segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Priscilla, Queen of Desert

Sinopse: "As drag queens Anthony (Hugo Weaving) e Adam (Guy Pearce) e a transexual Bernadette (Terence Stamp) conseguem um contrato para realizar um show em um resort em Alice Springs, uma cidade turística no remoto deserto australiano. Cada um deles têm um motivo pessoal para querer deixar a segurança de Sidney. Batizando seu rodado ônibus de excursão com o nome de Priscilla, essas enlouquecidamente divertidas drags queens se dirigem ao deserto onde suas espetaculares aventuras são ainda mais fantásticas do que os trajes de seu figurino. Eles vivenciarão o preconceito das pessoas e a solidariedade de alguns.”

Direção: Stephan Elliott

Duração: 104min.

Comecemos pela observação de que eu resolvi assistir ao filme depois de passar três dias cantando com a trilha-sonora da versão da Broadway de Priscilla, A Rainha do Deserto. Não recomendo, porque criei expectativas para o filme que não foram alcançadas simplesmente porque as músicas não batem – pessoalmente, curto mais a trilha-sonora do teatro, com Like a Prayer, Girls Just Wanna Have Fun, It’s Raining Men e uma versão mais longa, com os homens cantando junto, de I Will Survive, entre outras músicas bem características. E, outra boa observação, eu tenho muita dificuldade com definição de gêneros aqui, então tente relevar. :P

O filme acompanha um trio de drag queens (na verdade, duas drags e uma transgênero que foi/é drag) atravessando a Austrália num ônibus de viagem meio acabado, nomeado “Priscilla, a Rainha do Deserto”. A viagem é para uma apresentação num cassino, um convite da mulher de Anthony/Mitzi que que foi estendido a Adam/Felicia – que trabalha com Anthony - e Bernadette – que acabou de perder o marido. É divertido ver toda a viagem porque são três pessoas de temperamentos bem diferentes, com histórias diferentes (I mean, Anthony é casado e eles só descobrem quando já saíram da cidade) e, mesmo assim, com várias coisas em comum – mostrado de maneira até discreta, como um trecho em que o Adam/Felicia está cantando e dançando pelo ônibus, e a Bernadette está com a cara fechada até um certo trecho da música, quando ela canta junto e faz uma dancinha.

Outro ponto legal é que o filme mostra que o preconceito existe mesmo, e mostra a relação deles com o preconceito, sozinhos numa cidade grande, com um acompanhante homem – Bob – numa cidade menor, mas muito preconceituosa, com a família – num trecho bem curto de conversa entre Anthony/Mitzi e Bernadette, e mais pra frente, quando chegam no cassino e encontram a família do Anthony -, e com estranhos no deserto, quando precisam de ajuda para arrumar o ônibus quebrado. É legal por não ter sido escondido que esses preconceitos realmente existem, e mostrado um “outro lado”, com pessoas tolerantes ou simplesmente livres.

Talvez eu estivesse empolgada demais, mas não atingiu minhas expectativas . No geral, eu gostei, é uma comédia engraçada, dá para rir bastante, tem sequências fofas – principalmente mais pro final -, o trio principal é bem divertido e a trilha-sonora combina bem. Mas, se você viu/conhece o musical, e já teve qualquer contato com essa trilha-sonora, provavelmente vai achar o filme meio fraco nessa área (o que é bizarro, já que o musical é baseado no filme e não o contrário), e esse foi o meu caso. Mesmo tentando evitar, rola a comparação e as músicas que não estão no filme fazem (muita) falta para a fã de musicais aqui. Mas vale como um passatempo durante a tarde ou algo assim.

2 comentários:

  1. Parece ser divertido, mesmo a senhorita não recomendando, vou atrás do filme, pois me interesei na parte do preconceito que foi devidamente exposto.

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    1. É um filme divertido, I give you that. :P Vale como passatempo, mas não entra pra lista dos que eu assisto com frequência como passatempo. :)

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