domingo, 7 de agosto de 2016

A vida após o visto negado

Soooo, lá no começo do ano eu comentei num post que um dos meus objetivos esse ano era assistir Les Miserábles em NY, porque o musical sai de cartaz dia quatro de setembro. Chamei Thiago pra ir comigo, ele topou e a gente começou a juntar dinheiro e organizar as coisas. Foi uma daquelas coisas meio impulsivas, meio planejadas, que a gente vai levando pra ver até onde vai.

E as coisas foram dando certo até: a gente conseguiu passagens por preço relativamente baixo, hospedagem num lugar legal por um preço realmente baixo, ingressos para lugares muito bons, tudo em tempo. Aí que os problemas começaram, actually. Um visto negado. Um passaporte sem data de entrega. Outro visto negado. E a gente resolveu abortar missão.

Sinceramente, achei BIZARRA minha segunda experiência no consulado americano. Quatro anos atrás, passei horas fazendo nada por lá enquanto esperava minha vez de ser atendida, vi uma mulher ter o visto negado e várias pessoas serem aprovados, a mulher que me atendeu fez várias perguntas sobre mim e eu saí de lá com o visto aprovado. Tem até post aqui contando minha experiência.

Em 2016, o atendimento foi bem mais rápido – fui pra um serviço de atendimento no dia anterior tirar as digitais e a foto, e depois fui pro consulado só pra entrevista -, mas foi bem mais frio. O homem que me entrevistou já tinha negado quatro pessoas em sequência quando chegou a minha vez, e eu vi pelo menos oito pessoas saindo com a famosa folha rosa. Meu pai, do lado de fora do consulado, viu mais de 50. O cônsul me fez várias perguntas sobre a minha primeira (e única) viagem pra NY: quando eu fui, onde fiquei, porquê fui, quando voltei. Aí perguntou o que meus pais fazem e negou meu visto por, segundo a folha rosa, falta de vínculos com o Brasil. Simples assim – não me perguntou nada sobre a minha vida aqui no Brasil agora, em 2016, só sobre a vida que eu tinha em 2011.

Resolvemos, então, abortar missão e analisar os estragos financeiros – que, verdade seja dita, não foram tão tenebrosos quanto achei que seriam.

Olhando agora, quase uma semana depois, o lado negativo é que a viagem foi por água abaixo e a gente ficou sem visto mesmo, então precisa desembolsar 160 dólares se quiser tentar de novo, sem qualquer garantia de que dessa vez vai, e não sabemos porque os vistos foram negados. O lado positivo é que a gente tentou e foi até onde deu – dá pra dizer até que a gente foi além de onde deu, porque foram alguns obstáculos vencidos até chegar na beira do penhasco de fato.

É triste que não tenha dado certo e ter que abandonar essa meta – eu chorei quando cheguei em casa depois do trabalho no dia em que o visto foi negado, eu fui um zumbi naquele dia e no dia seguinte, eu chorei de novo quando chegou o e-mail de cancelamento da hospedagem -, mas ok, valeu. Chorei bastante, respirei fundo, sequei o rosto e to pronta pra planejar a próxima. ;) Só que a próxima deve demorar agora porque, néam... $_$

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