Direção: Steve McQueen
Duração: 134min.
Esse é mais um dos filmes que eu esperei por tanto tempo – desde setembro do ano passado -que ou me decepcionaria totalmente, ou adoraria o resultado final. Lucky me, 12 Years a Slave é um ótimo filme, extremamente triste e com cenas que te enchem mais e mais de agonia, principalmente quando você percebe que é tudo baseado em uma história real, provavelmente pior do que o filme dá a entender – já que, segundo um filme, cobre os doze anos em pouco mais de duas horas.
O filme é baseado no livro escrito pelo próprio Solomon Northup, e isso já te dá o que seria o maior spoiler do filme: se ele sobrevive. A história, again, é muito triste, começando pelo fato de Solomon ser um negro livre que é enganado, drogado, sequestrado e vendido com uma história falsa, um nome falso... E sem documentos que provem que é um homem livre. Apesar disso, pode-se dizer que ele foi extremamente sortudo, porque conseguiu sua liberdade.
Aí entra um ponto meio delicado da coisa toda: Brad Pitt. Ele aparece rapidamente em alguns trailers e ganhou destaque num pôster italiano que foi bastante criticado – porque ele não é o principal. Mas o personagem dele tem um papel extremamente importante na história toda, mesmo só aparecendo uns 15min no filme todo. E, mais que isso, ele fez parte da produção do filme, e o diretor agradeceu no discurso do Oscar dizendo que o filme não teria acontecido sem a ajuda de Brad Pitt. Então eu não achei tão problemática a participação dele, ou os agradecimentos e créditos que ele levou. Só achei mega bizarro o sotaque que ele faz, mas oookay.
No geral, Solomon foi extremamente sortudo, e dá para perceber isso durante o filme. Ele era violinista e, depois que foi sequestrado e vendido, isso foi uma das vantagens que ele teve, que rendeu algum dinheiro para o bolso dele e a simpatia de alguns dos donos de escravos. Além disso, o primeiro chefe simpatizou o suficiente para salvá-lo da morte mais tarde. Ele também fez parte de uma porcentagem mínima de negros livres que foram salvos da escravidão depois, e sobreviveu – enquanto alguns morreram pelo caminho, durante o trabalho, por consequência de maus-tratos. E foram apenas doze anos antes de conseguir a liberdade de novo.
Apesar de ser um filme longo, não é cansativo – só agoniante durante os castigos dados aos escravos – e as passagens de tempo são tão rápidas que só dá para acompanhar realmente pelos comentários dos personagens. No final, e eu acho muito legal quando fazem isso, tem o destino dos personagens (mesmo que eu não lembre o da maioria). Solomon escreveu e publicou o livro, mas não pode processar os sequestradores, que eram brancos.
Achei, no geral, que o filme merecia os Oscars que ganhou – principalmente o da Lupita, cuja personagem foi castigada mais de uma vez e a atuação não só convence como parte o coração -, é uma obra incrível sobre escravidão e preconceito, uma história antiga que não merece ser esquecida. Recomendo, mas com a observação de que é um tanto forte, com as cenas de torturas e estupro não muito censuradas e algumas cenas de nu frontal. É um filme de escravidão que não é muito fácil encarar, mas, ainda assim, é um filme lindo.
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Oiii, tudo bom?
ResponderExcluirEntão ainda não vi o filme, mas pretendo ver em breve (:
Adorei a sua opinião sobre ele.
beeijos, http://umlivronaestante.blogspot.com.br/ visite :D
É um filme bem bonito, mas bem pesado. E recomendado, muito recomendado. :)
ExcluirOlá, Luísa =).
ResponderExcluirO filme ganhou um belo de um Oscar, vi a felicidade nos olhos da equipe e dos atores prestigiados no evento e fiquei feliz pela conquista deles. Ainda não vi o filme, tenho até aqui no meu computador, mas pretendo fazê-lo muito em breve, sem falar que tem o livro também!
Beijos.
memorias-de-leitura.blogspot.com
`Siiiiim, eu achei a coisa mais fofa a alegria deles quando ganharam! :D Não tinha assistido ainda, mas estava torcendo pra ganharem. xD
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