sábado, 14 de dezembro de 2013

#28 Lendo: Cavalo de Guerra

Sinopse: "Joey, meio puro-sangue, meio cavalo de tiro, é comprado por um fazendeiro que bebe demais e está mergulhado em dívidas. Albert, filho desse homem, e Joey tornam-se companheiros inseparáveis. Mas, quando eclode a Primeira Guerra Mundial, o pai de Albert vende o cavalo para o Exército britânico.
Em meio à batalha, ao barulho ensurdecedor dos disparos, aos que morrem no caminho e ao sofrimento dos sobreviventes, Joey se pergunta quando terminará aquela guerra atroz. Quando isso acontecer, será que ele poderá reencontrar Albert?"

Autor: Michael Morpurgo

Eu conheci o livro por causa do filme, eu me interessei pelo filme quando vi o trailer e adorei quando vi a premiere, com o cavalo no tapete vermelho. Cavalo de Guerra é uma história que eu já esperava adorar. Eu adoro cavalos, acho que são animais lindos, inteligentes e fortes. Quando era pequena, no lugar de um amigo imaginário, eu tive um cavalo imaginário. Like, really, quando meus pais falaram que eu não poderia ter um cavalo – por, mais que questões financeiras, questões de espaço e praticidade que só entendi plenamente vários anos depois -, eu simplesmente inventei que tinha um cavalo que ninguém conseguia ver. E parava na porta de casa para amarrar meu cavalo perto da janela. Sim, eu tinha uma criatividade e tanto – no lugar de casinha e escolinha, eu lembro de brincar mais de uma vez que minhas bonecas eram passageiras no admirável-transatlântico-da-Luísa. Enfim, histórias.

Voltando para os cavalos, quando tinha seis anos, montei um pela primeira vez. Minha avó me levou para conhecer a família do Sul que não morava em Alvorada ou Porto Alegre, e um dos tios-primos tinha uma fazenda com vacas e cavalos, e me colocou em cima de um para tirar foto. E eu adorei, mesmo achando que aquilo era bizarramente alto. Anos depois, no Revelando São Paulo, um dos criadores me deixou subir numa das mulas, tão dócil que ignorou completamente a minha pessoa tentando alcançar a sela por bons dez minutos (sou baixinha, fazer o quê?). Até 2016, espero conseguir pagar aulas de equitação, simplesmente porque é algo que eu quero. :)

Agora, o livro. Antes de falar sobre a história, um momento para falar sobre a capa: Cavalo de Guerra é um dos poucos livros que, depois que virou filme, ganhou capa nova e saiu ganhando com isso. A capa original é, pra dizer o mínimo, sinistra. O cavalo parece estar assustado/em pânico, com os olhos bem arregalados, e a cena inteira me lembra algo como essa cena de Bárbaros, de Pocahontas. É bizarro. A capa nova, porém, é um dos pôsteres do filme, com o Joey e o Albert em destaque e, embaixo, o Joey num campo de guerra. Talvez eu só adore o pôster em questão, mas adorei a mudança, e fiquei muito feliz porque minha edição foi um presente de amigo-secreto, e a Maree escolheu a capa com o pôster pra me dar. ♥ E eu sinceramente poderia ficar o dia todo olhando a imagem, é linda.

Passando para o conteúdo, o livro é... Lindo. Não apenas conta a história do Albert e do Joey, o Joey conta a história. É um livro narrado por um cavalo, sem que ele fale, tem idéia? Começa com a venda do Joey quando ainda era um potro, o encontro dele com o Albert e os primeiros anos de vida na fazenda, passa para a venda para o Exército e, pode-se dizer, é aí que a história começa de verdade. Achei o livro bem menos dramático que o filme – sério, nem chorei -, mesmo a sequência em que Joey se perde entre os dois exércitos e fica doente, não é tão triste, ele não está enrolado em arame farpado e, quando corre risco de vida, tem várias pessoas cuidando.

Por ter a narração do cavalo, as sequências sobre a guerra também são menos sombrias e pesadas. Ele passa a maior parte do tempo entre hospitais de campanha e áreas veterinárias, só chegando mais perto das áreas de fato perigosas quando se perde dos exércitos – assustados pelos tanques de guerra -, e mesmo assim não tem muita descrição, já que Joey estava assustado, fraco, machucado e cansado. Não tem muitas descrições físicas detalhadas dos personagens ou dos lugares por onde o cavalo passa, mas tem explicações detalhadas do que ele estava sentindo e do que estava passando, o que é bem interessante, principalmente pelas primeiras impressões que ele tem da fazenda, da viagem de navio, da guerra e do contato com as pessoas. E vai te contando a história da Primeira Guerra Mundial através de conversas que ele ouve, situações que ele vê e comentários que fazem com ele sobre armas e avanços do outro exército.

E, sei lá, talvez tenha sido só eu, mas enquanto Joey passava pelo cuidado (ou falta dele) de várias pessoas, fiquei esperando o momento em que ele reecontraria o Albert, e provavelmente choraria se ele terminasse a história com qualquer um dos outros – mesmo a maioria tendo morrido depois de cinco ou dez páginas, er – e ficaria mais decepcionada com isso do que com ele morto no final ou coisa assim. Sad, but true.

Enfim, livro curtinho (menos de 180 páginas), mas completo e interessante de ler, com ótima história, ótimos personagens e que inspirou um filme muito bonito (e triste) e uma peça muito bonita (e ainda mais triste). Recomendo muito. :D


Agora
- Cast de Once cantando/tocando Red Haired Mary (sério, de novo)
- o video (sério, de novo)
- Facebook, Youtube, AO3, emails, Twitter
- Nada
- The Phantom of the Opera

2 comentários:

  1. Lily! Fiquei tão feliz por você ter gostado do livro. ♥ Já entrou na minha lista de leituras futuras.
    Agora só tô esperando você falar sobre o filme. :D
    Beijo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Post sobre o filme vai ficar pra quinta xD só terei tempo de rever o filme na quarta, então o post deve vir na quinta. :D E eu amei o livro. ♥ Obrigada de novo ♥

      Excluir