sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Metas para 2022

Sempre que eu preciso ilustrar para alguém a minha indecisão,falo do final do Ensino Médio e os vestibulares que prestei.

Por incrível que pareça, eu prestei quatro vestibulares, cada um pra um lado aleatório. O primeiro foi o que escolhi de verdade, que eu queria mesmo fazer o curso: Design de Games. Passei em oitavo lugar, mas não estava trabakhando e não tinha dinheiro nem para a inscrição,imagine para as mensalidades. Depois prestei Administração, Publicidade e, por fim, Jornalismo, cinco dias antes do início das aulas.

Segui no Jornalismo e poderia dizer na the rest was history, mas a verdade é que nunca curti muito o curso. Tinha matérias legais e tudo, mas meu interesse no jornalismo era mais atrás das câmeras. A primeira vez que senti que realmente gostava de um trabalho foi quando fiz parte da equipe de assessoria de imprensa do Revelando São Paulo, lá em 2010.

Eu amei ter que vender a pauta do evento para os jornalistas, amei cobrir o evento para gerar sugestão de pauta. Até hoje sou extremamente grata à equipe de jornalista que me ensinou a maior parte do que realmente sei sobre a profissão, e ali foi o primeiro passo na direção certa, por assim dizer. Obrigada, Deus, eu não insisti no curso de design, anos depois eu tive a oportunidade de fazer um curso rápido de produção de games, descobri que detesto modelagem 3D, códigos então, um saquinho.

Anos depois, prestei vestibular para Relações Internacionais, carreira que eu realmente queria muito seguir, e até passei, mas os horários das aulas batiam com os horário do meu novo emprego, e não conseguiria pagar as mensalidades sem receber o salário. Optei por sair do curso. Depois prestei para o curso técnico de Eventos, porrque as experiências trabalhando em eventos me fizeram perceber um amor muito grande pela área. Saí porque o curso EAD não bateu comigo mesmo, dois meses e não tinha aprendido muita coisa.

Entrei e passei no processo seletivo da pós-graduação em Administração e Organização de Eventos, um curso latus que eu achei abrngente demais e específico de menos. Vi e confirmei bastante coisas que já sabia, aprendi termologias específicas e tive a oportunidade de organizar umasérie de eventos ao longo dos meses de curso. Muito bom, but didn’t spark joy.

Foi só em 2020 que eu resolvi tomar vergonha na cara e me jogar na direção da carreira que eu sempre quis e nunca arrisquei: teatro. Eu sou apaixonada por teatro, especificamente musicais, especificamente contrarregra, mas nunca fui atrás porque... Sei lá. Porque achei que não conseguiria. Porque estava acomodada. Realmente não sei.

Para 2022, meus dois principais objetivos são viajar para a Coreia, porque é o 3º ano que estou tentando, e fazer um curso de teatro mais focado em produção. No mundo perfeito, eu conseguiria fazer os dois conseguindo cursar produção de teatro na KArts. Na realidade atual, pandêmica, imprevisível e financeiramente estável, eu sinto que preciso de um plano B um pouco mais baixo, um curso de teatro aqui no Brasil mesmo, mas focado emprodução – nada contra, mas meu lugar nunca foi exatamente em cima dos palcos.

E eu sinceramente acho que o primeiro passo é justamente esse: parar de enrolar e decidir correr atrás.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Fly With Me

Lá em 2009, quando eu criei esse blog para uma aula da faculdade, confesso, o nome foi escolhido meio às pressas, usando uma música que eu curtia dos Jonas Brothers (que literalmente chama Fly With Me e que eu gosto, outra confissão, porque o refrão inclui Peter Pan, "Peter Pan and Wendy turned out fine, so won't you fly with me?"), com cinco posts feitos meio nas coxas porque precisava de cinco posts para completar o trabalho.

Inclusive, os dois primeiros e o quinto post seguem online: um de abertura meio sem pé nem cabeça com título de uma música de High School Musical, um review de This Is It e um post meio perdido que continha um podcast, mas que há muito só tem um link quebrado porque o site saiu do ar. xD Sim, eu já gravei um podcast. Bons tempos, bons tempos.


O ponto aqui é que eu não pensei muito sobre o nome, achei bonitinho e ficou, assim como o endereço nada mais é que o apelido que a Ninha me deu uns 14 anos atrás - Lilymon. Eu criei alguns motivos, que dá pra ver no link ali do lado, mas a verdade é que eles são mais estórias e menos histórias.

Enquanto eu estou aqui, fazendo alguns nadas na quarentena, aproveitei para fazer aquela reflexão sobre onde estou, de onde vim e onde quero chegar. Sendo beeeem sincera, eu sinto que bons anos da minha vida foram meio à passeio. Eu não tinha realmente objetivos, estava cercada por algumas poucas pessoas que me incentivavam - meus pais, minha irmã, alguns amigos - e muitos colegas e conhecidos que ou estavam mais perdidos que eu, ou estavam ali só para me puxar para baixo quando eu falava sobre um dos caminhos que eu queria seguir.

A Luísa de 12 anos desistiu de algumas idéias e planos pelo caminho que a Luísa de 32 se arrepende bastante. O intercâmbio que eu queria fazer e não fiz, o curso que eu queria fazer e não fiz, a carreira que eu queria seguir e não segui.

Well, a Luísa de 32 não quer repetir o passado, então estou aproveitando - perdão o gerundismo, mas eu literalmente ainda estou na quarentena, sem data para sair - o tempo off para pesquisar as possibilidades do que fazer quando sair. Quando meu contrato acabar, especificamente. Lucky me, eu trouxe uma agenda para anotar tudo. xD



Anyway, o motivo desse post, além do clássico brain-dump no meio da madrugada, é para registrar o começo dessa jornada. Eu sempre ouvi as histórias de quem mudou de carreira e começou a perseguir os próprios sonhos depois dos 30, well, chegou a minha vez!

Eu não acredito muito no role de lei da atração e tal, mas curto escrever meus pensamentos, objetivos e registrar o caminho - seja para olhar o quanto as coisas mudaram (ou não) com o passar dos anos, seja para tirar as coisas da minha cabeça e colocar num lugar que eu veja e foque quando precisar. A minha épica lista de 101 Coisas em 1001 Dias nunca foi completa, mas eu aprendi bastante olhando para ela ao longo do tempo: alguns itens eu olhei depois e me perguntei porque tinha escrito, to begin with, enquanto outros foram arquivados para um momento mais oportuno. Ela também me ensinou sobre planejamento e pés no chão - não adianta nada fazer uma lista de 101 coisas, colocar 20 viagens, 30 must-buys e 4 cursos de dois anos cada, ciente de que não tenho uma renda fixa e que a lista é para ser cumprida em 1001 dias. É pedir para fracassar.

Living and learning, próximo post será justamente com os objetivos para o futuro próximo. ;)

AH! E o que os primeiros parágrafos têm a ver com os últimos: agora sim, voe comigo atrás desses planos e sonhos. :D

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

New Year

Sabe aquele negócio de recomeçar no ano novo? Minha virada de 2021 para 2022 foi tão caótica que eu nem pensei nisso. Pela primeira vez em muitos anos,eu não comemorei de verdade uma mudança de ano. Não fiz metas, nem pensei em resoluções, olhar para trás e analisar o ano que passou, então, não pensei nisso até esse presente momento, para ser sincera.

Pela primeira vez em todos os 31 anos de vida – ou todos que eu consigo pensar -, eu passei a virada de ano longe da família. Trabalhei até 23h54 do dia 31/12 e subi correndo para o open deck para ver os fogos de artifício com uma amiga, e foi... Estranho. O mesmo vale para o Natal, que pareceu chegar muito mais rápido que nos anos anteriores.

Foram experiências únicas à própria maneira: primeira vez passando Natal e ano novo longe da família, primeira vez assistindo ao vivo aos fogos de Copacabana, primeira vez passando o Natal com amigos que parece que conheço há anos, mas que conheci há três meses, e primeira vez passando meu aniversário sozinha. Y’know, fisicamente sozinha.

Durante esse dez de janeiro, estou no terceiro dia de quarentena – melhor isolada e saudável que covidada, é o que eu sempre digo -, e aproveitei para falar com todo mundo que está próximo e isolado igual eu ou em terra, longe de mim, e para fazer tudo que sempre faço no ano novo.

Meus 31 seguiram meus 30 e me trataram muito bem. Eu gosto do que vejo quando olho para a Luísa de 31 anos. Ela não apenas aguentou firme durante a panemia e a recaída da depressão, mas reembarcou e seguiu firme mesmo nos dias em que ligou para a mãe chorando e falando que queria pedir sign off. Ela cresceu e amadureceu, mas não perdeu a empatia, a sensibilidade. Ela perdeu a paciência muitas vezes – mas, y’know, qual Luísa não perdeu a paciência? -, mas aprendeu que algumas mãos não valem a pena segurar, e que muitas coisas merecem só uma frase: foda-se. Desculpa o palavreado, mãe, mas é verdade, só um palavrão encaixa aqui.

Apesar de ter passado meu aniversário isolada, pude sentir o carinho das pessoas em cada ligação e em cada mensagem – que, em geral, não foram o genérico “feliz aniversário, tudo de bom” -,e minha auto-estima me permitiu acreditar nelas, algo que nem sempre acontece. Obrigada, Luísa de 31 anos, por mais esse crescimento.

Eu estou aproveitando essa quarentena para colocar no papel os planos e desejos que sempre estiveram só na minha cabeça, tentando deixá-los mais ao meu alcance com uma boa pesquisa no mundo real, refinando tudo. Para 2022, meu main goal é minha viagem para a Coreia e a mudança da área de trabalho. Só. “Só”.

Para a Luísa de 32 anos, eu desejo paciência, resiliência e fé. 2021 me mostrou que, muitas vezes, o que eu quero nem sempre é a melhor das opções, e meu anjo da guarda sempre está mais atento que eu mesma.

Obrigada, 2021 e Luísa de 31 anos pelas memórias e pelos aprendizados. Here’s to 2022 and to Luísa de 32 anos.