Direção: Nora Ephron
Duração: 123min.
Até o perfil do filme no twitter aparecer sem explicações na minha lista de seguidores, eu sinceramente não sabia nem da existência do livro, nem da Julia Child. Sim, eu adoro culinária, provavelmente teria sido muito feliz numa faculdade de gastronomia se não detestasse tão sinceramente frutos-do-mar, mas eu não acompanho blogs ou sites de receitas/culinária, não conheço grandes chefs e meu filme preferido envolvendo um cozinheiro é Ratatouille. Talvez eu mude isso em algum ponto dos próximos anos, mas, por enquanto, eu gosto de ser uma aleatória em cursos de gastronomia. É um hobby.
O que me chamou a atenção no filme, pra ser sincera, nem foi o fato de ser sobre uma chef incrível e uma mulher que, como eu, gosta de cozinhar porque razões – é um hobby, é divertido e você precisa disso quando é o único hobby que te distrai dos problemas do dia-a-dia -, foi por ter Maryl Streep e Amy Adams no elenco. Sou fã declarada da Meryl Streep, e ainda não vi um filme com Amy Adams que eu não tenha gostado. Mas o tempo passou, o filme entrou e saiu de cartaz, o DVD foi lançado, o livro ganhou capa nova, e eu não assisti.
Até que resolvi ver numa noite qualquer. É um daqueles filmes que eu sabia que dificilmente não me agradaria, e não estava de todo errada. O filme é muito divertido, principalmente as sequências com a Julia Child – ela lembrou muito minha avó materna, que está sempre sorrindo e é muito positiva -, Mery Streep está incrivelmente parecida com a Julia Child “real” (tem algo que essa mulher não consiga fazer?), principalmente a voz que ela faz, as músicas são bem bonitinhas e o filme todo é um ótimo passatempo. Vai contando as duas histórias paralelamente – Julie Powell mudando para o Queens com o marido, Julia Child mudando para Paris com o marido, a reação das duas, a dificuldade em achar algo que goste de fazer, a opção pela culinária e a evolução depois dessa escolha.
Enquanto Julie Powell cria um blog para contar as experiências enquanto faz o desafio Julie/Julia – 365 dias para fazer 524 receitas -, Julia Child termina o curso no Le Cordon Bleu em Paris e começa uma saga para escrever e publicar seu primeiro livro, em parceria com duas amigas. Minha cena preferida, sem sombra de dúvidas, é quando Julie chega na receita de lagostas, ficou tão, mas tão engraçado que eu assisti mais duas vezes só pelas risadas.
Meu único problema com o filme é o final. Fica totalmente solto na parte da Julie, não tem nenhuma conclusão e parece que simplesmente o blog virou livro, que depois virou filme, e a vida continuou normal, chata e rotineira. Falta algo, sabe? Julia Child conseguiu superar os obstáculos, publicou seu livro e teve seu programa, ok, mas e a Julie? Terminou seu blog, visitou a casa-museu e é isso? Continuou em seu trabalho chato? Encontrou a Julia? Ao menos conversou com ela, acertando os pontos? Fica totalmente vago, não ficou legal.
Mesmo o final entre filme e créditos, que, como a maioria dos filmes baseados em fatos reais faz, conta o desfecho de cada personagem, só fala que Paul morreu em 1994, Julia morreu em 2004, Mastering the Art of French Cooking está em sua 49ª edição e Julie é escritora – mas, se o blog virou livro, isso é bem óbvio.
Enfim, filme muito divertido, gostei bastante e recomendo, mas o final ficou bem fraquinho. Não sei se no livro é assim, por isso o filme ficou sem final, mas não gostei. Ainda quero ler o livro, e aí descobrirei. :P
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