada pelo Ely há eras, aparentemente, e tem na cabeça que, um dia, ele vai desistir de ser gay e ficar com ela. Só que o Ely é totalmente homossexual, sem uma gota de bissexualidade que seja pra sustentar essa esperança dela, e é irritante como ela fica absolutamente p da vida com ele não porque ele acaba “roubando” o namorado dela, não com o namorado que a traiu, mas com o Ely porque escolheu o Bruce e não ela. Na cabeça dela, Ely totalmente casaria com ela um dia, eles teriam filhos e cachorros e morariam felizes numa casa, mas ele nunca dá o menor sinal de interesse por uma garota que seja.
O livro, como eu disse, é narrado por várias pessoas – algumas têm alguma importância na trama, outras aparecem só durante esse capítulo que narram -, e o interessante disso é que tinha tudo para dar errado, mas funciona, você tem vários pontos de vista diferentes de verdade, alguns com “manias” – a narração do Gabriel é acompanhada por músicas que ele está ouvindo, a da Naomi é cheia de ícones e emoticons que você às vezes tem que adivinhar o que significam ali -, e dá para diferenciar. Uma das coisas mais interessantes disso é ver o que os personagens realmente pensam um do outro, ou vê-lo como de fato é e não como ele acha que é.
Confesso que pulei um dos capítulos, narrado pelo “Robin-homem”, porque era um único parágrafo, espalhado por umas cinco páginas, mas não foi exatamente relevante – ou eu não senti que tinha perdido algo, e isso é uma coisa que dá para fazer, acompanhar só um dos dramas, ou pular os que você não tá afim de ler.
Além da briga da Naomi e do Ely – que se arrasta por todo o livro -, tem o relacionamento do Ely com o Bruce, o Segundo – que, by the way, é chamado assim porque é o segundo namorado da Naomi chamado Bruce, e sim, Bruce, o Primeiro tem capítulos de ponto de vista também -, que acha ser hetero até o beijo com o Ely, e está tentando um relacionamento com um cara claramente “galinha”, tem o relacionamento da Naomi com o Gabriel, que é o porteiro noturno do prédio onde todos moram e ocupa o segundo lugar na lista do não beijo, tem os problemas da mãe da Naomi, que você descobre ao longo do livro que foi deixada pelo marido – que, por sua vez, a traiu com uma das mães do Ely, e sim, Ely tem duas mães, um casal. Enfim, tem drama pra caramba nesse prédio em NY.
No geral, eu gostei bastante, gostei MUITO do Ely e do Bruce, o Segundo, adorei o capítulo da irmã do Bruce, o Primeiro, adorei o capítulo da Robin-mulher - sim, esse livro repete nomes de uma maneira surreal -, achei bem fofo o relacionamento do Ely e do Bruce, acho que gostaria mais do Gabriel se ele tivesse um pouco mais de vivacidade, e resumo meus problemas com “Naomi”, que é uma Mary Sue por boa parte do livro – a coitadinha atormentada por problemas que ela precisa vencer, com corpo perfeito e cabelo perfeito que tem todos os caras aos seus pés, exceto, claro, o que ela quer, e que tem tudo convenientemente a seu favor, mas que é uma guerreira que vai vencer suas dificuldades. Méh.
Pra mim, Naomi é daquelas Mary Sue chatas, mimadas e infantis que precisam com urgência crescer e encarar o mundo real. Apenas.
Mas, fora isso, gostei do livro, gostei da escrita (aqui não percebi quando era um ou outro autor) e recomendo – vale a pena aturar a Naomi pelos outros personagens. Exceto o Robin. Sério, pula aquele capítulo que não vai fazer falta. :P E, claro, pretendo ver o filme, porque se tudo for mal ainda tem Matthew Daddario pra salvar. :P
Autores: David Levithan e Rachel Cohn
Naomi & Ely é um livro que eu conheci lá no Mochilão da Record, e pareceu legalzinho – daqueles que interessa, mas não é prioridade, sabe? -, até que comprei o box de David Levithan e botei fé que esse seria tão incrível quanto. E, claro, ajudou que, alguns meses depois, saiu o filme com Matthew Daddario como Gabriel.
Não por acaso, ele foi minha primeira escolha do ano, quando finalmente peguei um livro para ler e, não vou mentir, não foi o que eu esperava, mas foi bem divertido e valeu a leitura. O problema, tal qual Will&Will, tem nome e, provavelmente, um sobrenome, mas eu estaria mentindo se dissesse que lembro qual é. O nome, tho, está na capa dessa vez: Naomi.
Basicamente, o livro, que é narrado por mil e uma pessoas, conta a história da Naomi e do Ely, melhores amigos desde a infância que, em dado momento dos anos de amizade, resolveram criar a lista do não-beijo, uma lista com todos os nomes de pessoas que nenhum dos dois poderiam ficar para não colocar a amizade em risco – geralmente, nomes pelos quais ambos têm uma queda. Ainda no começo da história, porém, Ely conta para Naomi que beijou alguém que não estava exatamente na lista, mas que é tão problemático quanto – Bruce, o Segundo, namorado dela.
E aqui dá para explicar um dos vários problemas que tive com a Naomi: ela é apaixonada pelo Ely há eras, aparentemente, e tem na cabeça que, um dia, ele vai desistir de ser gay e ficar com ela. Só que o Ely é totalmente homossexual, sem uma gota de bissexualidade que seja pra sustentar essa esperança dela, e é irritante como ela fica absolutamente p da vida com ele não porque ele acaba “roubando” o namorado dela, não com o namorado que a traiu, mas com o Ely porque escolheu o Bruce e não ela. Na cabeça dela, Ely totalmente casaria com ela um dia, eles teriam filhos e cachorros e morariam felizes numa casa, mas ele nunca dá o menor sinal de interesse por uma garota que seja.
O livro, como eu disse, é narrado por várias pessoas – algumas têm alguma importância na trama, outras aparecem só durante esse capítulo que narram -, e o interessante disso é que tinha tudo para dar errado, mas funciona, você tem vários pontos de vista diferentes de verdade, alguns com “manias” – a narração do Gabriel é acompanhada por músicas que ele está ouvindo, a da Naomi é cheia de ícones e emoticons que você às vezes tem que adivinhar o que significam ali -, e dá para diferenciar. Uma das coisas mais interessantes disso é ver o que os personagens realmente pensam um do outro, ou vê-lo como de fato é e não como ele acha que é.
Confesso que pulei um dos capítulos, narrado pelo “Robin-homem”, porque era um único parágrafo, espalhado por umas cinco páginas, mas não foi exatamente relevante – ou eu não senti que tinha perdido algo, e isso é uma coisa que dá para fazer, acompanhar só um dos dramas, ou pular os que você não tá afim de ler.
Além da briga da Naomi e do Ely – que se arrasta por todo o livro -, tem o relacionamento do Ely com o Bruce, o Segundo – que, by the way, é chamado assim porque é o segundo namorado da Naomi chamado Bruce, e sim, Bruce, o Primeiro tem capítulos de ponto de vista também -, que acha ser hetero até o beijo com o Ely, e está tentando um relacionamento com um cara claramente “galinha”, tem o relacionamento da Naomi com o Gabriel, que é o porteiro noturno do prédio onde todos moram e ocupa o segundo lugar na lista do não beijo, tem os problemas da mãe da Naomi, que você descobre ao longo do livro que foi deixada pelo marido – que, por sua vez, a traiu com uma das mães do Ely, e sim, Ely tem duas mães, um casal. Enfim, tem drama pra caramba nesse prédio em NY.
No geral, eu gostei bastante, gostei MUITO do Ely e do Bruce, o Segundo, adorei o capítulo da irmã do Bruce, o Primeiro, adorei o capítulo da Robin-mulher - sim, esse livro repete nomes de uma maneira surreal -, achei bem fofo o relacionamento do Ely e do Bruce, acho que gostaria mais do Gabriel se ele tivesse um pouco mais de vivacidade, e resumo meus problemas com “Naomi”, que é uma Mary Sue por boa parte do livro – a coitadinha atormentada por problemas que ela precisa vencer, com corpo perfeito e cabelo perfeito que tem todos os caras aos seus pés, exceto, claro, o que ela quer, e que tem tudo convenientemente a seu favor, mas que é uma guerreira que vai vencer suas dificuldades. Méh.
Pra mim, Naomi é daquelas Mary Sue chatas, mimadas e infantis que precisam com urgência crescer e encarar o mundo real. Apenas.
Mas, fora isso, gostei do livro, gostei da escrita (aqui não percebi quando era um ou outro autor) e recomendo – vale a pena aturar a Naomi pelos outros personagens. Exceto o Robin. Sério, pula aquele capítulo que não vai fazer falta. :P E, claro, pretendo ver o filme, porque se tudo for mal ainda tem Matthew Daddario pra salvar. :P
sexta-feira, 4 de março de 2016
A Grande Aposta (2015)
Sinopse: "Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.”
Direção: Adam McKay
Duração: 130min.
A Grande Aposta foi... Um filme diferente. E meio difícil de acompanhar. Mas vamos do começo.
Antes de falar do filme, eu indicaria que você visse o pôster honesto dele (que eu vi aqui e, se você sabe inglês, recomendo que veja também), que é MUITO real. xD Se você não fala inglês, o título foi alterado para “que p*rr* é essa de Wall Street – você não vai saber que diabos está acontecendo, só saiba que é ruim”.
Basicamente, o filme fala sobre o que gerou a grande crise financeira de 2008, desde antes de aocntecer – quando as primeiras pessoas começaram a desconfiar – até os efeitos que, verdade seja dita, ainda podem ser vistos e sentidos nas contas bancárias. É um tema difícil, complexo, que exige muitas explicações porque às vezes você não tem muito o que fazer além de usar termos de economia que leigos não vão conhecer – ou entender -, e o filme se sai bem em continuar entretendo mesmo quando você tem certeza de que não entendeu absolutamente nada dos últimos 15 ou 20 minutos.
Eu adorei a maneira que acharam para explicar alguns termos e fatos que foram modificados, é o que deixa o filme mais leve e MUITO engraçado. O narrador está explicando o que está acontecendo, para e fala “mas você nao deve estar entendo nada, certo? Então, para explicar, temos Margot Robbietomando champagne numa banheira para explicar”, e corta para Margot Robbie numa banheira, tomando champagne, explicando termos de economia. E isso se repete algumas vezes, com pessoas diferentes, e são bem inesperadas.
Além disso, o narrador – e alguns personagens, pontualmente – quebra a quarta parede de vez em quando para corrigir algo, sendo o melhor exemplo uma sequência em que Charlie Geller e Jamie Shipley encontram papéis em que Jared Vennett (o narrador) explica como mercado imobiliário era extremamente instável e estava a ponto de ruir, e os papéis estão convenientemente na mesa de centro na sala de espera de um banco. A cena então é congelada para explicar que, não, na vida real não foi assim tão fácil.
Inclusive, no final tem uma sequência nesse estilo bem legal, ao som de Rockin’ in a Free World que é genial. xD
Meus problemas com o filme foram até que poucos. Primeiro, voiltando para o pôster sincero ali do começo, eu não entendi tanta coisa assim – eu meio que continuo onde eu estava antes, sei o que foi a crise e como começou, mas detalhes ainda são confusos pra caramba -, e tive essa sensação de “wtf is going on?” por boa parte do filme. Segundo, e talvez pelo motivo anterior, o filme pareceu esticado em algumas partes, no geral, longo mesmo, sem precisar. E terceiro, tem VÁRIAS cenas aleatórias que não só não parecem fazer sentido como, no final do filme, não foram úteis de maneira alguma.
Aliás, cenas aleatórias é uma sequência bem frequente no filme. Às vezes parece que estão de localizando no tempo – o filme se passa, afinal, em 2007~2008 -, porque aparecem cenas daquela época, músicas e tal, mas tem outras que são... ???? Como uma sequência de limusine, táxi grande e táxi mais comum, que parece câmera lenta, corta de uma cena relativamente importante pra um momento de NADA pra uma cena no dia seguinte. Não faz o menor sentido.
Apesar disso, foi um filme interessante que rendeu mais risadas do que eu esperava, e que tem o final agridoce que qualquer um esperaria – você adoraria ouvir sobre como os bancos aprenderam a lição e a crise foi superada, mas, todos sabemos bem, isso está longe de ser a verdade. Não sei como é o livro em que o filme foi baseado, mas recomendo – e muito – o filme, valeu a pena ver e, sinceramente, valeu o Oscar que o roteiro ganhou. ;)
Direção: Adam McKay
Duração: 130min.
A Grande Aposta foi... Um filme diferente. E meio difícil de acompanhar. Mas vamos do começo.
Antes de falar do filme, eu indicaria que você visse o pôster honesto dele (que eu vi aqui e, se você sabe inglês, recomendo que veja também), que é MUITO real. xD Se você não fala inglês, o título foi alterado para “que p*rr* é essa de Wall Street – você não vai saber que diabos está acontecendo, só saiba que é ruim”.
Basicamente, o filme fala sobre o que gerou a grande crise financeira de 2008, desde antes de aocntecer – quando as primeiras pessoas começaram a desconfiar – até os efeitos que, verdade seja dita, ainda podem ser vistos e sentidos nas contas bancárias. É um tema difícil, complexo, que exige muitas explicações porque às vezes você não tem muito o que fazer além de usar termos de economia que leigos não vão conhecer – ou entender -, e o filme se sai bem em continuar entretendo mesmo quando você tem certeza de que não entendeu absolutamente nada dos últimos 15 ou 20 minutos.
Eu adorei a maneira que acharam para explicar alguns termos e fatos que foram modificados, é o que deixa o filme mais leve e MUITO engraçado. O narrador está explicando o que está acontecendo, para e fala “mas você nao deve estar entendo nada, certo? Então, para explicar, temos Margot Robbietomando champagne numa banheira para explicar”, e corta para Margot Robbie numa banheira, tomando champagne, explicando termos de economia. E isso se repete algumas vezes, com pessoas diferentes, e são bem inesperadas.
Além disso, o narrador – e alguns personagens, pontualmente – quebra a quarta parede de vez em quando para corrigir algo, sendo o melhor exemplo uma sequência em que Charlie Geller e Jamie Shipley encontram papéis em que Jared Vennett (o narrador) explica como mercado imobiliário era extremamente instável e estava a ponto de ruir, e os papéis estão convenientemente na mesa de centro na sala de espera de um banco. A cena então é congelada para explicar que, não, na vida real não foi assim tão fácil.
Inclusive, no final tem uma sequência nesse estilo bem legal, ao som de Rockin’ in a Free World que é genial. xD
Meus problemas com o filme foram até que poucos. Primeiro, voiltando para o pôster sincero ali do começo, eu não entendi tanta coisa assim – eu meio que continuo onde eu estava antes, sei o que foi a crise e como começou, mas detalhes ainda são confusos pra caramba -, e tive essa sensação de “wtf is going on?” por boa parte do filme. Segundo, e talvez pelo motivo anterior, o filme pareceu esticado em algumas partes, no geral, longo mesmo, sem precisar. E terceiro, tem VÁRIAS cenas aleatórias que não só não parecem fazer sentido como, no final do filme, não foram úteis de maneira alguma.
Aliás, cenas aleatórias é uma sequência bem frequente no filme. Às vezes parece que estão de localizando no tempo – o filme se passa, afinal, em 2007~2008 -, porque aparecem cenas daquela época, músicas e tal, mas tem outras que são... ???? Como uma sequência de limusine, táxi grande e táxi mais comum, que parece câmera lenta, corta de uma cena relativamente importante pra um momento de NADA pra uma cena no dia seguinte. Não faz o menor sentido.
Apesar disso, foi um filme interessante que rendeu mais risadas do que eu esperava, e que tem o final agridoce que qualquer um esperaria – você adoraria ouvir sobre como os bancos aprenderam a lição e a crise foi superada, mas, todos sabemos bem, isso está longe de ser a verdade. Não sei como é o livro em que o filme foi baseado, mas recomendo – e muito – o filme, valeu a pena ver e, sinceramente, valeu o Oscar que o roteiro ganhou. ;)
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