Sinopse: "Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.”
Direção: Adam McKay
Duração: 130min.
A Grande Aposta foi... Um filme diferente. E meio difícil de acompanhar. Mas vamos do começo.
Antes de falar do filme, eu indicaria que você visse o pôster honesto dele (que eu vi aqui e, se você sabe inglês, recomendo que veja também), que é MUITO real. xD Se você não fala inglês, o título foi alterado para “que p*rr* é essa de Wall Street – você não vai saber que diabos está acontecendo, só saiba que é ruim”.
Basicamente, o filme fala sobre o que gerou a grande crise financeira de 2008, desde antes de aocntecer – quando as primeiras pessoas começaram a desconfiar – até os efeitos que, verdade seja dita, ainda podem ser vistos e sentidos nas contas bancárias. É um tema difícil, complexo, que exige muitas explicações porque às vezes você não tem muito o que fazer além de usar termos de economia que leigos não vão conhecer – ou entender -, e o filme se sai bem em continuar entretendo mesmo quando você tem certeza de que não entendeu absolutamente nada dos últimos 15 ou 20 minutos.
Eu adorei a maneira que acharam para explicar alguns termos e fatos que foram modificados, é o que deixa o filme mais leve e MUITO engraçado. O narrador está explicando o que está acontecendo, para e fala “mas você nao deve estar entendo nada, certo? Então, para explicar, temos Margot Robbietomando champagne numa banheira para explicar”, e corta para Margot Robbie numa banheira, tomando champagne, explicando termos de economia. E isso se repete algumas vezes, com pessoas diferentes, e são bem inesperadas.
Além disso, o narrador – e alguns personagens, pontualmente – quebra a quarta parede de vez em quando para corrigir algo, sendo o melhor exemplo uma sequência em que Charlie Geller e Jamie Shipley encontram papéis em que Jared Vennett (o narrador) explica como mercado imobiliário era extremamente instável e estava a ponto de ruir, e os papéis estão convenientemente na mesa de centro na sala de espera de um banco. A cena então é congelada para explicar que, não, na vida real não foi assim tão fácil.
Inclusive, no final tem uma sequência nesse estilo bem legal, ao som de Rockin’ in a Free World que é genial. xD
Meus problemas com o filme foram até que poucos. Primeiro, voiltando para o pôster sincero ali do começo, eu não entendi tanta coisa assim – eu meio que continuo onde eu estava antes, sei o que foi a crise e como começou, mas detalhes ainda são confusos pra caramba -, e tive essa sensação de “wtf is going on?” por boa parte do filme. Segundo, e talvez pelo motivo anterior, o filme pareceu esticado em algumas partes, no geral, longo mesmo, sem precisar. E terceiro, tem VÁRIAS cenas aleatórias que não só não parecem fazer sentido como, no final do filme, não foram úteis de maneira alguma.
Aliás, cenas aleatórias é uma sequência bem frequente no filme. Às vezes parece que estão de localizando no tempo – o filme se passa, afinal, em 2007~2008 -, porque aparecem cenas daquela época, músicas e tal, mas tem outras que são... ???? Como uma sequência de limusine, táxi grande e táxi mais comum, que parece câmera lenta, corta de uma cena relativamente importante pra um momento de NADA pra uma cena no dia seguinte. Não faz o menor sentido.
Apesar disso, foi um filme interessante que rendeu mais risadas do que eu esperava, e que tem o final agridoce que qualquer um esperaria – você adoraria ouvir sobre como os bancos aprenderam a lição e a crise foi superada, mas, todos sabemos bem, isso está longe de ser a verdade. Não sei como é o livro em que o filme foi baseado, mas recomendo – e muito – o filme, valeu a pena ver e, sinceramente, valeu o Oscar que o roteiro ganhou. ;)
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