domingo, 24 de abril de 2016

#65 Lendo: Anjo Mecânico

Sinopse: "Tessa Gray tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que ela se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai se tornar o odioso som de um exército comandado por forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém-descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.”

Autora: Cassandra Clare

Anjo Mecânico é o primeiro livro da série Peças Infernais, que é parte das Crônicas dos Caçadores de Sombras, mas eu meio que não sei dizer se ele pode ser considerado um spin-off. xD Era uma trilogia que eu nunca tinha lido – confesso, a palavra “mecânico” no título causou meu preconceito, faltava a vontade de ler só por isso -, principalmente porque, na época do lançamento, eu ainda estava BEM presa aos personagens de Instrumentos Mortais, então minha provável reação seria “isso é muito legal, mas eu realmente quero voltar para a história da Clary”, não importa quão cativante os personagens novos pudessem ser. É.

A história se passa séculos antes da narrada em Instrumentos Mortais, mas apresenta alguns antepassados de personagens conhecidos – na verdade, vários sobrenomes são reconhecíveis da série passada em dias atuais -, sendo Magnus Bane o único presente nos quatro livros.

Aqui acompanhamos a história de Tessa Gray, uma menina que achava ser completamente normal e está mudando de New York para Londres, onde é recepcionada de forma nada simpática por duas mulheres – as Irmãs Dark –que dizem ter sido enviadas pelo irmão de Tessa, Nate, que realmente se mudara para Londres meses antes. É quando ela chega na mansão das irmãs e é torturada constantemente que Tessa descobre não só a existência do mundo dos Caçadores de Sombras e do Submundo como o fato de ela própria não é só uma mundana.

A partir daí, o livro tem a introdução de Tessa nesse mundo escondido sem necessariamente reintroduzir o leitor – que provavelmente já sabe quais são os seres do submundo, o que é parabatai, como funcionam as runas... -, enquanto te coloca nessa nova história, mantendo-se lógico com relação à época. E é bem interessante como tudo isso funciona, eu sinceramente simpatizei com a Tessa (e com vários outros personagens) e a história conseguiu me prender.

Boa parte do livro é uma grande introdução, mostrando os personagens, a cidade, alguns costumes e, well, a história de fato. Às vezes parece ter muita informação junta, às vezes parece meio arrastado, mas eu já esperava isso – é, afinal, o primeiro livro de uma trilogia – e o livro num geral vale a pena. Também gostei bastante da história e dos nós que ela vai dando conforme as páginas passam – tem alguns twists que complicam mais e mais as coisas. xD

Mas o que eu mais gostei, surpreendentemente, foi a maneira como Cassandra Clare desenvolveu o triângulo amoroso. Aqui, obviamente, é só o começo, então ele está quase discreto em alguns momentos, mas é o primeiro em MUITO tempo que me convence e não parece forçado ou “meio triângulo” – com um casal bem óbvio e um terceiro elemento pobre coitado que não tem chance alguma. A primeira pessoa que a Tessa conhece depois de ficar tempos presa na mansão das irmãs Dark é o Will, e por um tempo ela parece ter uma atração quase automática por ele – o que é até aceitável já que foi ele quem a resgatou, afinal -, e ele parece ora retornar essa atenção, ora querer ficar BEM longe dela. Mas, pouco depois de chegar no Instituto de Londres, Tessa conhece o parabatai do Will, Jem, que é um cavalheiro completo, extremamente paciente e frágil, e fica bem claro que ela também se sente atraída por ele. E nenhum é forçado, nenhum é extremo, não parece que um dos dois não tem qualquer chance como o Simon. Aliás, eu cheguei ao final do livro sem ter a impressão de que a Tessa ficaria com um, outro, os dois ou nenhum.

O romance também não parece apressado e não é o foco da história – na verdade, às vezes ele fica bem esquecido -, outro ponto positivo. /o/ Eu adoro quando consigo “entrar” na história, torcer por um personagens e sentir todos os altos e baixos do livro, e foi bem isso que aconteceu durante a leitura de Anjo Mecânico, além da leitura ter sido bem rápida, como é meio que esperado na leitura de um YA, so, super recomendo. ;)

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