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Quando eu era pequena, eu tinha um certo problema com minhas escolhas para ídolos: eu dificilmente poderia vê-los ao vivo. Alguns estavam mortos, outros estavam tão velhos que eu sequer poderia completar 16 anos para vê-los tocar ao vivo. Outros vários morreram, sumiram, a banda se desfez.

Com o tempo, guardei naquela área de sonhos impossíveis os incontáveis encontros que nunca aconteceria. Há alguns anos, somei aos encontros uma lista de ídolos que nunca poderei ver em ação.

Nunca poderei ver Giba jogando pela seleção brasileira ou Michael Phelps nadando em uma Olimpíada. Agora, não poderei ver Ray Lewis jogando.

Hoje o #52 do Bailtimore Ravens anunciou que, depois dessa temporada, se aposentará. Para uma boa dimensão do que isso significa, a NFL Network interrompeu a programação para transmitir o anúncio ao vivo e as reações de alguns jogadores. A notícia ainda está em destaque no site oficial da liga.

Ray Lewis é um dos caras que me fez admirar o futebol americano e me convenceu de que valia a pena entender o jogo. É o cara dos discursos mais bonitos e motivadores que eu já vi, cujo discurso que acompanhou o anúncio da aposentadoria justificou lidamente a decisão. O cara com uma história que poderia ser triste, mas é vitoriosa.

Vai ser triste assistir ao último jogo dele, mas eu sinceramente espero que seja um SuperBowl.

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