Sinopse: "Bek (Brenton Thwaites) é um mortal pacato que vive em um Egito ancestral dominado por deuses e forças ocultas. Quando o impiedoso Set (Gerard Butler), deus da escuridão, toma o trono da nação e mergulha a sociedade no caos, o jovem se unirá a outros cidadãos e com o poderoso deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau), para formar uma expressiva resistência.”
Direção: Alex Proyas
Duração: 128min.
Deus do Egito… Deve interessar mais se você conhecer melhor a mitologia egípcia, ou se interessar por. Como alguém que gosta de mitologias, mas não sabe quase nada da egípcia, eu meio que me senti perdida em vários momentos do filme. Aliás, pesquisando depois de ver o filme, tudo fez BEM mais sentido, e o plot do filme parece vir da mitologia mesmo.
Vamos, antes de mais nada, tirar do caminho as especificações que me deixaram mais perdida durante o filme, para facilitar esse post: o filme fala de Rá, deus da criação do mundo, Osíris, filho de Rá e deus supremo, Set, irmão de Osíris e deus do caos, Hórus, filho de Osíris e deus protetor dos faraós, Hathor, mulher de Hórus e deusa guardiã das mulheres, Anúbis, responsável pela passagem para o mundo dos mortos, e Thoth, deus da sabedoria. Okay, I think we’re good to go.
O filme começa no momento da passagem do poder de Osíris – primeiro faraó do Egito – para seu filho Hórus, que foi interrompido pela chegada de Set e seu exército. Enganando irmão e sobrinho, Set consegue matar Osíris e derrota Set, arrancando seus olhos e mandando-o para um exílio. Anos de caos caem sobre o Egito, até que um ladrão mortal, Bek, consegue não apenas roubar um dos olhos de Hórus, mas também olhar os mapas das pirâmides e torres que Set mandou construir, descobrindo, assim, como entrar e vencê-lo.
Para realmente colocar um drama na história, Bek tem uma namorada, Zaya, que acredita fielmente em Hórus, e é morta ainda no começo, na fuga de Bek com o olho do deus. Basicamente, o único motivo de Bek ajudar Hórus é a promessa de que ele, quando rei, trará Zaya de volta dos mortos, desde que sejam rápidos – se ela passar pelo último portão, não haverá retorno.
O plot da história segue a história da mitologia: Osíris foi assassinado por Set, e Hórus recebeu ajuda do próprio Osíris – vindo do além – para vencê-lo. Não sei se Bek e Zaya entravam na história, mas eles deixaram a coisa mais interessante, por serem mortais, ele um ladrão muito esperto e ela, embora esperta, bem crente nos deuses, principalmente em Hórus. É meio que aquele elemento humano que coloca o filme um pouco mais próximo da realidade.
Maaaaaas, fora o problema que eu tive com não saber sobre a mitologia egípcia, que o filme quase nada explicou, o filme teve alguns outros problemas chatos. Primeiro os efeitos, que às vezes são dolorosamente óbvios, fracos, fakes, às vezes são até bons. Tem um exagero bizarro no CGI, que você até esperaria ver num filme com uma história épica e fantástica assim, mas o problema é que é demais e é ruim, artificial demais. Alguns cenários parecem video-game dos anos 2000, a física é esquisita graças aos efeitos, enfim... Bem méh.
Além disso, não achei a história tão empolgante – foi um pouco previsível e tem umas coisas que nem sentido fazem, tipo o Set querendo libertar o caos, destruir o mundo e DOMINAR o mundo que ele quer destruir – ou os personagens tão legais assim – a maioria podia morrer que não seria tão oh-meu-Deus-que-triste. Mas, sei lá, valeu o divertimento e a pesquisa depois mostrou que pelo menos a mitologia fez sentido, o que é mais do que eu esperava para o filme.
Tendo em vista que é beeeem passatempo, beeeeem light, daqueles filmes pra tentar mergulhar na história e só, eu até recomendo, e, se você gostar de mitologia egípcia e conseguir engolir os efeitos ruins, vale a pena ver mesmo. ;)
Estou um pouco decepcionado com a história! O filme é incontestavelmente ruim. O roteiro não inova em nada, está cheio de clichês, utiliza muitas soluções extremamente convenientes e é demasiado expositivo em alguns momentos. Os efeitos especiais são extremamente mal feitos, mesmo uma pessoa leiga verá que eles não são convincentes. As atuações também estão bem fracas, nem mesmo o Gerard Butler (ator do óptimo Tempestade: Planeta em Fúria) se salva. Mas, apesar disso tudo, eu não consigo dizer que não gostei do filme. É tudo tão absurdo que eu não conseguia parar de rir. E como não rir?! As cores em geral são extremamente exageradas e brilhantes, mas com destaque especial para o dourado, que compõe quase que a totalidade do cenário (inclusive o sangue dos deuses). Algumas cenas de luta combinam slowmotion e 360° em volta dos combatentes. E o diretor, Alex Proyas (Cidade Das Sombras), não teve medo de representar os elementos da mitologia egípcia de forma fantástica, ele definitivamente não se preocupa que esse universo pareça crível.
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