The Lego Movie

Sinopse: "Um cara comum chamado Emmet (Chris Pratt) é confundido com o lendário Mestre Construtor, aquele que pode salvar o universo. Com a ajuda do velho místico Vitruvius (Morgan Freeman), de uma jovem mulher durona chamada Lucy (Elizabeth Banks), e Batman (Will Arnett), Emmet vai lutar para derrotar o malvado Senhor Negócios (Will Ferrell) que ameaça destruir o universo colando-o inteiro."

Direção: Chris Miller, Phil Lord

Duração: 100min.

Eu não estava muuuuuito empolgada para ver esse filme, sendo bem sincera, mas não é que valeu?

Começo falando de algo que eu não gostei muito: a tradução do título. The Lego Movie é bem melhor que Uma Aventura Lego porque, conforme o filme passa, você percebe que não é um filme sobre Lego, e sim um filme feito de Lego e isso faz uma diferença imensa. Absolutamente tudo, incluindo ondas e fumaça, é feito de Lego, exceto alguns objetos “raros e colecionáveis”, não-brinquedos vindos de mãos humanas.

A história do filme em si é bem alegrinha, aquela coisa de heróis e vilão já comum, e a graça na maior parte é ver os bonequinhos montando e desmontando coisas, e a participação de personagens famosos – Dumbledore, Gandalf, Lincoln, Batman, Superman, Lanterna Verde... – e séries de Lego, como Idade Média e Velho-Oeste.

No geral, a parte que eu achei mais legal é justamente as mudanças entre o “comum, rotineiro, normal” e o “criativo, diferente, estranho”. No começo do filme o Emmet segue as instruções e apenas as instruções que ele tem, vivendo um dia após o outro, no sentido mais chato da palavra “rotina”, e quando encontra a Lucy, passa a conhecer um mundo sem instruções ou limitações para a criatividade de cada um. Sinceramente, não poderiam ter escolhido um tema melhor para um filme Lego. Além da bela propaganda do brinquedo, é um bom incentivo para pais e crianças – aliás, a mensagem pros pais pode ser interpretada de uma forma útil e de uma forma zoada, eu ficaria extremamente decepcionada se todo mundo interpretasse só a zoada.

Pessoalmente, eu não lembro de ter um daqueles potes de Lego, mas lembro de brincar bastante com as pecinhas quando ela pequena e acho um incentivo incrível para crianças e adolescentes e adultos. Minha irmã é estudante de arquitetura que anos antes da formatura do colégio já sabia qual curso faria, então Lego pra ela é vida, e eu fiquei mega tentada a comprar uma caixa do Rockfeller Center pra ela. De fato, hoje minha única peça é um minifigure que a minha irmã me deu de Natal, que é um pirata e eu adoro.

Se Frozen e Enrolados é muuuuito melhor assistir legendado, e dá pra perceber isso quando se assiste dublado, Lego dublado é lindo, todo mundo sabe atuar (nenhum Luciano Huck da vida, oi) e a tradução ficou bem legal, principalmente para significado de siglas e a musiquinha alegre que minha irmã saiu do cinema cantando. Com certeza a dublagem é um dos pontos positivos do filme.

Aliás, o único ponto negativo ficou por conta do próprio cinema. Filme infantil, já era esperado que estivesse cheio de crianças, mas o maior problema foram os pais. Tinha uma mulher na minha frente comentando tuuuudo com o filho, cantando junto e puxando os aplausos no final, uma mulher atrás de mim falando sobre como o Emmet parecia o filho dela no começo (oi?), uma turma que não se contentou em não parar de falar durante o filme como ficou tirando fotos durante a sessão (wtf?). Ok, não precisa entrar mudo e sair calado, mai’ pomba, gritar comentários, cantar como se fosse um show, TIRAR FOTO COM FLASH DURANTE O FILME. Aí não dá, falta noção.

But anyway, acho que o filme está praticamente fora de cartaz, mas ainda indico porque é beeeem divertido e bonitinho. Muito, muito melhor do que eu sinceramente esperava.

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