segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Uma outra lição de vida

Eu falei sobre a história da Claire Wineland no último post, e uma pessoa sobre a qual eu estava querendo escrever também é Chadwick Boseman.

Você, leitor/a, provavelmente sabe que ele faleceu depois de quatro anos lutando contra o câncer. Mas, enquanto passava por cirurgias e quimioterapia, entregou trabalhos brilhantes no cinema. Não que ele só tenha começado a trabalhar quando descobriu a doença, ao contrário, já contabilizava ótimas atuações em diversos filmes, incluindo alguns personagens históricos nos Estados Unidos - o primeiro afro-americano a jogar na Major League Baseball, James Brown no filme biográfico.

Mas quatro anos atrás ele fez um dos meus filmes preferidos entre os trocentos da Marvel, e especificamente um dos personagens mais interessantes - Pantera Negra. Eu consigo entender a importância do personagem, e porque as pessoas talvez se emocionem com a atuação, porque chorei assistindo Mulher Maravilha só por ver uma heroína forte e indepente num filme de herói - de heroína. E, mais do que ser o black token da Marvel, Pantera Negra é realmente um personagem incrível, em partes pela atuação do Chadwick. Desde o primeiro momento, ele passou perfeitamente o ar de realeza e sabedoria do T'Challa, ao mesmo tempo em que deixou o personagem... Humano.



O fato de que ele estava fazendo tratamento contra um câncer já no estágio 3 enquanto gravava é incrível. Um outro ótimo exemplo de pessoa doente que resolveu fazer o máximo do tempo que tinha, sem sbaer quanto tempo era. Além de Pantera Negra, ele entregou outros filmes nesse período, também interessantes, e deixou um legado incrível - para quem luta contra o câncer, para quem perdeu alguém para o câncer, para negros em geral, crianças, jovens e adultos, para atores, aspirantes ou não.

Aliás, isso não é só pelo personagem Pantera Negra, o primeiro afro-americano na MLB, o primeiro ministro afro-americano da suprema corte nos EUA, são figras importantes também, para a história e para a vida de crianças que acham que não tem lugar em cargos altos, ou em ligas profissionais. A pessoa em si, como você pode ver pelo víddeo acima, de pessoas que trabalharam com ele na Marvel falando sobre a pessoa por trás do personagem, e o próprio Chadwick falando sobre a visão do trabalho dele e a importância. É bom saber que ele teve chance de ver o impacto que teve na vida das pessoas.

E o cara era tão bom que ninguém suspeitou que ele estivesse doente, mesmo que você volte e reveja os filmes pela milésima vez. Reza a lenda que nem a própria Marvel sabia - e, honestamente, quem adivinharia, vendo ele em Pantera Negra?

Chadwick deixa saudade, uma bela filmografia (com alguns filmes ???, mas quem nunca?), uma linda e inspiradora história e ótimas lições de vida. E, espero e torço, um exemplo para que ninguém diga que é impossível ou não vale a pena tentar/fazer. é aquele negócio - você só tem uma vida, e só você pode decidir o que fazer entre o nascimento e a morte.

Rest in peace and power, king.

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