domingo, 15 de fevereiro de 2015

[Lily plays] The Sims 4 – Parte II

No último Lily plays, falei sobre o que eu achei de ponto positivo no The Sims 4. Agora, do outro lado da brincadeira, os pontos negativos:

  • Bebês
    Diga o que quiser, os bebês foram um grande ponto negativo pra mim. Depois de recém-nascidos fofos que evoluíam para bebês que você podia ensinar a andar/falar, The Sims 4 chega com a incrível inovação de voltar às origens. Lembra no The Sims 1, quando um bebê nascia e ficava o tempo todo num berço até que bonitinho, e você só podia interagir com ele para um número bem limitado de ações, e ele basicamente só dormia e chorava? É bem isso o que acontece aqui.


    A grávida pode ter o bebê em casa ou no hospital (acho meio bizarro que ela vá sozinha, e andando, para o hospital, e volte com um berço brotando em algum lugar aleatório), e o bebê vem com o berço, ou você pode comprar um, bem parecido com aquele do The Sims 1, e tem poucas opções de interação disponíveis, ele próprio praticamente só chora, dorme e mama, e não tem traços de ninguém, só parece um boneco – sério, parece um boneco de sim, não um sim “de verdade” -, e cresce direto para virar criança. And that’s it.
  • Tatuagens
    Você fez um sim que adorou, com uma bela tatuagem na base do pescoço, e só. Ele casou, teve filhos, netos and all that good stuff. Nenhum desses filhos – ou qualquer sim nascido/adotado/whatever no jogo – vai ter tatuagens, e se você quiser adicionar mais algumas no seu sim criado... Azar o seu. Não tem como colocar, sem códigos, novas tatuagens no sim em jogo, quando você abre as alterações, elas se limitam às roupas, maquiagem, ao cabelo e aos acessórios. Ok, faz sentido bloquear para você não poder tirar uma tatuagem, mas não tem opção alguma para COLOCAR uma nova, nenhum lugar... Nada.
  • Festas
    Você não tem mais todas as opções alegrinhas para festas, você escolhe se quer fazer uma festa, quem será o aniversariante – good thing: pode ser mais de um -, os convidados, se vai ter chef, barman, entretenimento e é isso, a festa começa com pequenos objetivos, um objetivo principal e um relógio contando o tempo. Adorei os planejamentos de eventos e as opções de eventos, de verdade, banquete é meu preferido, mas alguns elementos se perderam totalmente. Você prepara um dos bolos que seu sim souber fazer, de acordo com o nível de culinária, coloca onde quiser e coloca as velas. Pelo período em que o bolo está “fresco” (não-estragado), você pode colocar e soprar velas com quantos sims quiser, quantas vezes quiser, envelhecendo todo mundo com o mesmo bolo comum.

    Dois oito convidados,só dois foram para o bolo, os outros ficaram dançando/conversando
    Quando você escolhe que quer que o aniversariante da festa sopre as velas, nem todos vão, e às vezes ninguém vai, ele assopra sozinho e, yay, envelheceu direto. E o mesmo acontece em casamentos: os sims vão casar, e os convidados talvez nem participem, só continuem comendo, bebendo e conversando entre si. O bolo de casamento segue a mesma linha do outro: você assa um bolo qualquer e coloca um enfeite de casamento, para depois cortar o bolo. Bolo cortado, a única opção é comer. É chato não ter o automático que chama todos para comemorar o aniversário, ou o casamento, ou o que for, e ficar tudo meio perdido assim, um bolo sem nada e festas sem enfeites.
  • Emoções
    O grande destaque da mudança do The Sims 3 para o 4 foi a inclusão de emoções.Só que a lógica é meio confusa e as mudanças acontecem rápido DEMAIS, o sim que está furioso do nada fica inspirado para, dois segundos depois, ficar incomodado. Tem, embaixo da foto do sim, os fatores que levaram àquela mudança de humor específica, mas nem por isso as coisas fazem sentido. Às vezes você está usando o estado inspirado para uma série de três ações e, antes de começar a segunda, o humor muda e as ações são canceladas. A real utilidade das emoções ficou meio perdida e encheu os menus de opções que levem à emoção x ou y – como um banho para ficar inspirado ou entrar num cômodo para ficar concentrado.

    Esse quadrinho foi feito quando a sim estava "paqueradora", e deixa todo mundo na área com o bônus
    Só vi vantagem quando os sims iam trabalhar com a emoção x indicada no emprego e, por isso, tinham um desempenho melhor. Algumas vezes essas mudanças de humor acabaram mais atrapalhando do que ajudando, actually, como durante um casamento em que uma das convidadas queria discutir com todo mundo porque estava “muito furiosa”, ou um sim estava tentando fazer amizades e entrou no modo “paquerador” sem motivo aparente. É legal ver as mudanças na imagenzinha do sim, mas, no geral, não achei a parte útil de verdade dessas emoções.
  • “Mod oficial”
    Mod é um modificador, e é muito usado em The Sims desde o primeiro. São códigos ou arquivos que tiram a censura – aqueles quadradinhos -, liberam roupas comuns para grávidas, alteram a gestação, sobem a carreira, aumentam todos os status, enfim, para o que você quiser, vai existir um mod que resolva seu problema e facilite sua vida. E eu não tenho nada contra – Deus sabe que eu usei mod no The Sims 2 porque as sims grávidas me enlouquecem com suas necessidades em queda constante -, mas fica chato quando não existe a opção de usar, e eu sei que alguns desses vieram já do The Sims 3, mas não deixou de me incomodar.

    Tudo está muito- muito - fácil, muito ”na mão”, e isso tira a graça do jogo. Para arrumar um emprego, um clique na área de carreira e pronto, nem precisa procurar. Todas as opções estão abertas. Para mudar para qualquer roupa, é só ter uma cômoda, e você tem absolutamente todas as peças do jogo à disposição. Tudo-tudo-tudo pode ser feito pelo celular, nem precisa de computador, e todos os sims vêm com o celular, até as crianças, você literalmente não precisa comprar nada - nem a comida, cada prato custa um valor x para ser preparado, e se você estiver sem dinheiro... Não come, claro. Também não precisa de táxi, ou carro, para chegar noutra vizinhança é só... Usar o celular, é.

    Sei que são detalhes, mas são detalhes que tiram parte da graça do jogo pra mim porque fica tudo fácil demais, e você nem precisa trabalhar para algumas coisas, enquanto outras nem fazem muito sentido, como pagar por cada prato (e isso já me incomodou no The Sims Medieval) quando sua geladeira estaria, em teoria, cheia. Isso deixa o jogo mais fácil de enjoar e eu, que joguei só dois dias, não me interessei por comprar porque deu tempo de enjoar, de chegar no “ok, acho que não tem mais nada para ver ou fazer por aqui”. O código do dinheiro foi praticamente dispensável, só serviu para eu ter uma casa mais bonitinha. Qual a graça disso?
  • A primeira expansão
    Com tantas opções, a primeira expansão trará novas carreiras, um hospital, uma delegacia e um centro de compras. Da descrição, a única linha de informação que me interessou foi sobre a habilidade de fotografia, mas, de resto, não me empolga, também, a comprar o jogo. Aberto Para Negócios nunca foi uma expansão que me chamou a atenção e essa segue a mesma linha, com a exceção de que surgem as carreiras de médico, cientista e... Well, e provavelmente vendedor, já que você pode vender qualquer coisa no centro de compras.


So, yeah, essas foram as minhas impressões de The Sims 4. Sinceramente, eu comecei a jogar com expectativas bem baixas porque, apesar da criação de sim e o modo construção tivessem me animado, foram os únicos gameplays que me deram vontade de testar o jogo. The Sims continua, claro, viciante, pelo menos pra quem gosta do tipo de jogo – minha irmã gosta de dizer que eu jogo The Sims para cobrir minha vontade de cuidar da vida dos outros, e eu concordo :P -, mas pode ser aquele quê de saudade das versões anteriores. Actually, eu considerei comprar, porque os gráficos estão muito bonitos e os cômodos com decoração são lindos, mas... Falta algo, sabe? Quem sabe com novas expansões?

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